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perícia

- Publicada em 25 de Novembro de 2014 às 00:00

Advogado criminalista defende diálogo interdisciplinar durante as avaliações


JONATHAN HECKLER/JC
Jornal do Comércio
Ainda que a programação do IX Seminário Nacional de Perícias de Acidentes de Trânsito e do XI Seminário Nacional de Perícias de Identificação de Veículos fosse voltada para peritos, os temas que dizem respeito a advogados e magistrados não estiveram de fora do ciclo de palestras. Os eventos foram promovidos pelo Sindicato dos Peritos Oficiais da Área Criminal do Rio Grande do Sul (Acrigs).
Ainda que a programação do IX Seminário Nacional de Perícias de Acidentes de Trânsito e do XI Seminário Nacional de Perícias de Identificação de Veículos fosse voltada para peritos, os temas que dizem respeito a advogados e magistrados não estiveram de fora do ciclo de palestras. Os eventos foram promovidos pelo Sindicato dos Peritos Oficiais da Área Criminal do Rio Grande do Sul (Acrigs).
O advogado criminalista Aury Lopes Junior foi o debatedor no painel A Defesa nos Crimes de Trânsito. Lopes Junior salientou a necessidade do diálogo interdisciplinar entre os agentes envolvidos na elaboração da perícia. “Se um crime for apresentado para um perito, economista, sociólogo ou jurista, cada um emitirá a sua visão de acordo com a respectiva formação. Então, o que precisamos fazer é não ficar no monólogo. Temos que colocar todos estes profissionais para dialogarem em conjunto, visto que essa é a forma de criarmos uma linguagem mais rica e efetiva sobre o caso”, ressaltou o advogado, que também é coordenador do curso de especialização em Ciências Penais da Pucrs.
A questão do diálogo citado pelo especialista serviu para reiterar o seu posicionamento contrário acerca do processo de elaboração da perícia. “O grande problema que vejo nos peritos é que, em alguns casos, eles vão ao local e fazem a perícia que querem. Não pode funcionar assim. Você tem que pensar na conse-quência daquilo, já que a prova precisa ter uma fundamentação para convencer o juiz”, explica.
As provas periciais também estiveram em pauta no debate realizado no Centro de Eventos do Hotel Plaza São Rafael, em Porto Alegre. Para Lopes Junior, não é possível depender apenas da prova testemunhal, já que o nível de erro nesta seria maior. “Precisamos, cada vez mais, do conhecimento técnico, uma vez que temos de romper com a cultura da prova testemunhal, para que possamos trabalhar com a prova técnica, na qual o nível de erro é infinitamente menor e, consequentemente, a credibilidade é maior”, defende.
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