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MERCADO DE CAPITAIS

- Publicada em 13 de Fevereiro de 2015 às 00:00

Banrisul aumenta despesa e lucro cai 12,7%


JONATHAN HECKLER/JC
Jornal do Comércio
O Banrisul pagou em 2014 o preço de expandir a rede, contratar mais funcionários, tomar medidas para abater parte do passivo gerado por compromissos com fundo de pensão de seu quadro e criar novos segmentos. Juntos, os fatores  influenciaram o saldo do lucro líquido, que encerrou o ano passado 12,7% abaixo do obtido em 2013. A conta fechou em R$ 691,4 milhões, ante os R$ 791,6 milhões de 2013. A atual direção do banco estadual divulgou nessa quinta-feira o útimo balanço financeiro antes de passar, em março, o comando aos gestores ligados ao Governo Sartori.
O Banrisul pagou em 2014 o preço de expandir a rede, contratar mais funcionários, tomar medidas para abater parte do passivo gerado por compromissos com fundo de pensão de seu quadro e criar novos segmentos. Juntos, os fatores  influenciaram o saldo do lucro líquido, que encerrou o ano passado 12,7% abaixo do obtido em 2013. A conta fechou em R$ 691,4 milhões, ante os R$ 791,6 milhões de 2013. A atual direção do banco estadual divulgou nessa quinta-feira o útimo balanço financeiro antes de passar, em março, o comando aos gestores ligados ao Governo Sartori.
Agora, a aposta para o aumento da receita de serviços e produtos, no futuro, ficará a cargo de uma estreante companhia de seguro e previdência privada. Na briga por mercados, a expansão de agências e postos e de pessoal foi apontada como decisiva. Na busca por mais negócios em serviços, o número de cartões de crédito chegou a 713 mil novas emissões, 20,4% acima de 2013, e movimentação financeira de R$ 2,9 bilhões, alta de 31,8%.    
No último trimestre do ano, o lucro também se recuperou, com alta de 15,3% frente ao período imediatamente anterior. A direção apontou que, no ano passado, as margens não responderam com tanta força. O banco teve de adotar política de revisão de taxas para segurar clientes de segmentos públicos, beneficiados pela portabilidade. “Isso exigiu a revisão da estratégia para manter os clientes”, justificou o presidente Túlio Zamin. A carteira de crédito, que alcançou R$ 30,4 bilhões (14,4% acima de 2013 e 85% sobre 2011), colheu os frutos de captações realizadas em anos anteriores e da busca de operações de compulsórios. Neste sentido, o segmento imobiliário liderou, com alta de 21% em empréstimos. A inadimplência total em até 90 dias, conceito mais usado pelo banco, fechou em 3,4%.
A maior despesa com pessoal impacta principlamente o Índice de Eficiência Recorrente (IER), que é a relação entre o gastos com a área administrativa (pessoal majoriatariamente) e receitas com margem financeira e prestação de serviços. O banco teve uma escalada desde 2010, influenciada pela política da direção que entrou em 2011 de quase exterminar o contingente de estagiários (o banco tinha 2.065 em 2010 e passou a 12 em fim de 2014). O quadro de empregados completou o período recente com 11.636 pessoas. IER passou de 52,9% em 2013 para 55,3% em 2014. Era de pouco mais de 51% em 2010.
“Sabíamos que políticas implementadas podiam gerar esse efeito. São as consequências de investimentos, de ter mais rede, novos produtos como seguro e previdência e de qualificar as instalações”, associou Zamin. As agências somaram 528 (484 no Estado), levemente acima das 512 de 2013. Na área de tecnologia da informação, os aportes anuais subiram 70% desde 2010 – saltando de R$ 190 milhões para R$ 325 milhões no passado. As medidas deram maior estabilidade à rede. Exemplos disso, são as transações com cartões e adquirência, que integram a estretégia de “receitas “alternativas”. 
O futuro presidente mostrou preocupação com o desempenho da atividade econômica e impacto nas operações, sugerindo revisão de despesas.  Mota reforçou cautela na concessão de crédito, em linha com as medidas da gestão. “Vamos avaliar o mercado. A economia em baixa sugere cautela com investimentos”, observou o successor de Zamin. Nas projeções, estão aumento entre 9% e 13% na carteira de crédito, com maior aposta nos repasses a pessoa física (até 14% de aumento). Novas ações para reduzir o passivo com planos de aposentadoria podem ser acionadas.

Aprovação da Rio Grande Seguros fortalece as previsões de receitas 

O Banrisul também publicou nessa quinta-feira fato relevante anunciando a obtenção da carta de aprovação prévia da Superintendência de Seguros Privados (Susep) para a operação da Companhia Rio Grande Seguros e Previdência SA. O presidente do Banrisul, Túlio Zamin, informou que a condição libera a área de seguros do banco para ativar o plano de negócios com meta de crescer em receita em quase 30% este ano, e outros 25% em prêmios. A receita no segmento foi de R$ 121 milhões, 42,7% acima da registrada em 2013.
“A trajetória de crescimento é exuberante”, valorizou Zamin. “Temos a maior carteira do Estado, com mais de um milhão de vidas”, arrematou o presidente.
A direção atual e o futuro presidente Luiz Gonzaga Veras Mota, que aguarda a sabatina da Assembleia Legislativa para poder assumir o posto, confirmaram que a possibilidade de abrir capital da companhia na bolsa de valores “é uma meta a ser perseguida”. “Gostaria de receber um convite do presidente (Mota) para a abertura de capital”, registrou Zamin ao successor, sentado ao seu lado na divulgação dos números do ano.
A oferta inicial de ações em seguros e previdência no mercado de capitais protagonizou as melhores aberturas de capitais recentes. A BB Seguridade, por exemplo, captou R$ 11,5 bilhões em 2013, marca histórica nos registros da BM&FBovespa.
A nova companhia do banco é resultado de uma holding, criada entre Banrisul (49,99% do capital) e a seguradora Icatu (50,01%). O governo Tarso tentou criar uma subsidiária em seguros e outra em cartões, enviando projetos à Assembleia no fim de 2013, mas as iniciativas foram rejeitadas.
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