Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Justiça Eleitoral

- Publicada em 12 de Fevereiro de 2010 às 00:00

Carlos Gomes foi cassado por infidelidade partidária


Gilmar Luís/JC
Jornal do Comércio
O pleno do Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul (TRE-RS) decidiu por unanimidade nesta quinta-feira cassar o mandato do deputado estadual Carlos Gomes, que trocou o PPS pelo PRB, em setembro do ano passado.
O pleno do Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul (TRE-RS) decidiu por unanimidade nesta quinta-feira cassar o mandato do deputado estadual Carlos Gomes, que trocou o PPS pelo PRB, em setembro do ano passado.
O autor do processo foi o deputado estadual Jorge Gobbi (PSDB), primeiro suplente da coligação da qual também fazia parte o PPS, e que agora assumirá a titularidade da vaga na Assembleia Legislativa. "Sempre achei que tinha legitimidade. Acreditei na Justiça Eleitoral", afirmou o tucano, que acompanhou a sessão.
Carlos Gomes vai apelar ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). "Respeito a decisão do TRE, mas vou recorrer ao TSE", informou. O parlamentar contou com grande número de apoiadores nas galerias, muitos deles fiéis da religião do parlamentar.
O PRB tem vários integrantes que são pastores, entre eles o deputado Carlos Gomes e o presidente estadual da sigla, vereador Waldir Canal, que também acompanhou a sessão no TRE.
Uma das apoiadoras, no saguão do TRE, animou o deputado recém-derrotado pela decisão do pleno: "Não tem problema, a gente elege de novo". Carlos Gomes disse que sai de "cabeça erguida", mas não escondeu a decepção com os votos dos desembargadores.
A defesa de Carlos Gomes procurou sustentar que Gobbi, como membro do PSDB, não tinha legitimidade para pleitear a vaga, porque ela não cabia à coligação e sim ao PPS. O pleno, por sua vez, acolheu a interpretação da defesa de Gobbi de que o critério de ocupação da vaga deveria respeitar a ordem de colocação entre os partidos da coligação.
Na vaga de suplente assumirá o tucano Arnaldo Kney, ex-prefeito de Ivoti e atual coordenador da bancada do PSDB. A relatora do processo foi a desembargadora Lúcia Liebling Kopittke.
Carlos Gomes é o terceiro deputado gaúcho a perder o mandato por infidelidade partidária. Coffy Rodrigues, que deixou o PDT pelo PSDB, e José Sperotto, que saiu do DEM e ingressou no PTB, também foram substituídos em seus assentos na Assembleia Legislativa.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO