Petróleo fecha em alta em reação a informe sobre estoques nos Estados Unidos

Os preços do petróleo subiram nesta quarta-feira (17) em reação ao informe de que os estoques dos EUA tiveram uma redução menor do que se previa na semana passada. Nesta terça-feira, os preços haviam fechado nos níveis mais baixos desde maio de 2009.

Os preços subiram depois de o Departamento de Energia dos EUA (DoE) informar que os estoques norte-americanos de petróleo bruto tiveram uma redução de 847 mil barris na semana passada, quando a expectativa era uma redução de 1,9 milhão de barris.

Observadores do mercado atribuíram a alta à cobertura de posições por traders que haviam apostado em preços mais baixos. "O pessoal das commodities gosta de ser contrário", disse Michael Hiley, da LPS Partners. Ele observou que os preços do petróleo WTI (West Texas Intermediate), negociado na New York Mercantile Exchange (Nymex), não conseguiram superar a máxima do dia anterior por 16 sessões consecutivas. Assim que os contratos para janeiro subiram acima dos US$ 57,15 por barril, a máxima de terça-feira, ordens automáticas de compra puxaram o preço mais para cima.

Analistas ressalvaram que a preocupação com o excesso de oferta global e com a demanda relativamente fraca continua a dominar o mercado e que a alta de hoje poderá ter vida curta. "As incertezas no mercado estão criando muita volatilidade nos preços. Ainda não acho que vimos o suficiente para sugerir que o mercado encontrou o fundo do poço", disse Gene McGillian, da Tradition Energy.

Na Intercontinental Exchange (ICE), os circuit-breakers chegaram a suspender os negócios por alguns segundos, quando a alta dos contratos do petróleo Brent para fevereiro superou os 5% (a máxima do dia foi em US$ 63,40); mais tarde, tanto o Brent como o WTI negociado em Nova Iorque devolveram parte dos ganhos.

Na Nymex, os contratos de petróleo bruto para janeiro fecharam a US$ 56,47 por barril, em alta de US$ 0,54 (0,97%). Na ICE, os contratos do Brent para fevereiro fecharam a US$ 61,18 por barril, em alta de US$ 1,17 (1,95%).