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Conjuntura internacional

- Publicada em 18 de Abril de 2015 às 00:00

Levy lamenta atraso na reforma do FMI


Jornal do Comércio
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, tratará da nova política econômica brasileira, da reforma de cotas do Fundo Monetário Internacional (FMI), das perspectivas da economia global e dos riscos associados à esperada elevação dos juros americanos na declaração preparada para a reunião deste sábado do Comitê Internacional Monetário e Financeiro (IMFC). O comitê, o órgão político mais importante do Fundo, é formado por 24 ministros, representa os 188 países membros e formula a cada semestre as linhas gerais de trabalho da instituição. O ministro brasileiro fala em nome do Brasil e de mais dez países agrupados num conjunto de cotas e votos. Como outros ministros, Levy reclamará do atraso da reforma de cotas e votos decidida no FMI em 2010 e ainda emperrado no Congresso dos Estados Unidos. Essa reforma deveria ter entrado em vigor em 2014, mas o Executivo americano continua incapaz de resolver o impasse com os parlamentares. Sem a nova redistribuição de cotas e de poder de votos, o Fundo poderá ter problemas de financiamento. Vários emergentes, incluído o Brasil, reforçaram a capacidade de ação do Fundo nos últimos anos, comprometendo-se a participar do Novo Arranjo para Empréstimos. A participação é voluntária e vários governos condicionaram a adesão ao avanço do programa de reformas. Sem detalhes, a declaração de Levy lembra o risco, para o Fundo, de perder recursos se o impasse continuar sem solução. Desde o ano passado se discute uma solução provisória para o impasse, uma forma de contornar o problema criado pelo Congresso americano. O assunto foi examinado ontem numa reunião entre ministros do Grupo dos 20 (G-20), formado pelas maiores economias desenvolvidas e emergentes, e o novo presidente do IMFC, o mexicano Agustin Carsten. A solução provisória deverá ser aplicada se o projeto de reforma, em junho, ainda estiver emperrado no Congresso americano. Duas saídas têm sido examinadas. O governo brasileiro prefere desligar a solução provisória das cotas da proposta de reforma da governança do FMI e essa posição foi incluída na declaração preparada para a reunião de hoje. O governo prefere retomar integralmente, quando chegar a ocasião, o projeto de nova governança discutido em 2010. Levy apresenta sumariamente o programa de ajuste recém-iniciado no Brasil e menciona a necessidade de medidas em outras áreas para tornar a economia mais eficiente e reforçar o potencial de crescimento. A maior parte das referências à economia global é descritiva, mas a mensagem é de preocupação quando se trata do esperado aperto da política monetária americana, apontada como provável fonte de instabilidade financeira e de movimentos especulativos. 
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, tratará da nova política econômica brasileira, da reforma de cotas do Fundo Monetário Internacional (FMI), das perspectivas da economia global e dos riscos associados à esperada elevação dos juros americanos na declaração preparada para a reunião deste sábado do Comitê Internacional Monetário e Financeiro (IMFC). 

O comitê, o órgão político mais importante do Fundo, é formado por 24 ministros, representa os 188 países membros e formula a cada semestre as linhas gerais de trabalho da instituição. O ministro brasileiro fala em nome do Brasil e de mais dez países agrupados num conjunto de cotas e votos. 

Como outros ministros, Levy reclamará do atraso da reforma de cotas e votos decidida no FMI em 2010 e ainda emperrado no Congresso dos Estados Unidos. Essa reforma deveria ter entrado em vigor em 2014, mas o Executivo americano continua incapaz de resolver o impasse com os parlamentares. 

Sem a nova redistribuição de cotas e de poder de votos, o Fundo poderá ter problemas de financiamento. Vários emergentes, incluído o Brasil, reforçaram a capacidade de ação do Fundo nos últimos anos, comprometendo-se a participar do Novo Arranjo para Empréstimos. A participação é voluntária e vários governos condicionaram a adesão ao avanço do programa de reformas. Sem detalhes, a declaração de Levy lembra o risco, para o Fundo, de perder recursos se o impasse continuar sem solução. 

Desde o ano passado se discute uma solução provisória para o impasse, uma forma de contornar o problema criado pelo Congresso americano. O assunto foi examinado ontem numa reunião entre ministros do Grupo dos 20 (G-20), formado pelas maiores economias desenvolvidas e emergentes, e o novo presidente do IMFC, o mexicano Agustin Carsten. A solução provisória deverá ser aplicada se o projeto de reforma, em junho, ainda estiver emperrado no Congresso americano. 

Duas saídas têm sido examinadas. O governo brasileiro prefere desligar a solução provisória das cotas da proposta de reforma da governança do FMI e essa posição foi incluída na declaração preparada para a reunião de hoje. O governo prefere retomar integralmente, quando chegar a ocasião, o projeto de nova governança discutido em 2010. 

Levy apresenta sumariamente o programa de ajuste recém-iniciado no Brasil e menciona a necessidade de medidas em outras áreas para tornar a economia mais eficiente e reforçar o potencial de crescimento. 

A maior parte das referências à economia global é descritiva, mas a mensagem é de preocupação quando se trata do esperado aperto da política monetária americana, apontada como provável fonte de instabilidade financeira e de movimentos especulativos. 
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