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Indústria

- Publicada em 31 de Outubro de 2014 às 00:00

Camera estuda saída para recuperação judicial


CAMERA/DIVULGAÇÃO/JC
Jornal do Comércio
Alegando dificuldades financeiras desde a safra de 2012, prejudicada pela seca que afetou o Rio Grande do Sul, o Grupo Camera, após o deferimento da solicitação de recuperação judicial na semana passada, está em fase de revisão de seu plano operacional. Com uma dívida superior a R$ 798 milhões, e uma extensa lista de credores, entre eles muitos bancos e fornecedores, a empresa está, primeiramente, focada em garantir condições mínimas de atuação para desenvolver um plano de recuperação de maior complexidade, explica o advogado da Camera, Luís Gustavo Schmitz.
Alegando dificuldades financeiras desde a safra de 2012, prejudicada pela seca que afetou o Rio Grande do Sul, o Grupo Camera, após o deferimento da solicitação de recuperação judicial na semana passada, está em fase de revisão de seu plano operacional. Com uma dívida superior a R$ 798 milhões, e uma extensa lista de credores, entre eles muitos bancos e fornecedores, a empresa está, primeiramente, focada em garantir condições mínimas de atuação para desenvolver um plano de recuperação de maior complexidade, explica o advogado da Camera, Luís Gustavo Schmitz.
“Temos que encontrar saídas e alternativas próprias, contando com a credibilidade da empresa ao longo dos seus 43 anos de história. Quase 15% das operações de soja do Rio Grande do Sul passavam pela Camera”, afirma Schmitz. A revisão do plano operacional sinaliza para a avaliação de cada um dos negócios do grupo para identificar os que são mais viáveis.
O advogado detalha que essa avaliação pode levar a empresa a colocar unidades à venda e calcula que, só com essa iniciativa, seja possível abater 30% da dívida. A venda do controle da Camera não está descartada. Schmitz afirma que o grupo vai avaliar as propostas de investidores que manifestarem interesse. “Já existem tratativas e estudos sendo feitos nesse sentido”, afirma, reforçando, no entanto, que o grupo prioriza a continuidade das operações neste momento, justamente para conseguir apresentar um plano de recuperação judicial alinhado às possibilidades da empresa e à expectativa dos credores.
Nesse trabalho de averiguação do cenário, algumas respostas, pontuais, são identificadas, como contratos que a Camera têm a receber e que gerariam R$ 100 milhões (além da venda de ativos). “A Camera é credora de créditos da União, em valores significativos (acima de R$ 50 milhões), que devem ser pagos nos próximos meses”, acrescenta. Esses crédito, junto à União são oriundos de PIS e Cofins e dependem de homologação. “Contamos com a boa vontade para que saia com a maior brevidade possível.”
A Camera não cogita demitir funcionários. Atualmente, são 780 e, caso haja alguma variação, será baixa, assegura Schmitz. Prevendo as operações durante a safra da soja, o número de empregados tende, inclusive, a aumentar com a maior demanda. “A empresa opera normalmente. Os cortes necessários foram feitos de 2013 para cá, já prevendo essa situação”, descreve, acrescentando que todas as verbas rescisórias e indenizatórias estão sendo pagas integralmente. Os agricultores também foram priorizados quanto aos pagamentos, acrescenta.
O prazo para apresentação da proposta de recuperação judicial começou a contar ontem e será encerrado no dia 25 de dezembro. Schmitz projeta que, pela data, é provável que a apresentação do plano seja entregue após o período de recesso do Judiciário, podendo se estender até as primeiras semanas de janeiro. A duração de todo o processo pode chegar a oito ou 10 meses no cenário mais pessimista, prevê o advogado.
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