O Senado tomou a dianteira da discussão sobre a reforma política. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), quer começar a votar propostas sobre o tema nesta semana. De acordo com ele, é importante dar o primeiro passo. "Quando não há consenso, o Parlamento delibera, vota. Se nós não reformarmos a política, seremos todos reformados." A questão do financiamento é, para um grupo de senadores, a mais urgente, já que eles veem que doações de empresas a candidatos podem "sujar" o processo eleitoral. "A doação é comprometedora, torna dependente o eleito ao seu financiador. Doações por empresas privadas transformam o eleito num servidor dessa empresa e não em um servidor de seus eleitores", disse o senador gaúcho Lasier Martins (PDT). Já Ataídes Oliveira (PSDB-TO) apontou que a prática de empresas doarem a candidatos esperando retorno é a responsável por uma crise de valores no País. "Cerca de 70% dos deputados eleitos em 2014 devem suas eleições a 10 ou 12 empresas citadas na Operação Lava Jato. Será que esses deputados terão condição de votar projetos contra esses patrões?". Mas a questão não deverá ser resolvida tão cedo. Para os que esperam a resposta do Supremo Tribunal Federal, o ministro Gilmar Mendes já afirmou que o tema "é urgente, mas não pode vir do STF". No julgamento da ação que questiona a legalidade do financiamento de campanha por empresas, Gilmar Mendes pediu vista ao processo e ainda não devolveu.
A exceção do Congresso
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