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AGRONEGÓCIOS

- Publicada em 21 de Janeiro de 2015 às 00:00

Cheia do rio Uruguai afeta 19 mil hectares de arroz


IRGA/DIVULGAÇÃO/JC
Jornal do Comércio
Os arrozeiros da Fronteira-Oeste começaram, nesta semana, a contabilizar os estragos provocados por uma enchente no rio Uruguai. O nível da água subiu mais de 12 metros, entre os dias 2 e 9 de janeiro, devido ao excesso de chuvas no Noroeste do Rio Grande do Sul e na Argentina, e atingiu lavouras nas cidades de São Borja, Itaqui e Uruguaiana. De acordo com o Instituto Riograndense do Arroz (Irga), mais de 19 mil hectares foram afetados nas três cidades e, deste total, cerca de 30% devem apresentar perda total. A região cultivou 308 mil hectares na safra 2014/15.
Os arrozeiros da Fronteira-Oeste começaram, nesta semana, a contabilizar os estragos provocados por uma enchente no rio Uruguai. O nível da água subiu mais de 12 metros, entre os dias 2 e 9 de janeiro, devido ao excesso de chuvas no Noroeste do Rio Grande do Sul e na Argentina, e atingiu lavouras nas cidades de São Borja, Itaqui e Uruguaiana. De acordo com o Instituto Riograndense do Arroz (Irga), mais de 19 mil hectares foram afetados nas três cidades e, deste total, cerca de 30% devem apresentar perda total. A região cultivou 308 mil hectares na safra 2014/15.
Em São Borja, onde o Irga finalizou o levantamento sobre as perdas, a área que ficou submersa corresponde a pouco mais de 6 mil hectares. Os danos são considerados irreversíveis em 2,3 mil hectares. Segundo o chefe do Núcleo Municipal de Assistência Técnica e Extensão Rural (Nate) do município, Pablo Mazzuco de Souza, ainda que seja cedo para determinar com clareza a redução da safra, toda a porção inundada será afetada de alguma maneira. “Em algum lugares, a perda de produtividade pode chegar a 70%, uma vez que a cultura se encontrava nos estágios reprodutivo e de florescimento, que são cruciais para o seu desenvolvimento”, explica. A cidade plantou 47.968 hectares e esperava uma produtividade de 8 mil quilos por hectare.
Em Itaqui e Uruguaiana, a estimativa é de que, respectivamente, 8 mil e 3 mil hectares tenham sido afetados, segundo o coordenador regional do Irga na Fronteira-Oeste, Ivo Mello. Na última sexta-feira, um grupo de 35 produtores rurais participou de um encontro com representantes do Nate, do Sindicato Rural de São Borja e da Secretaria de Desenvolvimento Rural do município, além do deputado federal Luis Carlos Heinze (PP), para avaliar a situação. Na ocasião, os agricultores foram orientados a procurar os seus respectivos escritórios de planejamento para análise das apólices. Cerca de 80% das plantações atingidas foram financiadas pelo governo federal, sendo que a maioria possuía seguro agrícola.
Em seu último informativo, a Emater destacou que, em algumas regiões, as lavouras estão entrando em fase reprodutiva, o que coloca a atual safra em uma defasagem considerável sobre a média histórica em decorrência do atraso do plantio. Outra preocupação gira em torno da baixa radiação solar e dos excessos de umidade e calor, condições favoráveis ao aparecimento de doenças fúngicas. “Realmente, tem sido um ano com pouca luminosidade. Mas, de uma maneira geral, o enchimento de grão, que é a fase mais importante, está começando agora e ainda há tempo para recuperar”, pondera Mello. 

Trabalhadores vão reagir ao fechamento do Marfrig

Depois da confirmação pelo grupo Marfrig de que fechará o frigorífico de Alegrete, entidades que representam os trabalhadores da alimentação no Estado e no País anunciaram ações e mobilização para pressionar pela manutenção da operação. As demissões da maior parte dos cerca de 630 funcionários estão previstas para o começo de fevereiro. Segundo organizações sindicais, o encerramento prejudicará cerca de 2,5 mil trabalhadores, considerando atividades diretas e indiretas. O Marfrig pretende transferir o volume que era processado em Alegrete para as plantas de Bagé e São Gabriel.   
As entidades querem a revisão das demissões. O Sindicado dos Trabalhadores das Indústrias da Alimentação de Alegrete ainda não definiu novas medidas, que podem incuir paralisação. O grupo alegou falta de matéria-prima para ocupar a capacidade, o que provocaria desequilíbrio entre receita e custos. A Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins (CNTA Afins) protocolou, na semana passada, ofícios com críticas às demissões no Bndes e nos ministérios do Trabalho e da Agricultura.
O presidente da CNTA Afins, Artur Bueno de Camargo, afirmou que a justificativa de falta de bovinos preocupa a categoria e deveria ter maior atenção do governo, devido aos empréstimos e participação no capital da companhia, por meio do Bndes e BndesPar. A confederação cogita paralisações em unidades do Marfrig no Estado e em outras regiões do País. A operação está parada desde o começo de janeiro devido a férias coletivas.
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