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Opinião

Artigo

- Publicada em 25 de Novembro de 2014 às 00:00

O rio Gravataí pede socorro


Jornal do Comércio
O Rio Gravataí está agonizando. Com sua extensão de 34 quilômetros, ele recebe dejetos industriais e orgânicos de uma dezena de municípios e ainda tem que suportar a retirada de água para irrigação e abastecimento.
O Rio Gravataí está agonizando. Com sua extensão de 34 quilômetros, ele recebe dejetos industriais e orgânicos de uma dezena de municípios e ainda tem que suportar a retirada de água para irrigação e abastecimento.

Não é necessário ser especialista para entender que, ao mesmo tempo que se diminui a quantidade de água no rio a carga de poluentes só aumenta. Nos 1.700 metros finais, antes de desaguar no Guaíba, existem terminais portuários responsáveis pelo abastecimento de diversos produtos (inclusive gasolina) para a Região Metropolitana de Porto Alegre. Este pequeno trecho do rio está necessitando urgentemente de uma dragagem de manutenção, que permita a navegação das embarcações até os terminais. O contínuo aporte de esgotos domésticos sem tratamento (19.524 toneladas/ano), a falta de políticas de gestão dos resíduos sólidos que vão se acumulando nos arredores do rio, o despejo de efluentes industriais (2.516 toneladas/ano) e a diminuição do Banhado Grande que tinha uma área de 450 quilômetros quadrados, hoje reduzida a 50 quilômetros quadrados,  afetando em muito a sua  função de regulador de vazões, fazem com que o material dragado necessite de análises para destinação final.

Portanto, a dragagem da foz do rio deve ser considerada uma dragagem saneadora, pois, a continuar a situação como está, o Gravataí morrerá em breve.
Engenheiro civil e professor         

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