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Colunas#De salto alto

Coluna

- Publicada em 23 de Março de 2015 às 00:00

Aprenda a conviver com o seu ego, sugere Costanza Pascolato


ANTONIO PAZ/JC
Jornal do Comércio
Costanza Pascolato, uma das maiores autoridades de moda no Brasil, esteve em Porto Alegre na quinta-feira, 19/3, para o lançamento da coleção outono/inverno da Spezzato. Na ocasião, concedeu uma entrevista exclusiva para a Coluna De Salto Alto. Confira nosso papo.
Costanza Pascolato, uma das maiores autoridades de moda no Brasil, esteve em Porto Alegre na quinta-feira, 19/3, para o lançamento da coleção outono/inverno da Spezzato. Na ocasião, concedeu uma entrevista exclusiva para a Coluna De Salto Alto. Confira nosso papo.
Jornal do Comércio - A mulher executiva, ao se vestir, deve apostar em que tipo de peças e composição?
 
Costanza Pascolato - Depende de onde ela trabalha. É como tudo na vida, você deve saber qual é o seu meio, ou seja, onde você trabalha, onde você circula, a necessidade que você tem de ser mais ou menos discreta, mais ou menos feminina. Por que têm, inclusive, trabalhos em que você não pode fazer uma exibição da própria feminilidade, porque você está em competição com outro sexo. O mundo do trabalho é uma coisa de competição em geral.
JC - Quem tira as dúvidas de estilo de Costanza Pascolato?
 
Costanza - Acho que já estou tão descolada... O que faço é estudar a minha agenda. Com quem eu vou estar, em que lugar eu vou estar. Você sabe que, em São Paulo, você sai de manhã e é difícil retornar para casa e se trocar para sair à noite. Às vezes, levo um saltinho dentro do carro para trocar. Hoje, não aguento ficar de salto alto o dia todo.
 
JC - Existe uma marca brasileira de que não abres mão?
 
Costanza - Sabe que, hoje em dia, é muito legal, porque podemos misturar marcas. Hoje, por exemplo, estou usando Spezzato, que misturei com peças velhas que tenho, e isso faz toda a diferença. O grande lance hoje é a liberdade. Só que, às vezes, a liberdade é tão absoluta e total que você precisa se conhecer, se identificar e ter noção de quem é você para poder ter o seu estilo, o que é fundamental. Entender seu estilo faz com que você se sinta mais segura, e a autoestima cresce.
 
JC - O que mudou na indústria da moda no Brasil ao longo de todo o período em que trabalhas com o tema?
 
Costanza - Desde que comecei, nos anos 1970, mudou tudo. Ou seja, aconteceu uma coisa chamada internet e, antes disso, a questão das marcas de fast fashion, que, há 10, 12 anos, mudaram totalmente a noção de varejo na moda. Hoje, os americanos chamam o fast fashion de "vertical", não só porque eles pegam ideias lá de cima e trazem para baixo para tornar acessível, como também eles são verticalizados, ou seja, compram matéria-prima, mandam fazer o tecido, fazem a roupa e distribuem a roupa. Então, é uma questão que você tem uma linha de preço diferente. E hoje, as grandes marcas de luxo internacionais estão sofrendo cada vez mais.
 
JC - Atualmente, há muito mais pessoas falando de moda do que quando tu começaste a atuar no ramo. Em função de haver tanta gente trabalhando com moda e estilo, hoje está mais fácil ou mais difícil falar do tema?
Costanza - Antigamente, a moda era mais um mistério. Na realidade, todo mundo pensava em se vestir. As pessoas não davam o nome "moda" para aquilo que era roupa. Mas não deixa de ser a mesma coisa. A moda como as pessoas entendem, a roupa dentro da vida da gente sempre foi a representação de um momento na história e do nosso papel dentro da sociedade. Hoje, você tem mais possibilidade de se parecer até com imagens que você achava inalcançáveis, porque você tem mais acessibilidade de todos os preços e em todo o lugar. Há muito mais oferta.
 
JC - Algum recado especial para nossas leitoras?
 
Costanza - Acho que o meu negócio mais importante da vida, que demorei para entender, é que o ego é a coisa mais complicada da vida. Se você não aprende a conviver com ele, você está frita. Ele é seu pior inimigo. No momento que você está de bem com o seu ego e se identifica com o seu estilo, você fica de bem consigo mesma. E isso te dá uma autoestima muito grande, uma questão muito mais agradável de se viver. Você fica bem na sua roupa, no seu nicho, e isso é quase a felicidade absoluta.
Veja um trecho da entrevista:

Coleção outono/inverno da Spezzato

A nova coleção da Spezzato apresenta quatro temas, que passam pelos estilos Cherry Lady, romântico e sofisticado; Dark Romance, com um ar misterioso e sexy; Urban Savage, que mistura o senso utilitário com a alma urbana e Sweet Retrô, inspirado nos anos 1960.
Andréa Kurbhi, sócia da marca, explica que os lançamentos para as mulheres usaram tanto durante o dia como à noite. "Buscamos, sempre, que nossas clientes usem o que fique bem nelas", diz.

Agenda

  • Está marcado, para os dias 25, 26, 30 e 31/3, o curso "Stamp: Processo criativo e técnicas para estamparia digital". No Urban Concept Comercial (avenida Carlos Gomes, 1.492). Inscrições até 24/3, pelo e-mail [email protected].
  • O Jogo de Damas marca seus três anos com o evento "O poder da rede - Mulheres conectadas crescem juntas". Dias 28 e 29/3, no Teatro do CIEE, em Porto Alegre, terá entre as palestrantes a empresária Alice Ferraz, a economista-chefe da Fecomércio, Patrícia Palermo, a fundadora do Tem Açúcar?, Camila Carvalho, e a CEO da Kickante, Tahiana D'Egmont. 
  • Estão abertas as inscrições para o Prêmio Sebrae Mulher de Negócios. Em sua 11ª edição, reconhece as empresárias que transformam suas vidas pessoais, de suas famílias e até da sua comunidade. Inscrições podem ser realizadas até o dia 31/7 no site www.mulherdenegocios.sebrae.com.br.
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