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- Publicada em 24 de Janeiro de 2010 às 00:00

Consumo de cerveja cresce 5% em 2009, apesar da crise


Mauro Schaefer/ JC
Jornal do Comércio
A forte demanda no ano passado impulsionou o mercado de cervejas a ponto de faltar produto, como o chope, em alguns bares e restaurantes. A crise financeira global não intimidou os consumidores brasileiros. Mesmo com a perspectiva de o Produto Interno Bruto (PIB) ter ficado estagnado, o mercado de cervejas cresceu mais de 5% em volume e atingiu 10,7 bilhões de litros em 2009. Com isso, o Brasil supera a Alemanha no ranking cervejeiro mundial.

A forte demanda no ano passado impulsionou o mercado de cervejas a ponto de faltar produto, como o chope, em alguns bares e restaurantes. A crise financeira global não intimidou os consumidores brasileiros. Mesmo com a perspectiva de o Produto Interno Bruto (PIB) ter ficado estagnado, o mercado de cervejas cresceu mais de 5% em volume e atingiu 10,7 bilhões de litros em 2009. Com isso, o Brasil supera a Alemanha no ranking cervejeiro mundial.

Se o aumento de volume é bom para as empresas do setor em si, o aumento de 11% no faturamento entre janeiro e novembro do ano passado ante o mesmo período de 2008, segundo o levantamento de dados do instituto Nielsen, foi ainda melhor. A principal razão para esse resultado, como admite um executivo de uma das quatro maiores companhias por participação de mercado, foi o aumento médio de 7,3% no preço por litro. A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2009 foi de 4,3%.
O consumo da classe C puxou esse desempenho. Mas as inovações em embalagens, com a estreia da comercialização do litrão de um lado e das latinhas com 260 ml - a tradicional que domina o segmento contém 330 ml- ajudaram a impulsionar as vendas. As companhias têm dito que apostar nessa estratégia de marketing tem sido uma boa forma de aumentar a rentabilidade de seus negócios.
No ranking das maiores cervejarias não houve nenhuma alteração de posição em dezembro, embora a líder AmBev, dona das marcas Skol, Antarctica e Brahma, tenha perdido 0,4 ponto porcentual de participação, tendo fechado o mês com 69,6%. A Cervejaria Schincariol permanece em segundo lugar, com 11,8% de participação, e a Petrópolis, dona dos rótulos Itaipava e da Crystal, segue em terceiro com 9,5%. A Femsa, que acaba de ser comprada pela holandesa Heineken está em quarto lugar, com 7,6%.
Na avaliação do mercado cervejeiro nacional, a consultoria Euromonitor diz que as aquisições ficaram mais difíceis. "Com a compra da Femsa pela Heineken, acabou a melhor chance de entrada no mercado da América Latina", aponta o estudo. Para eles, as oportunidades são escassas mesmo levando-se em consideração que as cervejarias Schincariol e Petrópolis podem ser abordadas por compradores. A principal razão para isso está no fato de o volume de vendas de cerveja no Brasil continuar crescendo, ao contrário do que ocorre na maior parte do mundo.
Apostando na expansão do consumo, graças ao crescimento da renda da população e à realização da Copa do Mundo - que impulsiona vendas acima da média do setor -, as companhias anunciaram investimentos em ampliação das fábricas. A AmBev anunciou investimento de R$ 1,5 bilhão que vai proporcionar aumento de 10% de sua capacidade de produção. A Schincariol informa que suas 14 fábricas já estão operando em três turnos nos sete dias da semana. A empresa vai investir R$ 1 bilhão para ampliar sua capacidade de produção.
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