Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

ENERGIA

- Publicada em 03 de Junho de 2015 às 00:00

Grupo Solví deve investir R$ 300 milhões no Rio Grande do Sul


MARCELO G. RIBEIRO/JC
Jornal do Comércio
O Grupo Solví, com sede em São Paulo, planeja investir no Rio Grande do Sul, com o apoio da gaúcha Copelmi, cerca de R$ 300 milhões nos próximos três a quatro anos. Os aportes englobam a geração de energia termelétrica, ampliação e realização de novos aterros sanitários, centrais mecanizadas de triagem de resíduos sólidos, entre outras iniciativas.
O Grupo Solví, com sede em São Paulo, planeja investir no Rio Grande do Sul, com o apoio da gaúcha Copelmi, cerca de R$ 300 milhões nos próximos três a quatro anos. Os aportes englobam a geração de energia termelétrica, ampliação e realização de novos aterros sanitários, centrais mecanizadas de triagem de resíduos sólidos, entre outras iniciativas.
Nesta terça-feira, através das suas controladas, a Companhia Riograndense de Valorização de Resíduos (CRVR) e a Biotérmica Energia (cada empresa possui 70% de participação da Solví e 30% da Copelmi), o grupo inaugurou um dos projetos que absorverá parte desses recursos (em torno de 10%). Trata-se de uma termelétrica que utilizará como combustível o metano procedente do gás gerado em aterro sanitário, localizado no município de Minas do Leão.
A usina inicia com uma capacidade de geração de 8,55 MW (cerca de 0,2% da demanda média do Rio Grande do Sul), mas futuramente chegará a 15 MW. A expectativa é de que, em até duas semanas, a térmica consiga a licença de operação da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) e a liberação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para entrar em operação comercial. No momento, a planta tem contrato garantido para cerca de 80% da sua capacidade de produção de energia e o restante será disponibilizado no mercado spot (acordos de curto prazo).
O gerente de operações da Biotérmica Energia, Luiz Fernando Tomasini, adianta que, em 2016, o complexo deverá incrementar a sua capacidade em 30% a 40% e, posteriormente, a previsão é colocar em ação mais uma máquina geradora por ano (de 1,5 MW de capacidade). Nessa primeira etapa, a termelétrica consumirá cerca de 2,3 mil metros cúbicos de gás por hora, oriundos do aterro. Além dessa térmica, outras similares, contudo de potência menor, cada uma com capacidade para 1,5 MW, serão instaladas em Santa Maria e São Leopoldo.
De acordo com o diretor-presidente da CRVR, Mauro Renan Pereira Costa, a perspectiva é de que esses projetos, que já têm licença prévia, comecem a gerar energia a partir do final do próximo ano. A CRVR planeja instalar ainda três novos aterros sanitários nos municípios de Pelotas, Victor Graeff e Viamão. No momento, a companhia possui quatro complexos desse tipo no Estado: em Giruá, Santa Maria, São Leopoldo e Minas do Leão. Nessa última cidade, a empresa também pretende construir uma recicladora.
O presidente da Solví Infraestrutura, Lucas Radel, acredita que o Rio Grande do Sul poderá ser o primeiro estado brasileiro a cumprir a política nacional de resíduos sólidos e tratar a totalidade dos rejeitos.

Usina continuará operando após fim da vida útil do aterro

O aterro de Minas do Leão começou as atividades em 2001 e tem uma previsão de vida útil para mais 18 anos. Devido à operação com carvão no local, atividade foco da Copelmi, os resíduos são colocados nas cavas resultantes da extração mineral.
Após o esgotamento da capacidade do aterro da CRVR em receber rejeitos, a usina da Biotérmica continuará gerando energia, no entanto reduzindo a capacidade de produção. A térmica também foi implementada de maneira modular. Ou seja, caso necessário, basta retirar os equipamentos do local e instalá-los em outro lugar.
A térmica de Minas do Leão, além de contar com financiamento do Bndes, está apta a receber créditos de carbono (que remuneram empreendimentos que contribuem como uma solução ambiental). A operação da planta, em sua etapa inicial, reduzirá a emissão de CO2 em 170 mil toneladas por ano, contribuindo para a diminuição de gases do efeito estufa.
Assim como os executivos das empresas envolvidas no projeto, esteve presente na cerimônia de terça-feira o governador José Ivo Sartori, que salientou que a iniciativa é uma prova de que o lixo pode ser uma alternativa de geração de trabalho, renda e energia. Já o prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, recordou que mais da metade do volume de resíduos recebidos pelo aterro é oriunda da Capital. Chegam à estrutura aproximadamente 3,5 mil toneladas de resíduos diariamente de cerca de 130 municípios. O diretor-presidente da CRVR, Mauro Renan Pereira Costa, diz que, em tese, aterros sanitários que recebem rejeitos provenientes de uma população de pelo menos 500 mil têm possibilidade de gerar energia elétrica.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO