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Mercado Financeiro

- Publicada em 06 de Julho de 2015

Pressionado por Grécia, Irã e China, petróleo fecha no menor valor desde abril

Os contratos futuros de petróleo encerraram o pregão desta segunda-feira (6) em forte queda, pressionados pelas tensões com a Grécia, pela possibilidade de um acordo nuclear com o Irã e por medidas da China para evitar a volatilidade nos mercados.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo para agosto fechou em queda de US$ 4,40 (7,73%), a US$ 52,53 por barril. Esse é o menor valor de fechamento desde o dia 13 de abril e a maior queda porcentual diária desde 4 de fevereiro. Já na IntercontinentalExchange (ICE), em Londres, o Brent para o mesmo mês recuou US$ 3,78 (6,27%), a US$ 56,54 por barril.

No domingo, os gregos votaram maciçamente contra as condições de austeridade impostas pelos credores internacionais, acrescentando incertezas em torno da permanência do país na zona do euro e aumentando os riscos de contágio no mercado.

A escolha do "não" no plebiscito da Grécia "adicionou preocupações ao mercado de petróleo", conforme relatou o estrategista-chefe de mercado da Long Leaf Trading Group, Tim Evans. Segundo ele, os problemas da dívida grega podem impactar a demanda de energia da Europa.

Além disso, a possibilidade de um acordo nuclear entre o Irã e o grupo P5+1 (EUA, China, Rússia, Alemanha, França e Reino Unido) ainda esta semana também tem preocupado o mercado, uma vez que Teerã poderá voltar a exportar petróleo e aumentar ainda mais a oferta mundial da commodity. O prazo para um acordo termina nesta terça-feira e ambos os lados sinalizaram que um texto final pode ser concluído em breve.

Já as fortes quedas recentes nos mercados acionários levaram o governo chinês anunciar planos no final de semana para conter as perdas. Todas as novas ofertas públicas iniciais (IPO, na sigla em inglês) foram interrompidas e o Banco do Povo da China (PBOC, o banco central do país) fornecerá liquidez para ajudar a estabilizar os mercados de ações do país, segundo o Wall Street Journal.

O PBOC vai injetar capital na China Securities Finance Corp. (CSFC), que é controlada pelo regulador de mercados, para expandir o negócio das corretoras para financiamento de investidores na compra de ações.

Segundo Evans, a medida das autoridades chinesas sugerem que "há uma demanda potencialmente mais fraca para o petróleo, pois o crescimento do país está se desacelerando".