A qualidade das rodovias ainda administradas pelo poder público, seja governo federal ou Estados, é bem menor que as já privatizadas. É o que aponta levantamento divulgado nesta quinta-feira (16) pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT). Se apenas 37,9% dos 98.475 km de rodovias pesquisadas pela entidade foram classificados como bons ou ótimos, esse índice cai para 29,3% quando avaliados apenas os trechos sob gestão pública.
"Isso reflete um ponto fundamental que é a continuidade dos investimentos. Com o pagamento de pedágios, existe um fluxo contínuo de recursos para melhoria e manutenção. No caso das rodovias mantidas pelos governos, nem o fluxo e nem a quantidade de recursos tem sido suficientes", avaliou o diretor executivo da CNT, Bruno Batista.
Para a entidade, o investimento necessário em infraestrutura rodoviária para corrigir as deficiências das estradas brasileiras é da ordem de R$ 293,88 bilhões, em 618 projetos que vão desde a duplicação de pistas existentes até a construção de novas rodovias. "Se todas as rodovias brasileiras fossem boas ou ótimas, teríamos uma economia de R$ 1,79 bilhão em 2014. Também gastaríamos 737 milhões de litros de óleo diesel a menos, com redução das emissões de gases na atmosfera", completou Batista.