Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

RELAÇÕES INTERNACIONAIS

- Publicada em 17 de Junho de 2015 às 00:00

Reino Unido busca novas parceiras no Rio Grande do Sul


CONSULADO BRITÂNICO/DIVULGAÇÃO/JC
Jornal do Comércio
Há apenas quatro meses no Brasil, a nova cônsul-geral britânica em São Paulo, Jo Crellin, pretende continuar um trabalho de longa data para fortalecer os laços comerciais entre os países. No ano passado, a agência de promoção de investimentos UK Trade & Investment, no Brasil, órgão que também é dirigido por Jo, participou ativamente das negociações que permitiram a instalação de 20 empresas brasileiras em Londres - entre elas, pelo menos três gaúchas interessadas em dar a largada em seus planos de internacionalização.
Há apenas quatro meses no Brasil, a nova cônsul-geral britânica em São Paulo, Jo Crellin, pretende continuar um trabalho de longa data para fortalecer os laços comerciais entre os países. No ano passado, a agência de promoção de investimentos UK Trade & Investment, no Brasil, órgão que também é dirigido por Jo, participou ativamente das negociações que permitiram a instalação de 20 empresas brasileiras em Londres - entre elas, pelo menos três gaúchas interessadas em dar a largada em seus planos de internacionalização.
Em escala global, a política britânica de atração de negócios foi responsável por ampliar em 14% os chamados investimentos diretos estrangeiros no Reino Unido, durante o exercício 2013/2014, gerando mais de 66,3 mil novos postos de trabalho naquele período. No Brasil, de acordo com a cônsul, a estratégia britânica monitora nove setores prioritários.
O Reino Unido é o 27º parceiro comercial do Brasil. Em 2014, o território constituído pela Inglaterra, o País de Gales, a Escócia (que, em conjunto, formam a Grã-Bretanha) e a Irlanda do Norte, importou o equivalente a US$ 4,2 bilhões em produtos brasileiros. O Brasil, por sua vez, recebeu US$ 3,7 bilhões em mercadorias, ou 0,7% do total das exportações britânicas efetuadas no ano passado. No Rio Grande do Sul, as vendas externas gaúchas ao Reino Unido representaram mais de 1,22% do total embarcado pelo Estado, no acumulado de 2014.
Jo, que estará em Porto Alegre hoje para comemorar os 150 anos de publicação de Alice no País das Maravilhas, planeja intensificar a prospecção de novas oportunidades de negócios. A partir das 17h30min, no Studio Clio, a missão diplomática britânica no Brasil promove a Festa de Chá do Chapeleiro Maluco. Em sua primeira visita oficial à capital gaúcha, a diplomata também terá em sua agenda reuniões com empresas e parceiros do Reino Unido no Rio Grande do Sul, resultado do relacionamento gerenciado pelo Consulado-Geral Britânico em Porto Alegre.
Jornal do Comércio - Quais são as suas expectativas com a primeira visita ao Rio Grande do Sul?
Jo Crellin - Estou muito empolgada. Só faz quatro meses que estou no Brasil. Aprendo aos poucos a cultura e, pela primeira vez, visito a região Sul e também Porto Alegre. Vai ser uma atividade ótima e uma oportunidade ímpar de encontrar pessoas, membros da prefeitura, do Estado e, principalmente, uma chance de encontrar pessoas interessadas em negócios. Somos um país aberto aos investimentos.
JC - E quais são os setores considerados estratégicos pelo Reino Unido no Brasil?
Jo Crellin - Trabalhamos em vários setores. São nove os setores que consideramos prioritários no Brasil (indústrias criativas, ciência e inovação, óleo e gás, infraestrutura, esportes, saúde, educação, serviços financeiros e tecnologias da informação e comunicação). O fato, por si só, já indica a importância que o Brasil tem para o Reino Unido. No Rio Grande do Sul, por exemplo, são outros setores prioritários. Sei que há um trabalho específico no Estado para o setor petroquímico e outro em tecnologia da informação. A agricultura não poderia faltar, mas também existe algo para o segmento de alimentação e bebidas. Outro setor prioritário é o de serviços financeiros. Londres é um ótimo lugar para isso. É claro que a economia britânica é importante, mas isso é ampliado por sua relação "ainda" com a União Europeia. Por outro lado, não se pode esquecer de relação comercial importante com os Estados Unidos e a China que pode ser explorada pelas empresas brasileiras que por ventura estiverem em Londres.
JC - No ano passado, o consulado realizou uma intensa programação, com visitas em diversas cidades do País e com passagem por alguns municípios gaúchos. Há estimativas para uma nova aproximação que possa gerar negócios?
Jo Crellin - Acredito que as relações entre os nossos países estão cada vez mais fortalecidas. No ano passado, por exemplo, auxiliamos no processo de instalação de pelo menos 20 empresas brasileiras que estavam ingressando no mercado britânico. Entre elas, há pelo menos três empresas gaúchas. Duas delas - a Code Hub (jointe venture fruto da união da startup porto-alegrense Pandorga com a Images Hub) e a Intelipark - oferecem soluções em softwares e aplicativos de tecnologia da informação. A outra é a Grendene, que atua no setor calçadista. Portanto, são setores bastante variados. Em síntese, foram companhias que se instalaram com a nossa intermediação. É evidente o crescimento expressivo no interesse das empresas brasileiras em fixarem sedes, não só em Londres, mas em outras localidades do país. Isso significava que o Reino Unido é muito atrativo, amigável para os negócios e, sobretudo, pode servir de ponto de apoio para ampliar as relações globais e com o continente europeu.
JC - No exercício de 2013/2014, o investimento estrangeiro no Reino Unido cresceu 14% e foi responsável por mais de 66 mil novos postos de trabalho no Reino Unido. Estes níveis de atratividade devem crescer?
Jo Crellin - Nesta quarta-feira (hoje), lançaremos um novo relatório. O governo britânico ainda não divulgou os dados. Analisando este desempenho do passado, pode-se dizer que isso é, sim, algo bastante consistente. Há margens para crescimento. Com a economia em expansão, sempre há espaço para geração de empregos. O que acontece, de fato, é que somos um país aberto a investimentos.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO