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Coluna

- Publicada em 27 de Janeiro de 2015 às 00:00

Diferença de 180 graus


ANTONIO CRUZ/ABR/JC
Jornal do Comércio
José Fogaça (PMDB) volta à Câmara dos Deputados depois de 28 anos. Em 1982, ele foi eleito deputado federal e saiu do mandato em 1986 para se tornar senador. No Senado, participou da elaboração da Constituição e saiu em 2003. “Alguém como eu, que ficou 12 anos fora do Congresso e quase 30 fora da Câmara, terá que passar por uma readaptação. Terei que reaprender a ser deputado, já que a vivência da Câmara é diferente da do Senado”, diz. Fogaça entra como suplente de Giovani Feltes (PMDB), que foi nomeado para a Secretaria de Fazenda.
José Fogaça (PMDB) volta à Câmara dos Deputados depois de 28 anos. Em 1982, ele foi eleito deputado federal e saiu do mandato em 1986 para se tornar senador. No Senado, participou da elaboração da Constituição e saiu em 2003. “Alguém como eu, que ficou 12 anos fora do Congresso e quase 30 fora da Câmara, terá que passar por uma readaptação. Terei que reaprender a ser deputado, já que a vivência da Câmara é diferente da do Senado”, diz. Fogaça entra como suplente de Giovani Feltes (PMDB), que foi nomeado para a Secretaria de Fazenda.
“Suplente não pode ter certas funções. Nunca fui suplente, então para mim é algo novo. Vou ver como suplente é tratado”, comenta. Apesar de não ter sido eleito, Fogaça se candidatou a deputado federal. “De 1982 para cá, são 180 graus de diferença”. De acordo com ele, em 1982, os candidatos iam de município a município fazendo comícios para grandes massas. “As pessoas se baseavam no que nós falávamos e a questão política era muito importante. Estávamos saindo da ditadura.”
Hoje, não há mais comício, as questões políticas são muito mais diluídas, e os partidos “se regionalizaram”. Segundo Fogaça, as legendas se fecharam para preservar os candidatos locais, apostando num nome específico para cada município. “Os candidatos têm menos voz hoje do que em 1982. Na TV, são 10 segundos, então não dá para falar nada. Não existe mais comício. E as cidades são restritas aos seus candidatos.”
Brasil injusto
Passados 26 anos da promulgação da Constituição de 1988, Fogaça vê um Brasil melhor. “O País avançou bastante institucionalmente. As pessoas são críticas do presente, mas elas têm que ser. Mas não dá para comparar com o Brasil da ditadura. Quem viveu no período sabe o que é viver sem liberdade e sem direitos.” Mas o deputado vê ainda caminhos para mais avanços. “O Brasil não é justo  e essa é a nova luta. O Brasil é democrático, mas precisa ser democrático, justo e ético.”
Outro momento
No Congresso, Fogaça ainda não sabe com que temas irá trabalhar. Mas já sabe o que quer fazer. “Gosto da parte da redação de projetos, emendas, decretos. Relatei mais de 600 projetos quando fui senador. O problema é que a designação de relatorias depende de fatores políticos. No período que eu fui senador, na era Fernando Henrique Cardoso (PSDB), eu tinha confiança. Agora é outro momento.”
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