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- Publicada em 28 de Fevereiro de 2015 às 00:00

Polícia Federal vai investigar contas de brasileiros no HSBC


PHILIPPE HUGUEN/AFP/JC
Jornal do Comércio
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, determinou na sexta-feira (27) que a Polícia Federal investigue as denúncias de evasão fiscal envolvendo o HSBC na Suíça. A determinação acontece após série de reportagens revelar contas de brasileiros mantidas no HSBC em Genebra e que podem ter sido usadas para sonegar impostos.
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, determinou na sexta-feira (27) que a Polícia Federal investigue as denúncias de evasão fiscal envolvendo o HSBC na Suíça. A determinação acontece após série de reportagens revelar contas de brasileiros mantidas no HSBC em Genebra e que podem ter sido usadas para sonegar impostos.
O caso, conhecido como SwissLeaks, é uma apuração jornalística internacional feita a partir de dados obtidos do HSBC por um ex-funcionário do banco, Hervé Falcian. Em 2008, ele entregou dados sobre as contas às autoridades da França, que posteriormente compartilharam com outros países.
Em relação ao Brasil, a lista indica que os correntistas brasileiros tinham cerca de US$ 7 bilhões entre 2006 e 2007 no banco em Genebra. Eram 6.606 contas de 8.667 clientes - nmuitos compartilhavam contas.
De acordo com Cardozo, após uma análise das reportagens, feita por integrantes do Ministério da Justiça, Polícia Federal e pelo Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional, entendeu-se que uma investigação criminal se fazia necessária para apurar eventuais delitos.
"Há indícios de crimes, por isso avaliamos que uma investigação se faz necessária. A PF estará à frente dessas investigações", disse.
Além dos dados já vazados por Falciani, o Brasil deve fazer pedidos formais de colaboração com o governo Suíço para obter outros documentos que comprovem eventuais crimes.
Em outra frente, o Senado iniciou na sexta (27) o processo de criação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar as denúncias. O autor do pedido de CPI foi o senador Randolfe Rodrigues (P-Sol-AP), que obteve 33 assinaturas para a abertura da CPI, seis a mais que o mínimo exigido.
De acordo com a revista "Época" desta semana, a Receita Federal já está analisando dados de 342 brasileiros com contas no HSBC na Suíça. A reportagem teve acesso ao primeiro relatório sigiloso relativo a 15 correntistas. Alguns podem ter sido relacionados só por ter conta na Suíça, o que não é ilegal.
Na lista, estão Lírio Parisotto, diretor-presidente da Videolar, e Ricardo Steinbruch, presidente do Grupo Vicunha. Nos dois casos, segundo o relatório, os valores são considerados compatíveis com o perfil econômico.
Também aparece o nome de Jacob Barata, conhecido como o rei do transporte público do Rio e que, segundo o fisco, é alvo de investigações de lavagem de dinheiro. À "Época", Barata negou a existência de contas da família no HSBC suíço e disse não ter sido notificado das investigações citadas.
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