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Indústria

- Publicada em 28 de Janeiro de 2015 às 00:00

Gaúchos apontam gargalos do setor industrial


Jornal do Comércio
O principal problema enfrentado pela indústria gaúcha no quarto trimestre de 2014 foi a elevada carga tributária (57,9% das respostas), seguida pela falta de demanda (50,5%) e competição acirrada de mercado (39,3%). O resultado da Sondagem Industrial da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs) foi divulgado ontem pelo presidente da entidade, Heitor Müller. “A alta carga tributária é um elemento que afeta todas as indústrias do Estado. As medidas de aumento de impostos e contenção na demanda agravam o cenário. Os empresários, por sua vez, sem encontrar meios para superar essas questões, projetam maiores dificuldades em 2015”, afirmou.
O principal problema enfrentado pela indústria gaúcha no quarto trimestre de 2014 foi a elevada carga tributária (57,9% das respostas), seguida pela falta de demanda (50,5%) e competição acirrada de mercado (39,3%). O resultado da Sondagem Industrial da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs) foi divulgado ontem pelo presidente da entidade, Heitor Müller. “A alta carga tributária é um elemento que afeta todas as indústrias do Estado. As medidas de aumento de impostos e contenção na demanda agravam o cenário. Os empresários, por sua vez, sem encontrar meios para superar essas questões, projetam maiores dificuldades em 2015”, afirmou.
O desaquecimento econômico tem pressionado a margem de lucro do setor industrial, que, pela medição do índice de satisfação, foi de 38,4 pontos, bem abaixo da linha de 50 pontos que divide as avaliações positivas das negativas. A insatisfação ficou mais intensa entre os menores portes de empresa: grandes (40,4 pontos), médias (36,3 pontos) e pequenas (36,7 pontos). Também foram consideradas ruins as condições financeiras das indústrias (45,7 pontos). Em relação aos preços das matérias-primas, o indicador médio atingiu 64,5 pontos, nesse caso, acima dos 50 pontos demonstra aumento no custo, atingindo 56,8% das empresas.
Para os próximos seis meses, a indústria gaúcha mantém a indicação de demanda estagnada (50,1 pontos) e intenciona diminuir as compras de matérias-primas (49,4 pontos) para adequá-las às projeções de redução das vendas de produtos e serviços. O emprego também ficou abaixo da linha divisória dos 50 pontos. Das empresas entrevistadas, 29% pretendem reduzir os postos de trabalho e 13,5%, aumentá-los. Os demais disseram que vão apenas manter as atuais contratações. Apenas a expectativa futura com as exportações registrou índice positivo (54,4 pontos).
A Sondagem Industrial varia em uma escala de 0 a 100 pontos. Quanto mais os valores estiverem acima de 50 pontos significa maior otimismo e abaixo indica pessimismo. O levantamento foi realizado com 210 empresas, sendo 51 pequenas, 79 médias e 80 grandes.

Sondagem da CNI diz que empresário está menos motivado a investimentos

O empresariado brasileiro está menos motivado a fazer investimentos, como revela um novo indicador usado na Sondagem Industrial, pesquisa divulgada ontem pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), cujo índice de intenção de investimento registrou 52 pontos em janeiro, ante os 52,4 pontos obtidos em dezembro de 2014. A queda é bem mais intensa se o resultado for comparado a janeiro do ano passado, quando o índice atingiu a marca de 61,5 pontos.
Esses indicadores variam entre 0 e 100 pontos. Quanto maior o valor do índice, maior é a propensão do empresário a fazer investimentos. As empresas de maior porte são as que manifestaram mais interesse em fazer investimentos, obtendo, nessa escala, 59,9 pontos. As de médio porte registraram 46,7 pontos e as de pequeno porte, 42.
No recorte por setor, os que demonstraram maior interesse em fazer investimentos foram o farmacêutico (75,8 pontos), o de limpeza e perfumaria (65,3) e o de químicos (55,6). Já os mais pessimistas, em termos de investimentos, foram os de couros e artefatos (35,8), de impressão e reprodução (36,6), borracha (39) e de móveis (39,4).
A sondagem revelou queda no índice de evolução da produção em dezembro (38,3 pontos), em relação aos 40,2 pontos registrados em dezembro de 2013. Já o índice relativo ao número de empregados ficou em 44,2 pontos em dezembro de 2014, abaixo, portanto, dos 46,4 pontos registrados em dezembro de 2013. Nesse caso, indicadores abaixo de 50 pontos  em escala que varia de 0 a 100  caracterizam situação de queda.
Os dados revelam ainda que a utilização média da capacidade instalada ficou em 68% -menor percentual para o mês, desde 2011. “Em dezembro de 2013 e de 2014, o percentual estava em 70%”, informou o especialista em Políticas e Indústria da CNI Marcelo Souza Azevedo. Apesar disso, o indicador ficou em 50,5 pontos em 2014 — ligeiramente acima, portanto, da média, indicando que o ajuste de estoques ficou próximo do nível planejado. A sondagem mostra ainda que as condições financeiras das empresas pioraram no último trimestre do ano passado, conforme indicam o índice sobre a situação financeira (46 pontos) e o índice sobre satisfação com o lucro operacional (40,6 pontos), influenciados pela alta do preço das matérias-primas.
A facilidade de acesso ao crédito também apresentou índice baixo: 36,8 pontos. O cenário constatado pela Confederação Nacional da Indústria a partir desses índices demonstra “insatisfação”.
A carga tributária é apontada por 59,7% dos entrevistados como o principal problema enfrentado pelo setor empresarial no último trimestre de 2014, seguido da falta de demanda (38,5%).
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