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Opinião

Editorial

- Publicada em 29 de Outubro de 2014 às 00:00

Política é a primeira reforma e a base das outras   


Jornal do Comércio
O consenso é geral, seja dos partidos da situação, da oposição ou da população brasileira: há que ser feita uma reforma política. Com plebiscito, referendo ou com projeto enviado ao Congresso, mas tem que ser prioridade, conforme pontuou a presidente reeleita Dilma Rousseff (PT) ainda no domingo das eleições. Porém, há políticos contra, inclusive na base aliada. Acontece que há pessoas que parecem grandes no horizonte da vida privada, e pequenas no meridiano da vida pública. O clamor é, pois, generalizado: temos que ditar novas regras para a criação de partidos e organizar o espectro político que pulverizou a criação de siglas sem que elas tenham um matiz ideológico firme, número suficiente de adeptos e, principalmente, quadros para comandar sequer uma pequena prefeitura interiorana, quanto mais mandar no Brasil ou em um estado. Alguns dirão que esse é um pensamento autoritário e antidemocrático. No entanto, ele está baseado na realidade cotidiana que vemos imperar em quase todos os estados.
O consenso é geral, seja dos partidos da situação, da oposição ou da população brasileira: há que ser feita uma reforma política. Com plebiscito, referendo ou com projeto enviado ao Congresso, mas tem que ser prioridade, conforme pontuou a presidente reeleita Dilma Rousseff (PT) ainda no domingo das eleições. Porém, há políticos contra, inclusive na base aliada. Acontece que há pessoas que parecem grandes no horizonte da vida privada, e pequenas no meridiano da vida pública. O clamor é, pois, generalizado: temos que ditar novas regras para a criação de partidos e organizar o espectro político que pulverizou a criação de siglas sem que elas tenham um matiz ideológico firme, número suficiente de adeptos e, principalmente, quadros para comandar sequer uma pequena prefeitura interiorana, quanto mais mandar no Brasil ou em um estado. Alguns dirão que esse é um pensamento autoritário e antidemocrático. No entanto, ele está baseado na realidade cotidiana que vemos imperar em quase todos os estados.
Além disso e simultaneamente, um presidente ou um governador que não tiver uma ampla, sólida e disciplinada base parlamentar dificilmente conseguirá levar adiante seus desideratos administrativos, podendo até ser destituído, como Fernando Collor de Mello. Analistas dizem exatamente isso, Collor foi tirado do poder porque ignorou os acertos com o Congresso Nacional. Desta maneira, temos que mudar as regras, torná-las mais firmes e deixar que prosperem partidos com uma sólida afirmação não apenas democrática, uma obviedade, mas também com estatutos e pragmatismos que impeçam a autêntica e popular “sopa de letrinhas” como se viu no último pleito. Foi quase risível ver mandatário do governo pedindo votos para a oposição, caso do Rio Grande do Sul.
Ora, como conduzir alianças com 32 partidos, pequenos, médios e grandes apoiando candidatos? Querer que a Câmara dos Deputados e o Senado mudem as regras do jogo, nas quais muitos, talvez a maioria, dos parlamentares foram eleitos, é pedir demais. É atitude muito humana defender os próprios interesses, mesmo que, a rigor, não sejam  bem vistos pela população. No Congresso, a opinião que domina no quesito reforma política é sempre intolerante, mesmo para os que se dizem liberais. A presidente Dilma Rousseff prometeu fazer reformas e, entre elas, a “mãe das reformas”, a política. Se alcançar esse objetivo estará trilhando o caminho que  seus antecessores tentaram, mas não conseguiram atingir, lastimavelmente. Reordenar é preciso.
O momento é de agir. Quem governa deve tomar as medidas importantes desde logo, aproveitando o fluxo de opiniões favoráveis em torno do seu nome e isso vale para o governo do Estado. Por isso, a presidente não deve  esperar mais ou a tendência, como antes, será encontrar resistências. A reforma política agrada a muitos, mas a própria reforma, ela em si, desagrada a quase todos os que sofrerão com as mudanças, por mais benéficas que sejam para a reestruturação partidária do Brasil. Existem parlamentares que gostam da intimidade com os governantes do País, mas esquecem que isso é contrair também responsabilidade pelos eventuais erros que eles venham a cometer, sem partilhar dos louvores do bem que eles fazem.
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