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ELEIÇÕES 2014

- Publicada em 08 de Outubro de 2014 às 00:00

Mais votado na Câmara, Heinze quer solucionar as demarcações de terras


MARCO QUINTANA/JC
Jornal do Comércio
Reeleito com 162.973 votos, que o tornaram o candidato gaúcho à Câmara Federal que recebeu mais votos no Estado, o deputado Luis Carlos Heinze (PP) prepara-se para mais quatro anos de legislatura.  Nesta entrevista ao Jornal do Comércio, o parlamentar falou sobre a polêmica que envolveu sua manifestação afirmando que “quilombolas, índios, gays, lésbicas” são “tudo o que não presta”. Ele disse que sua contrariedade se refere apenas à distribuição do kit anti-homofobia em escolas, e que o tema é “assunto passado”.
Reeleito com 162.973 votos, que o tornaram o candidato gaúcho à Câmara Federal que recebeu mais votos no Estado, o deputado Luis Carlos Heinze (PP) prepara-se para mais quatro anos de legislatura.  Nesta entrevista ao Jornal do Comércio, o parlamentar falou sobre a polêmica que envolveu sua manifestação afirmando que “quilombolas, índios, gays, lésbicas” são “tudo o que não presta”. Ele disse que sua contrariedade se refere apenas à distribuição do kit anti-homofobia em escolas, e que o tema é “assunto passado”.
No próximo mandato, disse que pretende “resolver” a questão da demarcação de terras indígenas e quilombolas, apontando para o problema de famílias de agricultores que podem ser removidas de propriedades no interior de áreas demarcadas.
Jornal do Comércio – A que atribui ter recebido a maior votação da bancada gaúcha da Câmara dos Deputados?
Luis Carlos Heinze - Vejo isso como resultado de um trabalho de muitos anos, para que a agricultura seja mais valorizada. As pessoas acabam reconhecendo isso e nos deram mais uma eleição. O setor agrícola respondeu positivamente a essa atuação.
JC - Mesmo assim, a votação de 162.973 votos é 9,6% inferior a de 2010, em que o senhor obteve 180.403 votos. O que, na sua opinião, motivou essa diminuição?
Heinze - O tipo de campanha que fiz há quatro anos foi diferente dessa. Não houve showmício e comício, e não conseguimos atingir tantas pessoas. Minha atuação acontece mais em municípios pequenos. Houve cerca de 100 municípios em que não pisei. É necessária outra forma de comunicação que vá além do santinho e do carro de som. E a própria concorrência no meu próprio setor contribuiu para diminuir esses votos. Outros candidatos influenciaram esse quadro, como o Alceu Moreira (PMDB). Na região Norte do Estado, em que há a questão indígena, as pessoas pediam votos para ele e para mim.
JC - Com a vitória, qual a estratégia definida para o próximo mandato?
Heinze - Sempre tem assuntos que estão em andamento. Hoje, a questão indígena e quilombola está em grande evidência, e temos que solucionar isso. Há 10 mil famílias que estão nessa agonia. Não sei que tempo levará, mas vamos trabalhar para resolver essa questão.
JC - Em sua opinião, como é possível fazer isso?
Heinze - A questão vai se resolver quando o governo tirar a ideologia do assunto. Nós só estamos tentando mudar a lei porque o governo está exigindo que isso seja feito. Mas nem seria necessário, pois o Supremo (Tribunal Federal) deu uma interpretação à lei que é bem como nós precisamos. O STF derrubou uma decisão do ministro da Justiça, que determinava desapropriações no Mato Grosso do Sul.
JC - Em fevereiro deste ano, o senhor pediu desculpas à comunidade LGBT pela declaração de que “quilombolas, índios, gays, lésbicas” são “tudo que não presta”. Apesar de o PP não ter uma posição definida sobre o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo, qual sua posição pessoal a respeito?
Heinze - Minha contrariedade está só em relação ao que o PT fez, distribuindo cartilhas em escolas, estimulando o assunto. Não concordo com isso, mas no resto, cada um pode ser como for. O Supremo decidiu que não tem nada de racismo nem homofobia nas minhas falas. Isso para mim é assunto passado e vamos adiante.
JC - Acha que suas declarações influenciaram de alguma forma para que o senhor tenha perdido votos em relação a 2010, ou, ao contrário, que tenha contribuído para sua eleição?
Heinze - Não sei avaliar o que perdi ou ganhei, no universo das regiões em que trabalho. Mas acho que, de uma certa forma, no balanço perde-ganha, eu não fui prejudicado.
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