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Opinião

Editorial

- Publicada em 15 de Outubro de 2014 às 00:00

Empregos temporários são solução paliativa


Jornal do Comércio
Evidentemente que o ideal é ter um emprego de “carteira assinada”, como se convencionou chamar o trabalho formal em uma empresa de qualquer tamanho. No entanto, de alguns anos até esta data, a disparada da contratação de empregados temporários derrubou a taxa de desemprego nas seis principais Regiões Metropolitanas do País. Isso fez com que houvesse apenas 5,2% de pessoas da População Economicamente Ativa (PEA) buscando empregos nos últimos meses, mesmo que alguns contestem a maneira como o IBGE avalia quem está, ou não, empregado. Agora, teremos os empregos temporários do final do ano, no movimento sazonal de abertura de novas vagas para atender à demanda aquecida desta época de festas, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Evidentemente que o ideal é ter um emprego de “carteira assinada”, como se convencionou chamar o trabalho formal em uma empresa de qualquer tamanho. No entanto, de alguns anos até esta data, a disparada da contratação de empregados temporários derrubou a taxa de desemprego nas seis principais Regiões Metropolitanas do País. Isso fez com que houvesse apenas 5,2% de pessoas da População Economicamente Ativa (PEA) buscando empregos nos últimos meses, mesmo que alguns contestem a maneira como o IBGE avalia quem está, ou não, empregado. Agora, teremos os empregos temporários do final do ano, no movimento sazonal de abertura de novas vagas para atender à demanda aquecida desta época de festas, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Para alguns analistas do setor, o mercado de trabalho está superaquecido, mas há controvérsias. Faltaria mão de obra qualificada, o que sobra são serviços auxiliares sem qualificação. Entretanto, neste ano de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de projetados pífios 0,28%, a situação está mal. Para zerarmos o desemprego, a economia teria que crescer, por ano, a 4,5%, um sonho para quem for eleito presidente. No entanto, e paradoxalmente, isso não seria bom para a inflação. O consumo em alta do trabalhador contribuiu para o avanço gradativo da inflação de serviços. Este segmento acumulou alta de 9% nos últimos 12 meses frente a uma inflação média de 6,72% medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), prévia do IPCA, usado pelo governo como referência para a meta inflacionária. É claro que não adianta ter aumento de salário com inflação alta. O trabalhador pode ter todos os aumentos que quiser, mas o salário acabaria corroído pela inflação elevada, uma obviedade que custou a ser entendida por diversos segmentos de empregados no País.
Em 2011 ocorreu o menor nível de desemprego anual da história. Mas, mesmo com a projeção de desemprego maior, o mercado de trabalho é importante fonte de sustentação para o consumo neste ano. Ou seria, pois estão ocorrendo demissões na indústria. Ainda assim, os segmentos econômicos que demandam mão de obra intensiva são o comércio, construção civil e serviços prestados às empresas. Este último setor foi o principal motivador da melhora nos números dos postos de trabalho ultimamente.
Isso reflete o crescimento da terceirização na economia. Entretanto, precisamos esperar os números do final do ano de 2014 para saber qual será o contingente que será contratado de forma efetiva. E não se pode esquecer que existe uma fila de 1,3 milhão de pessoas querendo entrar no mercado de trabalho. Mas trabalho contínuo, com carteira assinada e não apenas “bicos” ou substituições.
Enfim, seja quem for o próximo presidente da República, caberá a ele tomar medidas para trazer de volta ao centro da meta a inflação, fazer superávit primário e ajustar nas contas do governo, mantendo o câmbio flutuante. Ou, então, a opção será uma inflação bem maior em 2015, com os inevitáveis reajustes da energia elétrica, dos combustíveis e outros insumos, que foram represados, artificialmente, em 2013 e 2014.
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