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Espionagem Eletrônica

- Publicada em 01 de Outubro de 2014 às 00:00

Informante do FBI fez ataques virtuais ao governo do Brasil e ao de outros 29 países


Jornal do Comércio
O FBI (maior órgão estatal de inteligência dos EUA) aliou-se a um hacker, conhecido pelo apelido "Sabu", para conduzir sofisticados ciberataques a sites governamentais do Brasil e de outros 29 países em 2012, segundo uma reportagem publicada pelo jornal on-line "Daily Dot" nesta quarta-feira (1º).
O FBI (maior órgão estatal de inteligência dos EUA) aliou-se a um hacker, conhecido pelo apelido "Sabu", para conduzir sofisticados ciberataques a sites governamentais do Brasil e de outros 29 países em 2012, segundo uma reportagem publicada pelo jornal on-line "Daily Dot" nesta quarta-feira (1º).
Em conversas, o hacker comemora a devassa de 287 sites governamentais e não governamentais brasileiros, incluindo o de prefeituras. As informações, que o site diz ter obtido por meio de "registros de conversas on-line e de outros documentos", confirmam e aprofundam o revelado pelo New York Times em abril -à época, o Brasil e outros seis países foram citados como alvo dos ataques.
Segundo ambas reportagens, não é possível afirmar que o FBI que ordenou as investidas, mas sim que Sabu, pseudônimo de Hector Xavier Monsegur, trabalhava como informante do órgão no período.
Nos ataques, Sabu e seu parceiro Jeremy Hammond, 29 -preso desde o ano passado-, alvejavam bases de dados com detalhes privados da presença virtual, como nomes de usuário e senhas, e de atividade financeira de cidadãos não americanos, o que por vezes incluía agentes governamentais de diversos países.
Os nomes dos Estados envolvidos são mantidos em segredo por ordem da juiza Loretta Preska, responsável pelo caso em que Hammond revelou ter agido sob o comando do FBI.
As informações a que eles conseguiam ter acesso seriam, então, enviadas a servidores do FBI. Arquivos de bate-papo por meio do software IRC entre Hammond e Monsegur foram publicados pelo "Daily Dot". Em um deles, em que Hammond tem o pseudônimo de "yohoho", e Monsegur o de "leondavidson", diversos sites ligados ao governo brasileiro são citados como alvos.
"Vamos atingir esses vagabundos [termo original 'bitches'] pelo nosso time brasileiro", escreve Monsegur, provavelmente referindo-se aos hackers "ativistas" que faziam parte do grupo que ele e Hammond faziam parte, o AntiSec, uma dissidência do LulzSec.
Ao longo da conversa (que correu paralelamente aos ataques realizados pelos dois), eles comemoram o sucesso de invasões a 287 sites brasileiros, governamentais ou privados. Boa parte deles são de prefeituras de pequenas cidades, incluindo as seguintes:
Alexandria (RN) -cujo site os hackers afirmam ter conseguido comandar remotamente; Canhotinho (PE); Couto de Magalhães de Minas (MG); Iati (PE); Indianópolis (MG); Japeri (RJ); Manari (PE); São João d'Aliança (GO) -neste caso, o site, agora off-line, aparece em um vídeo como "exposto pelo Anonymous" no YouTube  Em comum, os domínios alvejados possuíam vulnerabilidade por usar o software de hospedagem na web Plesk, da Parallels.
Um colega brasileiro, hacker sob o pseudônimo "Hivitja", ficou encarregado de levar adiante as invasões iniciadas por Monsegur e Hammond.
Um dos domínios alvejados é o edglobo.com.br, da Editora Globo, comemorado por Monsegur por ser "grande".
Outros países que foram alvo das ações são África do Sul, Arábia Saudita, Argentina, Albânia, Austrália, Bélgica, Bósnia, Eslovênia, Filipinas, Grécia, Holanda, Índia, Irã, Iraque, Kuwait, Laos, Líbano, Líbia, Malásia, Maldivas, Nigéria, Papua-Nova Guiné, Paraguai, Porto Rico, Reino Unido, Sudão, Trinidad e Tobago, Turquia e Yemen.
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