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INFRAESTRUTURA

- Publicada em 19 de Novembro de 2014 às 00:00

Rio Grande do Sul terá R$ 3,27 bilhões em obras de energia


Jornal do Comércio
O lote com o maior volume de obras de transmissão de energia, que compreendia empreendimentos a serem realizados no Rio Grande do Sul, foi arrematado pela Eletrosul no leilão promovido ontem pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Com a vitória, a estatal investirá R$ 3,27 bilhões em 2,1 mil quilômetros de linhas de transmissão, oito subestações e ampliação de 13 complexos já existentes. A oferta da companhia para a realização do conjunto de obras compreendeu um deságio de 14,01% em relação à Receita Anual Permitida (RAP) inicialmente estipulada, que era de R$ 390,7 milhões, ficando com um retorno de cerca de R$ 336 milhões.
O lote com o maior volume de obras de transmissão de energia, que compreendia empreendimentos a serem realizados no Rio Grande do Sul, foi arrematado pela Eletrosul no leilão promovido ontem pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Com a vitória, a estatal investirá R$ 3,27 bilhões em 2,1 mil quilômetros de linhas de transmissão, oito subestações e ampliação de 13 complexos já existentes. A oferta da companhia para a realização do conjunto de obras compreendeu um deságio de 14,01% em relação à Receita Anual Permitida (RAP) inicialmente estipulada, que era de R$ 390,7 milhões, ficando com um retorno de cerca de R$ 336 milhões.
Para se ter uma ideia do tamanho e relevância dos empreendimentos dentro do lote A, que a empresa abocanhou, o investimento que será realizado pela Eletrosul corresponde a quase 90% do garantido em todo certame. A estatal conseguiu ainda, através do Consórcio Paraíso, formado em parceria com a Elecnor e Copel, o lote E. Com aporte de R$ 196 milhões, serão feitas uma subestação, duas linhas (que totalizam 265 quilômetros) e 300 MVA de capacidade de transformação no Mato Grosso do Sul.
“Com a implementação desses empreendimentos, mais de 11 mil empregos diretos serão gerados no Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul, contribuindo de forma efetiva para incrementar o potencial econômico dessas regiões e para o desenvolvimento do País”, salienta o presidente da Eletrosul, Eurides Mescolotto.
Quanto às iniciativas gaúchas, as estruturas serão instaladas em importantes áreas como a Metropolitana, Sul, Litoral Norte e Fronteira-Oeste. O coordenador do grupo temático de energia da Fiergs, Edilson Deitos, comenta que as ações previstas no sistema de transmissão do Estado estavam atrasadas. O empresário destaca que os complexos atenderão a demandas de usinas eólicas (no entorno de Santana do Livramento, Osório e Santa Vitória do Palmar), a carvão (Candiota) e locais de grande consumo (Porto Alegre).
O presidente do Conselho de Consumidores da CEEE-D e da AES Sul e vice-presidente da Federasul, Paulo Menzel, concorda com Deitos sobre o foco desse leilão de energia no caso do Rio Grande do Sul. O dirigente acrescenta que o Estado não produz nem metade da energia que consome. “Então, todas essas obras que vierem irão nos ajudar a ter um pouco mais de estabilidade na nossa rede”, argumenta Menzel.
Ainda quanto ao leilão, a Celg Geração e Transmissão ficou com o lote F, composto por uma linha que será construída entre os municípios de Araporã (MG) e Itumbiara (GO). O valor ofertado pela empresa foi de R$ 1,64 milhão, representando um deságio de 0,32%. O lote H foi arrematado pela Isolux Projetos e Instalações, por R$ 17,2 milhões, com deságio de 0,60% em relação à RAP inicial de R$ 17,3 milhões.
As obras terão o objetivo de aumentar a confiabilidade do escoamento de energia proveniente das usinas Santo Antônio do Jari, Cachoeira Caldeirão e Ferreira Gomes, entre outras que serão construídas no estado do Amapá. Os lotes B, C, D, G e I não tiveram propostas e devem entrar nos próximos certames a serem realizados pela Aneel.

Implantação da hidrovia Brasil-Uruguai demandará investimentos de US$ 150 milhões

A implantação da Hidrovia Brasil-Uruguai exigirá investimentos de cerca de US$ 100 milhões do governo brasileiro, por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), e de US$ 50 milhões de parte da iniciativa privada do Uruguai. Entre as obras previstas estão as instalações de terminais e dragagem. Essas projeções fazem parte do Estudo de Viabilidade Técnica-Econômica e Ambiental (Evtea) da Hidrovia Brasil-Uruguai, coordenado pela Administração das Hidrovias do Sul (AHSul) e executado pelo consórcio Ecoplan-Petcon, que foi divulgado ontem na sede do Departamento Nacional de Infraestrutura Transportes (Dnit/RS).
De acordo com o estudo, o projeto que prevê a ligação da Lagoa Mirim com a Lagoa dos Patos para a navegação comercial beneficiará especialmente o eixo Mercosul – Chile, devido à conexão em seus extremos com as malhas ferroviárias e rodoviárias uruguaias e brasileiras, formando um corredor multimodal de aproximadamente 2 mil quilômetros. No Rio Grande do Sul, o empreendimento deverá atrair a instalação de novos terminais ao longo dos rios e lagos, o que deve contribuir para o transporte de contêineres até o porto do Rio Grande.
O coordenador do levantamento pelo consórcio Ecoplan-Petcon, Daniel Lena Souto, frisa que o trabalho (que levou cerca de dois anos para ser finalizado) demonstrou que a hidrovia Brasil-Uruguai é uma iniciativa viável. O dirigente recorda que para a hidrovia ser concretizada ainda será preciso realizar uma série de dragagens, o que implica licenciamentos ambientais e tempo. Souto adianta que uma das primeiras ações que deverão ser feitas nesse sentido é a dragagem do canal Sangradouro, que possibilitará a ligação das lagoas Mirim e dos Patos. “Se isso não for realizado, o pessoal do Uruguai não irá se mexer para fazer os terminais”, adverte Souto.
A Hidrovia Brasil-Uruguai, denominada pelo governo uruguaio de Proyecto Binacional de Transporte Multimodal en el Sistema Laguna Merín y Lagoa dos Patos, integra também a Carteira de Projetos para a Integração da Infraestrutura Regional Sul-americana (Iirsa). Para a elaboração do estudo, foram realizados trabalhos de pesquisa no Brasil e no Uruguai. O lado brasileiro contemplou as bacias da lagoa Mirim e dos Patos, o lago Guaíba, a lagoa do Casamento, os rios Jacuí, Taquari, Caí, Sinos, Gravataí, Camaquã, Jaguarão. No lado uruguaio foram avaliados os rios Cebollatí e Tacuary.
O levantamento abordou ainda todos os segmentos da cadeia logística hidroviária: modelagem da gestão da hidrovia, portos e terminais. Além disso, abrange a análise da frota existente, opções de novas embarcações para os setores a serem implantados e linhas de financiamento destinadas ao fomento e modernização da frota, entre outras iniciativas.
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