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GESTÃO

- Publicada em 09 de Janeiro de 2015 às 00:00

Novo presidente da FEE é contrário ao piso regional


MARCELO G. RIBEIRO/JC
Jornal do Comércio
Nomeado nessa quinta-feira à tarde pelo governo do Estado para a presidência da Fundação de Economia e Estatística do Estado (FEE), Igor Alexandre Clemente de Morais assumirá a direção do órgão com a missão de dar mais subsídios às secretarias na tomada de decisões. O economista admitiu, em entrevista ao Jornal do Comércio, ser contrário à existência do salário-mínimo regional enquanto instrumento para diminuir a desigualdade social e crescimento e afirmou que “não tem nada que justifique um reajuste de 16% no piso regional”.
Nomeado nessa quinta-feira à tarde pelo governo do Estado para a presidência da Fundação de Economia e Estatística do Estado (FEE), Igor Alexandre Clemente de Morais assumirá a direção do órgão com a missão de dar mais subsídios às secretarias na tomada de decisões. O economista admitiu, em entrevista ao Jornal do Comércio, ser contrário à existência do salário-mínimo regional enquanto instrumento para diminuir a desigualdade social e crescimento e afirmou que “não tem nada que justifique um reajuste de 16% no piso regional”.
“Esse é um dos pontos que espero poder contribuir bastante já nas próximas semanas”, disse, dando sinais de que entrará no já acalorado debate sobre o tema. Para ele, não existe motivo para um aumento tão superior a qualquer índice de inflação.
Ao tomar posse na quarta-feira, o novo secretário do Trabalho, Miki Breier, apoiou o mínimo regional e se comprometeu a defender junto à Casa Civil e à Procuradoria-Geral do Estado (PGE) sua implementação. O reajuste de 16% foi sancionado pelo ex-governador Tarso Genro (PT) em dezembro e vem sendo amplamente discutido pelas principais entidades empresariais — sobretudo a Fecomércio-RS, que entrou com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) pedindo a anulação da medida. O governador José Ivo Sartori (PMDB) ainda não se manifestou oficialmente sobre o assunto.
Ao falar sobre o trabalho desenvolvido pela fundação, Morais salientou: “Não sou um corpo estranho, nem ela é estranha para mim”. Apesar de ter tido uma carreira profissional fora dos órgãos públicos e da direção da FEE em especial, ele avisou que conhece a entidade e muitos dos que trabalham por lá, e excluiu totalmente a possibilidade de extinguir algum dos estudos e indicadores já consolidados. Entretanto, novas pesquisas devem ser criadas para ampliar o material de consulta disponibilizado ao governo e à sociedade gaúcha.
Prestes a assumir uma das entidades decisivas na tomada de decisões sobre as contas estaduais, Morais lembrou que o Rio Grande do Sul enfrenta grandes dificuldades financeiras. “As diretrizes repassadas a todos são de que estamos diante de dificuldade. As mudanças vão ter de esperar. Mas tenho certeza que com a equipe que temos dá para fazer muita coisa”, destacou.
Em 19 de dezembro do ano passado, 31 servidores aprovados em concurso público realizado em maio passaram a integrar o quadro funcional da casa. A expectativa era de que mais pessoas fossem incorporadas ao quadro devido ao déficit de pessoal.
Doutor em Economia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), Morais é economista-chefe da Vokin Investimentos, situada em Porto Alegre, e diretor de Estudos e Pesquisas Econômicas do Instituto Latino-Americano de Desenvolvimento Econômico Sustentável (Ilades). Atualmente, é professor do Programa de Pós-Graduação em Economia da Unisinos e consultor econômico do Sindicato das Indústrias de Artefatos de Borracha no Rio Grande do Sul e do Sindicato das Indústrias Metalmecânicas e Eletroeletrônicas de Canoas e Nova Santa Rita. Atuou durante 12 anos como economista da Fiergs, dos quais oito anos como economista-chefe.
Morais se reúne nesta sexta-feira com o atual presidente da FEE, Adalmir Marquetti, para dar andamento à transição.
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