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Indústria

- Publicada em 15 de Abril de 2015 às 00:00

Planta no Estado amplia presença da Fujikura nas Américas


MARCELO G. RIBEIRO/JC
Jornal do Comércio
O investimento de mais de R$ 40 milhões na primeira unidade fabril da Fujikura no Brasil é o primeiro passo para a empresa japonesa - fabricante mundial de cabos OPGW - ampliar sua participação no mercado nacional e das Américas do Sul e Central. Do montante previsto até o início de 2016, já foram injetados R$ 30 milhões, que resultaram na atual planta industrial e na aquisição de maquinário para a fábrica, que foi inaugurada ontem, em Montenegro. A obra, que se iniciou em novembro de 2013, foi entregue no final de 2014.
O investimento de mais de R$ 40 milhões na primeira unidade fabril da Fujikura no Brasil é o primeiro passo para a empresa japonesa - fabricante mundial de cabos OPGW - ampliar sua participação no mercado nacional e das Américas do Sul e Central. Do montante previsto até o início de 2016, já foram injetados R$ 30 milhões, que resultaram na atual planta industrial e na aquisição de maquinário para a fábrica, que foi inaugurada ontem, em Montenegro. A obra, que se iniciou em novembro de 2013, foi entregue no final de 2014.
O evento contou com a presença de autoridades locais e gaúchas, incluindo o governador José Ivo Sartori e o presidente mundial da indústria de cabos de telecomunicações, Yochi Nagahama. O empreendimento é resultado de uma parceria com a brasileira ProCable, e foi implementado para suprir parte da demanda brasileira de cabos para empresas de energia e de telecomunicação.
Por enquanto, a operação conta com 50 funcionários diretos e 25 indiretos, mas a meta é gerar de 150 a 200 empregos diretos até o ano que vem. Instalada em terreno de 144 mil m², no setor do Distrito Industrial, a unidade ocupa 10,8 mil m² e tem capacidade inicial para produzir, por ano, 1 mil quilômetros de cabos OPGW e de 1 mil toneladas de cabo ACSR (usado para transmissão de energia elétrica). O empreendimento ainda produzirá cabos de aterramento AAC e AAAC, e outro específico para suporte de postes de energia, o AC Wire.
Antes de trazer a produção para o Brasil, a multinacional era uma das maiores exportadoras do OPGW para o mercado brasileiro, que anualmente demanda 5 mil quilômetros desta tecnologia para a construção de linhas de transmissão e 2 mil toneladas de ACSR. "Já prevemos aumento de demanda para as linhas de transmissão do País", ressaltou o presidente da Fujikura Cabos, Ikuo Shigetoshi.
Com a fabricação nacional, os cabos OPGW, que funcionam como para-raios para as redes de transmissão antes 100% importados, terão uma redução de custos entre 20% e 30%. "Desejamos contribuir para o desenvolvimento da infraestrutura do País, através de fusões das tecnologias brasileira e japonesa", disse o presidente da ProCable, Fumitaka Nishimura, destacando que a equipe de engenheiros da nova fabricante poderá ir em breve ao Japão para conhecer melhor o trabalho da companhia Fujikura, que possui 131 anos de mercado, emprega 53 mil pessoas e faturou US$ 530 milhões em 2014. Além de fábricas de fibra óptica e infraestrutura para energia e sistemas de telecomunicações, a multinacional possui outras duas companhias, que produzem chicotes para veículos e equipamentos para artigos eletrônicos.
"Temos o sonho de fazer com que a fábrica em Montenegro cresça de forma grandiosa", discursou Nagahama, lembrando que a meta é de que até 2016 a participação da Fujikura no mercado das Américas passe dos atuais 3% para 5%, com a produção no Estado. "E há espaço, em Montenegro, para, no futuro aumentar a produção, com foco em (atingida a primeira meta) ampliar nosso market share para 10% na América Latina", prospectou. "Mas tudo vai depender do desenvolvimento dos países deste continente", ponderou o executivo. De acordo com Sartori, o Estado vem criando um ambiente favorável aos novos empreendimentos e atraiu mais de R$ 9,5 bilhões em pouco mais de três meses. "Só não vai investir no Rio Grande do Sul quem não quiser. Precisamos ser criativos e competitivos nas negociações. E, enquanto isso, vamos evoluindo as condições do Estado para que o serviço público se equipare à excelência do Rio Grande que dá certo", afirmou.
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