Hora da mudança de verdade

Há semanas, a população foi às urnas e deu seu recado: quer que as coisas mudem. No Rio Grande do Sul, isso ocorreu efetivamente. Os gaúchos decidiram por um novo governo, elegendo José Ivo Sartori. No País, a maioria garantiu a continuidade do mandato de Dilma Rousseff. No entanto, mais de 50 milhões de pessoas preferiram a alternância de poder, votando em Aécio Neves. Esse sentimento é tão forte que a própria presidente utilizou a palavra “mudança” em toda a sua campanha e em seu pronunciamento de vitória.

No discurso ou nas ações, “mudança” é a palavra de ordem para os próximos quatro anos. O Brasil e o Rio Grande precisam de novos caminhos. Temos de enfrentar a estagnação e retomar o rumo do progresso. Para isso, o agronegócio precisa ser tratado como prioridade – do pequeno ao grande produtor, tanto aqui quanto no resto do País. Um campo forte é o caminho mais curto para que as transformações aconteçam e para que o desenvolvimento se concretize. Estamos falando, afinal, do setor responsável por 21% do PIB nacional. A população mostrou que quer ideias novas, um caminho diferente, um governo conectado com seus anseios. Quer uma educação melhor, saúde eficiente, mais qualidade de vida e segurança. Quer investimento em infraestrutura, menos burocracia e fomento ao trabalho e ao empreendedorismo. Quer que a roda da economia deixe de ficar emperrada e volte a girar. Potencial para isso nós temos – e de sobra.

Para que tudo isso aconteça, a mudança deve sair da retórica e se tornar uma prática efetiva dos governos. Com pessoas capacitadas e redução do inchaço da máquina. Com trato adequado da coisa pública, punindo duramente a corrupção e todo tipo de desmando. Sem novas atitudes, tudo seguirá como está. O povo já marcou sua posição. Agora é a hora de a mudança ocorrer de verdade. É isso que os gaúchos e brasileiros esperam.