Cofre permite monitorar o dinheiro de forma remota

Em uma operação normal, o varejista fica de posse do dinheiro até a chegada do carro forte, que faz a coleta do malote. Com esse cofre, isso não é necessário. O acesso ao valor depositado é realizado apenas pela Protege, e a abertura do cofre é feita por fechadura eletrônica com senha randômica, que garante mais segurança.

Ao colocar o dinheiro, o sistema valida a autenticidade das cédulas e emite comprovantes referentes aos depósitos efetuados, como depositante, data, hora e valor/composição. Assim que esse procedimento é feito, o usuário já está automaticamente coberto pelo seguro. "É uma solução que diminui o risco e oferece mobilidade e confiabilidade para as empresas", diz o gerente comercial de transporte de valores da Protege, Clovis Guarnieri.

A empresa possui 1,3 mil equipamentos instalados em pequenos e médios varejistas. É possível fazer a administração do fluxo de caixa e efetuar operações, tudo a distância, graças a um software que é integrado ao sistema de monitoramento. "O usuário autorizado se loga e tem acesso a todas as informações referentes ao seu cofre. É quase como acessar o seu internet banking para controlar a sua conta", explica.

A coleta do dinheiro pela Protege é feita sem qualquer contato da equipe com o ponto de venda, o que evita que o varejista precise agendar um horário específico. Além disso, evita-se, assim, expor as pessoas ao risco de um eventual assalto.

Outra vantagem do cofre inteligente é a possibilidade de fazer parcerias com as instituições financeiras para potencializar as funcionalidades oferecidas pela fornecedora. É o caso do Banrisul, com o qual a Protege tem uma parceria que permite que, por meio de um contrato com o varejista, toda operação que entre no cofre ao longo do dia caia diretamente na conta-corrente da companhia. O cofre também possui um mecanismo que analisa as notas depositadas e rejeita aquelas que considerar que existe risco de serem falsas.

Guarnieri enxerga um grande potencial para a captação de novos clientes para essa solução. O gerente analisa que o mercado de transporte de valores sempre concentrou as suas atividades no segmento bancário. Como a demanda das instituições financeiras sempre foi grande, geralmente esgotava a estrutura das empresas que atuam nesse segmento.

Nos últimos 10 anos, porém, houve uma redução do número de bancos, e os players do segmento de transporte tiveram que buscar outros mercados, como o pequeno e médio varejo. "O cofre inteligente permite conjugar o serviço de transporte de valores com novos serviços, e isso é uma grande vantagem competitiva", analisa.

O gestor acredita que para as empresas que têm pelo menos 40% do seu movimento financeiro em numerário e faturamento mensal de R$ 200 mil já justificaria o aluguel de um desses equipamentos. No foco da Protege estão, por exemplo, casas lotéricas, postos de gasolina e redes de supermercado.