Verão eleva negócios com gastronomia e lazer

A chegada do verão é um dos momentos mais aguardados por uma série de empreendedores, em especial aqueles ligados à gastronomia e ao lazer. Com o sol dando as caras por mais tempo ao longo dos dias, já que o horário da estação adianta o relógio em uma hora, estabelecimentos como bares, restaurantes e academias recebem um grande contingente de clientes. “O verão nos favorece. Novembro e dezembro, principalmente, são os meses de melhor faturamento para os bares e restaurantes”, resume Edemir Simonetti, diretor do Sindicato da Hotelaria e Gastronomia de Porto Alegre (Sindpoa).

Nos bares da Cidade Baixa, o tradicional happy hour dos fins de semana passa a ser realizado todos os dias. Os locais que possuem área externa ou que tenham visão para a rua saem na frente na preferência dos consumidores. “O pessoal sai do trabalho e vem para cá, aproveitando a claridade. Na segunda-feira passada, até havia lista de espera dos clientes para ocupar o deck”, aponta Marcelino Leite, proprietário do bar e restaurante Dona Zefinha.

Para dar conta da demanda de verão, Leite contratou quatro funcionários temporários, que se juntaram à equipe de 28. O reforço ainda é feito no estoque. “Aumentamos em 20% os pedidos de insumos e bebidas. Fazemos pedidos quase que diariamente”, explica. O chope é recarregado três vezes por semana. Por dia, são servidos aos clientes 150 litros da bebida, totalizando aproximadamente 450 chopes a cada 24 horas.

Os sorveteiros, responsáveis por um dos principais “antídotos” contra o calor porto-alegrense, também festejam a chegada da estação. Além do clima, a luz do dia vigente por mais tempo ajuda nas vendas. “As pessoas se sentem mais seguras na rua, com a luz do dia. Chegamos a vender 280 litros de sorvete nos fins de semana. Na baixa temporada, vendemos em torno de 120 litros”, compara Fernando Selau, sócio-gerente da Sorveteria Joia. Para o período, a sorveteria contratou dois atendentes temporários. Além da gastronomia, outros segmentos lucram com a estação. Parques e praças ficam mais cheios ao fim do dia, assim como as academias também percebem um aumento no fluxo de clientes. “O movimento deve aumentar cerca de 60%. O pessoal fica o ano todo sem treinar e, quando chega o verão, vai para academia querendo ficar bonitão para não fazer feio na praia”, acredita Herisson Galindo, gerente da academia Sul Runner.

Entre o final de outubro e fevereiro, de 350 a 400 pessoas frequentam o local diariamente. Essa média despenca para 250 indivíduos na baixa temporada. Com isso, o faturamento também é turbinado no verão, variando entre R$ 2 mil a R$ 3 mil por dia. Já nos outros meses, a receita diária fica na casa dos R$ 1 mil.