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Opinião

ARTIGO

- Publicada em 26 de Março de 2015 às 00:00

Só aceitamos a democracia


Jornal do Comércio
Em agosto, mas pode ser setembro, nascerá o nosso primeiro filho, o João Luiz. Não sabemos o seu rosto, não podemos sentir o seu cheirinho, se trará consigo o temperamento do pai ou da mãe, mas já percebemos a existência dele em todas as coisas: uma bola de futebol passando perto da janela, o barulho de alguém caindo da bicicleta, o leite fervendo no fogão. Muito em breve, estaremos trazendo para o mundo mais um cidadão brasileiro – o que para nós é motivo de muito orgulho. Infelizmente, justo agora, o Brasil está menos alegre, sofrendo os efeitos de uma importante crise econômica e política. Diante deste cenário, é natural que a população exerça o direito sagrado de ocupar as ruas, levantar suas bandeiras, empunhar seus cartazes, acampar nas praças, manifestações típicas de uma ação política livre e consequente - que pode ser de direita ou de esquerda. Por óbvio, uma participação política responsável pressupõe a tolerância, o respeito à Constituição e às nossas instituições. O governo, de um lado, e a oposição, do outro, têm o compromisso de observar esses acontecimentos, extraindo de tudo isso uma síntese para aperfeiçoar os seus discursos e as suas práticas. Para o governo, sem dúvida, permanece o compromisso de radicalizar a democracia, combater sem tréguas a corrupção, fortalecer as suas políticas sociais e manter a estabilidade econômica do País - e isso não é pouco. Por sua vez, é papel da oposição continuar fiscalizando todas as ações administrativas, ser crítica e propositiva ao mesmo tempo, caso queira construir-se como uma alternativa real de poder em 2018. Meu filho, o João Luiz, nascerá em 2015, no Brasil, um Estado Democrático de Direito, sem guerras externas ou internas, e certamente nenhum de nós pode aceitar menos do que isso. Nem para si, nem para os seus.
Em agosto, mas pode ser setembro, nascerá o nosso primeiro filho, o João Luiz. Não sabemos o seu rosto, não podemos sentir o seu cheirinho, se trará consigo o temperamento do pai ou da mãe, mas já percebemos a existência dele em todas as coisas: uma bola de futebol passando perto da janela, o barulho de alguém caindo da bicicleta, o leite fervendo no fogão. Muito em breve, estaremos trazendo para o mundo mais um cidadão brasileiro – o que para nós é motivo de muito orgulho. Infelizmente, justo agora, o Brasil está menos alegre, sofrendo os efeitos de uma importante crise econômica e política. Diante deste cenário, é natural que a população exerça o direito sagrado de ocupar as ruas, levantar suas bandeiras, empunhar seus cartazes, acampar nas praças, manifestações típicas de uma ação política livre e consequente - que pode ser de direita ou de esquerda. Por óbvio, uma participação política responsável pressupõe a tolerância, o respeito à Constituição e às nossas instituições. O governo, de um lado, e a oposição, do outro, têm o compromisso de observar esses acontecimentos, extraindo de tudo isso uma síntese para aperfeiçoar os seus discursos e as suas práticas. Para o governo, sem dúvida, permanece o compromisso de radicalizar a democracia, combater sem tréguas a corrupção, fortalecer as suas políticas sociais e manter a estabilidade econômica do País - e isso não é pouco. Por sua vez, é papel da oposição continuar fiscalizando todas as ações administrativas, ser crítica e propositiva ao mesmo tempo, caso queira construir-se como uma alternativa real de poder em 2018. Meu filho, o João Luiz, nascerá em 2015, no Brasil, um Estado Democrático de Direito, sem guerras externas ou internas, e certamente nenhum de nós pode aceitar menos do que isso. Nem para si, nem para os seus.
Advogado, doutor em Direito Público

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