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Indústria Automotiva

- Publicada em 03 de Maio de 2015 às 00:00

Com mercado de carros zero-quilômetro em crise, venda de veículo usado cresce


Gabriela Di Bella/Arquivo/JC
Jornal do Comércio
Enquanto o mercado de carros zero-quilômetro vive uma grave crise, com queda de mais de 16% nas vendas no primeiro trimestre as concessionárias de automóveis usados sobrevivem à recessão e fecharam março em terreno positivo, com alta de 2,3% nas vendas em unidades nos primeiros três meses do ano. Com o orçamento mais apertado, o consumidor está atento ao fator preço - neste quesito, os usados levam vantagem. Enquanto o valor do veículo novo subiu 7,2% nos últimos 12 meses, em média, os usados tiveram queda de 3,2%.
Enquanto o mercado de carros zero-quilômetro vive uma grave crise, com queda de mais de 16% nas vendas no primeiro trimestre as concessionárias de automóveis usados sobrevivem à recessão e fecharam março em terreno positivo, com alta de 2,3% nas vendas em unidades nos primeiros três meses do ano. Com o orçamento mais apertado, o consumidor está atento ao fator preço - neste quesito, os usados levam vantagem. Enquanto o valor do veículo novo subiu 7,2% nos últimos 12 meses, em média, os usados tiveram queda de 3,2%.
Entre os usados, os chamados seminovos, com até três anos, lideram a preferência do consumidor. As vendas cresceram 26%. Os brasileiros que querem dar um "upgrade" em seu veículo ficam atentos a este mercado. Segundo Mauricio Emerich, dono da revenda R1 Motors, em São Paulo, o consumidor hoje usa muito a internet ao comprar. E, ao comparar os preços de carros zero e seminovos, consegue perceber que a diferença é grande. Segundo dados de mercado, após um ano de uso, o preço de um veículo cai cerca de 20%.
Na R1 Motors, um Evoque, da Land Rover, blindado e com 8 mil km rodados, sai por R$ 220 mil. Um modelo zero-quilômetro, com os mesmos opcionais, fica em R$ 280 mil. Já um Fox 1.0, cujo preço de tabela é de R$ 44,6 mil, pode ser encontrado em sites por cerca de R$ 36 mil após um ano de uso.
O empresário gaúcho Renan Resende da Costa, 32 anos, achou mais vantajoso comprar um usado. Ao descobrir que seria pai, no fim do ano passado, começou a buscar um carro mais confortável para a família."Se fosse comprar um novo, teria de abrir mão e pegar um modelo inferior", diz Costa.
As pesquisas na internet trouxeram o empresário até São Paulo, onde a diferença de preço chegava a R$ 12 mil em relação a Porto Alegre. No início de março, veio para a capital paulista e comprou um Mercedes 2012, diretamente do proprietário, por R$ 70 mil à vista. Para levar um zero, teria de desembolsar mais R$ 60 mil. "Até pouco tempo era muito mais fácil comprar um carro novo mas a situação mudou."
Com o aquecimento no mercado de segunda mão, a relação entre número de carros usados vendidos para cada novo está em 3,7 neste ano, a mais alta desde 2005, quando era de 4,1 usados para cada novo, segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Para o gerente de desenvolvimento da consultoria Jato Dynamics, Pedro Mendes, a alta dos preços dos carros novos está levando o consumidor para a opção dos usados.
De janeiro a março, mesmo com a forte queda do mercado de carros zero, os preços subiram 4,42%, enquanto o preço dos usados ficou estável (com alta de 0,03%), segundo o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Mendes explica que, além da alta do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) em janeiro, houve aumento de insumos. "Em contrapartida, o usado manteve o preço e acabou ficando mais atrativo."

Juros altos podem dificultar a compra

Apesar dos preços mais baixos, quem vai financiar o veículo precisa prestar atenção nos juros do financiamento do usado. Segundo o Banco Central, enquanto os juros de montadoras estão abaixo de 14% ao ano, nas empresas especializadas em carros usados podem chegar a 55%.
A Fenauto, que representa as revendedoras de usados, afirma que o juro do setor varia de acordo com o perfil do cliente. "A taxa diminui conforme o valor da entrada aumenta", diz Ilidio dos Santos, presidente da entidade. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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