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Petróleo

- Publicada em 19 de Outubro de 2014 às 01:00

Senadora nega ter recebido doações de doleiro e de ex-diretor da Petrobras


Antonio Cruz/ABR/JC
Jornal do Comércio
A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) voltou a negar, neste domingo (19), que tenha recebido doações para sua campanha de 2010 intermediadas pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef, preso pela Polícia Federal na Operação Lava Jato. 

A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) voltou a negar, neste domingo (19), que tenha recebido doações para sua campanha de 2010 intermediadas pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef, preso pela Polícia Federal na Operação Lava Jato. 

Em nota, a senadora - derrotada na disputa pelo governo do Paraná neste ano - afirmou que não conhece Costa e Youssef e que todas as doações recebidas durante sua campanha de 2010 para o Senado foram entregues ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral). 

O ex-diretor da Petrobras disse ao Ministério Público Federal que o esquema de corrupção na estatal repassou R$ 1 milhão para a campanha da ex-ministra da Casa Civil no governo Dilma Rousseff nas eleições de 2010, segundo reportagem do jornal "O Estado de S. Paulo". 

"Se os criminosos Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef eventualmente mencionaram qualquer contribuição de campanha à senadora --o que não se pode confirmar--, é certo que mentem. E mentem com o evidente objetivo de obter ilícita vantagem na barganha da delação premiada", diz a nota encaminhada pela assessoria de Gleisi. 

Costa e Youssef firmaram acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal, que garante relaxamento da prisão caso contribuam com as investigações. 

"Fazer uma acusação contra uma ex-ministra da Casa Civil, ainda que desprovida de qualquer prova ou indício, aumenta os benefícios oferecidos pelo Ministério Público. Lá na frente, terminado o processo, nada será provado, porque não há o que provar, mas os dois réus confessos já terão recebido os benefícios do acordo com o Ministério Público", diz a assessoria da senadora petista. 

Gleisi afirmou, ainda de acordo com a nota, que tomará "todas as medidas judiciais cabíveis" contra o que classificou como "abuso" praticado pelos dois réus. A senadora também diz ter pedido aos seus advogados que estudem medidas judicias contra o jornal O Estado de S.Paulo. 

Veja a nota completa da senadora: 

"Gleisi contesta denúncia de O Estado de S. Paulo 

01. A notícia de O Estado de S. Paulo é falsa. A Senadora Gleisi Hoffmann não recebeu doação alguma de Paulo Roberto Costa ou Alberto Youssef. A Senadora não conhece nenhum dos dois réus. O Ministro Paulo Bernardo só esteve com Alberto Youssef uma vez na vida, há mais de dez anos, apenas para inquiri-lo na CPI do Banestado. 

02. Na prestação de contas da campanha de 2010 da Senadora, entregue ao TSE, assim como nas demais disputas eleitorais, estão todas as doações recebidas. 

03. Ao Jornal cabia mais responsabilidade antes de veicular a notícia, diante da gravidade e, principalmente, diante da ausência de sentido lógico da acusação. A Senadora solicitou aos seus advogados que estudem medidas judiciais contra o Jornal 'O Estado de S. Paulo'. 

04. Se os criminosos Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef eventualmente mencionaram qualquer contribuição de campanha à Senadora --o que não se pode confirmar--, é certo que mentem. E mentem com o evidente objetivo de obter ilícita vantagem na barganha da delação premiada. Fazer uma acusação contra uma ex-ministra da Casa Civil, ainda que desprovida de qualquer prova ou indício, aumenta os benefícios oferecidos pelo Ministério Público. Lá na frente, terminado o processo, nada será provado, porque não há o que provar, mas os dois réus confessos já terão recebido os benefícios do acordo com o Ministério Público. A Senadora tomará todas as medidas judiciais cabíveis contra este abuso. 

05. A poucos dias da eleição presidencial, a Senadora Gleisi Hoffmann é vítima, pelo cargo que ocupou, deste leviano denuncismo dos dois réus confessos, muito bem recompensados pela - nem sempre legítima - barganha da delação premiada."

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