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Opinião

Artigo

- Publicada em 19 de Dezembro de 2014 às 00:00

O dia mais feliz de nossas vidas


Jornal do Comércio
Anote essa data: 17 de dezembro, dia de peregrinação para os devotos de São Lázaro, o céu nublado no sol da manhã chegou à terra ao meio-dia em uma Havana que tinha amanhecido com céu cinza médio, ambiente frio e que, de repente, ele tornou-se brilhante e quente como que abençoado. Nunca se esperou tão ansiosamente o meio-dia. Havia muitas pessoas nervosas, enquanto o rádio e a televisão esperavam o anúncio. Raúl Castro e Barack Obama falaram da nossa Havana e do nosso vizinho Washington. Sim, o vizinho, sem nomes, como ele pode e deve ser chamado, se não tivessem trazido tantos obstáculos terríveis, do tamanho de uma história que é tão antiga quanto a alguns de nós.
Anote essa data: 17 de dezembro, dia de peregrinação para os devotos de São Lázaro, o céu nublado no sol da manhã chegou à terra ao meio-dia em uma Havana que tinha amanhecido com céu cinza médio, ambiente frio e que, de repente, ele tornou-se brilhante e quente como que abençoado. Nunca se esperou tão ansiosamente o meio-dia. Havia muitas pessoas nervosas, enquanto o rádio e a televisão esperavam o anúncio. Raúl Castro e Barack Obama falaram da nossa Havana e do nosso vizinho Washington. Sim, o vizinho, sem nomes, como ele pode e deve ser chamado, se não tivessem trazido tantos obstáculos terríveis, do tamanho de uma história que é tão antiga quanto a alguns de nós.
Não há outras palavras que as de gratidão a todos aqueles que devem a alegria aos heróis que recuperaram o que parecia impossível: relações diplomáticas totais entre Cuba e os Estados Unidos. Os pensamentos mais profundos virão com as horas que se seguem. Possivelmente, como há 56 anos, “a partir de agora tudo será muito mais difícil”. O que ninguém duvida agora, estamos vivendo as mesmas emoções que nossos pais viveram na madrugada de primeiro de janeiro de 1959. Minha mãe sempre me disse isso. E os que não viveram aquela madrugada não julgavam que ela poderia ser repetida. Sentia-me em desvantagem, mas somente até 17 de dezembro de 2014.
Eu não consigo imaginar felicidade maior e que me levou às lágrimas, quando ouvi o nosso presidente dizer que a missão de Fidel Castro foi cumprida, na quarta-feira à noite, quando Barack Obama falou por telefone com Raúl Castro e ambos concordaram em restabelecer relações diplomáticas, mas falta derrotar totalmente o bloqueio. Fidel, Raúl e a geração histórica que nos trouxeram essa vitória estão vivos e na frente do destino.
Jornalista cubana e apresentadora do programa de televisão Mesa Redonda/Cuba
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