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FUTEBOL AMERICANO

- Publicada em 30 de Janeiro de 2015 às 00:00

Super Bowl: muito mais do que um jogo, evento gira a economia nos Estados Unidos


Chris Graythen/Getty Images/AFP/JC
Jornal do Comércio
A National Football League (NFL) vem ganhando adeptos ao longo das duas últimas décadas. A principal arma de valorização do futebol americano no Brasil é a transmissão do Super Bowl, a grande final da temporada do esporte, que é o mais popular dos Estados Unidos.
A National Football League (NFL) vem ganhando adeptos ao longo das duas últimas décadas. A principal arma de valorização do futebol americano no Brasil é a transmissão do Super Bowl, a grande final da temporada do esporte, que é o mais popular dos Estados Unidos.
Fãs brasileiros se debruçam na frente da televisão não somente para ver um esporte pouco conhecido entre nós, mas para apreciar todo o show que o evento proporciona. E de olho neste torcedor é que a NFL e as redes de televisão trabalham para vender o espetáculo para o consumidor.
O futebol americano nos Estados Unidos não é somente um jogo, é um negócio rentável. O Super Bowl mobiliza uma nação inteira. O evento envolve milhões de espectadores por todo o globo, shows musicais, gastronomia, festa e bilhões de dólares em comerciais.
O Super Bowl XLIX será jogado neste domingo (1°), entre o atual campeão Seattle Seahawks e o New England Patriots, no estádio University of Phoenix, em Glendale, no Arizona.

Russell Wilson (esq. Seahawks) e Tom Brady (dir. Patriots) lideram suas equipes em busca do título
do Super Bowl XLIX. Foto Christian Petersen e Elsa/Getty Images North America/AFP/JC

Evento mobiliza multidões diante da TV e das redes sociais

De acordo com os dados do instituto Nielsen, o Super Bowl XLVIII, vencido pelo Seattle Seahawks por 43 a 8 contra o Denver Broncos, 112,2 milhões de americanos assistiram a partida pela televisão. O número representa pouco mais de 35% da população do país. A ESPN estima que cerca de 169 milhões de pessoas em todo o mundo acompanharam o jogo, que foi transmitido para 180 países.
“Um grande evento televisionado é uma boa forma de das pessoas terem um evento em comum, algo para se conversar socialmente”, disse o vice-presidente de programação e pesquisa da Fox Sports, Bill Wagner, à ESPN.go.
Para uma audiência enorme, é montada uma super cobertura pelos veículos de comunicação. Em 2014, o Media Day (coletiva de imprensa para as duas equipes finalistas) credenciou 6329 profissionais para o Super Bowl.
Wargner completa que 528 mil pessoas assistiram o jogo pela internet e que foram registrados 24,1 milhões de tweets durante a partida. Somente na jogada que terminou no touchdown dos Seahawks, anotado por Percin Harvin, foram publicados 381.605 tweets por minuto.
Mesmo com o alto volume de postagens no microblog, o Super Bowl ainda fica muito atrás da final da Copa do Mundo. Na última edição do futebol bretão, disputado no Brasil em 2014, a final entre Alemanha e Argentina registrou 32,1 milhões de mensagens no Twitter, onde o pico de publicações foi de 618.715 tweets por minuto.
A hashtag promovida pela ESPN brasileira (#ESPNtem) durante o domingo das finais de conferência chegou ao primeiro lugar nos trending topics mundiais, ou seja, o impacto da transmissão brasileira nas redes sociais supera o dos principais veículos de comunicação norte-americanos.
Não somente os registros da rede social e a transmissão da partida são importantes. O show do intervalo também movimenta a economia. Na última edição, o cantor Bruno Mars se apresentou junto com a banda convidada Red Hot Chili Peppers. O álbum Onorthodox Jukebox conquistou a primeira posição no iTunes um dia após a partida. A música Doo-Wops & Hooligans alcançou a terceira colocação no ranking de canções. Mars teve 11 músicas no top 100 do serviço de música da Apple. Para este ano, Katy Perry foi confirmada com a atração principal. A cantora terá Lenny Kravitz como convidado no palco.

Katty Perry se apresentará no famoso Halftime Show. Foto Christopher Polk/Getty Images North america/AFP/JC

Super Bowl movimenta a economia norte-americana

Outro atrativo do confronto são os caríssimos comerciais. Em 2014, uma inserção de 30 segundos valia US$ 4 milhões e a transmissão movimentou US$ 331,8 milhões, o equivalente a US$ 3 por visualização, de acordo com a Kantar Media. Este ano, cada entrada publicitária de 30s valerá US$ 4,5 milhões, um aumento de 12,5% de um ano para outro. Já foram vendidos todos os espaços e a soma chega aos US$ 359 milhões. Nos últimos dez anos, o aumento do preço chegou a 75%.
O retorno dos investimentos para as empresas é enorme. Na temporada passada, o vídeo da Budweiser Puppy Love foi visto por 55 milhões de usuários no YouTube. E a marca de cerveja promete apresentar a continuação do comercial nesta temporada. Segundo o jornalista Chris Smith, da Forbes, o investimento de US$ 4,5 milhões pode render ate US$ 7,7 milhões em consumo dos produtos veiculados.
Em um levantamento da WalletHub.com, estima-se o consumo de 1,25 bilhões de asinhas de frango, 14 bilhões de hambúrgueres, 1,2 bilhão de latinhas de cerveja (aproximadamente 420 milhões de litros) e US$ 12 bilhões em merchandising do Super Bowl serão vendidos.
A economia de Glendale,  que fica na região metropolitana de Phoenix e sedia a final deste ano,  deverá movimentar US$ 500 milhões somente no dia da partida. O Phoenix Sky Harbor, o aeroporto da região, receberá 60 voos extras das grandes companhias do que em um dia normal.

Evento agrada também ao público brasileiro

O Super Bowl é um dos cases de marketing esportivo de maior sucesso e possui o segundo publicitário mais caro no mundo, segundo o Ibope Repucom. Para José Colagrossi, diretor executivo do Ibope Repucom, o crescimento de fãs brasileiros pode ser explicado, principalmente, por dois motivos: o aumento do número de assinantes de TV por assinatura e o fato de jovens adultos preferirem esportes que promovam a satisfação instantânea, como é o caso do futebol americano, que possui jogos intensos e de muita estratégia.
“Este maior interesse internacional, inclusive do Brasil, pela liga e pelo esporte oferece várias oportunidades para marcas e detentores de direitos que têm interesse em entrar em uma modalidade que está emergindo globalmente, mas que, ao mesmo tempo, já é bem sucedida”, conclui o executivo.
Em um levantamento da pesquisa do Repucom, 3,6% da população afirmou ser fã da modalidade no último ano, um número três vezes maior em relação a 2013, quando 1,2% fizeram a mesma afirmação. Este aumento representa a existência de mais de 3,3 milhões de interessados pelo esporte no país.

Serviço

Televisão
  • ESPN – 19h
  • Esporte Interativo – 21h30
Cinemas em Porto Alegre
  • Cinemark - BarraShoppingSul
Inteira - R$ 52,44
Meia (Sênior, Infantil, Bradesco e Vivo Valoriza) - R$ 27,44
Estudante - R$ 47,44
  • Espaço Itaú - Shopping Bourbon Country
Inteira - R$ 53,63
Meia (crianças de 2 a 11 anos, Idosos, Estudantes, Personnalité, Uniclass e Itaucard) - R$ 28,63
  • Cineflix - Shopping Total
Inteira - R$ 52,44
Meia e menores de 12 anos - R$ 27,44
Restaurantes
  • Os Applebee’s do BarraShoppingSul e da rua Padre Chagas terão suas televisões conectadas na ESPN para apresentar o Super Bowl. Os jogadores do Porto Alegre Pumpkins estarão nos locais para promover o evento.

Jogadores dos Pumpins no Applebee's durante o Super Bowl XLVIII. Foto Mauricio Gonçalves/Divulgação/JC
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