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Opinião

Artigo

- Publicada em 26 de Novembro de 2014 às 00:00

A escolha da presidente


Jornal do Comércio
Quando assumiu o governo, em 2003, o Partido dos Trabalhadores foi constrangido a exercer uma inesperada opção. Sem a possibilidade política de continuar sendo contra o Plano Real e mediante o ambiente de medo no mercado com a possibilidade da eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2002, que gerou fuga de capitais, disparo do dólar e aumento da inflação, o partido escolheu seguir o plano do chamado tripé econômico do governo FHC, que havia estabilizado a economia. Para tanto, o presidente eleito surpreendentemente nomeou um banqueiro com boa reputação no mercado para o Banco Central (Henrique Meirelles), junto a um petista (Antonio Palocci) com visão pró-mercado para tocar a economia. Ao longo do primeiro mandato, a dupla aplicou uma política com teor ortodoxo, gerando um cenário macroeconômico estável que permitiu aos empresários que investissem sem medo. Essa foi a base do crescimento econômico da década de 2000.
Quando assumiu o governo, em 2003, o Partido dos Trabalhadores foi constrangido a exercer uma inesperada opção. Sem a possibilidade política de continuar sendo contra o Plano Real e mediante o ambiente de medo no mercado com a possibilidade da eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2002, que gerou fuga de capitais, disparo do dólar e aumento da inflação, o partido escolheu seguir o plano do chamado tripé econômico do governo FHC, que havia estabilizado a economia. Para tanto, o presidente eleito surpreendentemente nomeou um banqueiro com boa reputação no mercado para o Banco Central (Henrique Meirelles), junto a um petista (Antonio Palocci) com visão pró-mercado para tocar a economia. Ao longo do primeiro mandato, a dupla aplicou uma política com teor ortodoxo, gerando um cenário macroeconômico estável que permitiu aos empresários que investissem sem medo. Essa foi a base do crescimento econômico da década de 2000.
Já Dilma Rousseff (PT), ao assumir seu mandato, implementou plano econômico muito similar ao aplicado por Ernesto Geisel. Consistiu na ampliação das políticas de campeões nacionais (iniciada já no mandato de Lula) e forte intervencionismo  na economia: corte das tarifas de energia, utilização política dos bancos públicos e ingerência no Banco Central. O aumento dos gastos, associado a juros artificialmente baixos, trouxe de volta a inflação. E assim chegamos ao final de 2014 com o retorno ao medo de 2002, particularmente para o mercado. Mercado, leia-se empresas, não investe em ambientes de incerteza institucional.
Dilma tem, portanto, duas opções. Seguir o seu ego e a sua crença econômica de que o desenvolvimento de uma nação é resultado do intervencionismo estatal ou corrigir os rumos e fazer o que é o necessário: gastar menos e intervir menos, mantendo um ambiente macroeconômico saudável. A nomeação do ministro da Fazenda será a sinalização do caminho escolhido. O Brasil que produz aguarda.
Associado do IEE e empresário
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