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CONSUMO

- Publicada em 18 de Setembro de 2014 às 00:00

Inteligência artificial está a serviço da produtividade dos varejistas


NICOLA LABATE ABRAS/DIVULGAÇÃO/JC
Jornal do Comércio
Passada a euforia com os fortes incrementos de vendas do setor de supermercados nos últimos anos, a atual situação de cautela e taxas menores de crescimento têm modificado as prioridades das empresas. Antes focadas na abertura de pontos, o objetivo, agora, é o ganho de produtividade nas companhias. É essa preocupação que norteia a Feira e Exposição de Tecnologia da convenção anual da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), onde sistemas e produtos que buscam melhorar a eficiência dos varejistas são destaque.
Passada a euforia com os fortes incrementos de vendas do setor de supermercados nos últimos anos, a atual situação de cautela e taxas menores de crescimento têm modificado as prioridades das empresas. Antes focadas na abertura de pontos, o objetivo, agora, é o ganho de produtividade nas companhias. É essa preocupação que norteia a Feira e Exposição de Tecnologia da convenção anual da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), onde sistemas e produtos que buscam melhorar a eficiência dos varejistas são destaque.
Só no ano passado, com quebras, furtos e desabastecimento, as redes varejistas registraram perdas de R$ 5,28 bilhões, 2,52% da receita líquida do setor. Cerca de 70% disso, segundo o coordenador do comitê de perdas da Abras, Carlos Rizziolli, corresponde a problemas em processos internos das empresas. Segundo o presidente da entidade, Fernando Yamada, “o setor precisa se preparar para ser ainda mais eficiente em todos os pontos”, justificando a necessidade pelo baixo ritmo do crescimento do setor, projetado para 1,9% esse ano e 2,5% para 2015.
Para auxiliar os varejistas, as opções tecnológicas são variadas, indo desde o início da cadeia até a relação com o consumidor final. Apenas para um dos pontos responsáveis por boa parte das perdas, os centros de distribuição (CDs) ou depósitos, dois tipos de soluções chamam a atenção. A primeira delas, um sistema por comando de voz, promete melhorar em, no mínimo, 25% a produtividade dos funcionários.
Com um fone computadorizado, os trabalhadores dos CDs atuam com ambas as mãos livres, além de não precisarem se guiar por planilhas ou coletores de dados. Uma voz automatizada passa o comando, informando corredor, prateleira e quantidade de caixas, respondido também por voz pelo funcionário. A posição do empregado e os erros, acusados pelo sistema Talkman exposto pela empresa paulista Seal, são enviados em tempo real para o gerente, que a partir daí consegue controlar a eficiência de sua equipe.
“Em nosso maior cliente atacadista, tivemos ganhos de até 50% em inventários”, comenta o gerente de produto da empresa, Fernando Colletti, que conta também que processos que duravam normalmente um minuto e vinte segundos em média, podem ser feitos em apenas 20 segundos.
Outra ferramenta, voltada para estabelecimentos com menos tempo de estocagem, é a Sorter, da Consinco, que promete melhorar a produtividade em até 38%. Com ele, um funcionário etiqueta as caixas que saem dos caminhões, que a partir disso são colocadas em esteiras, onde leitores magnéticos as direcionam automaticamente para seções pré-definidas de forma automatizada, separadas por seu destino final. Com isso, a empresa promete diminuir de 11 para apenas quatro etapas os processos de recebimento e expedição de caixas.
O sistema, introduzido em 2013, teria reduzido de 24h para apenas 6h o tempo dos processos nos clientes que já o utilizam. “Um funcionário que movimentava 13 mil volumes por mês, agora consegue fazer 21 mil”, garante o diretor comercial da empresa, Silvio Sousa. Segundo ele, a produtividade brasileira atualmente, por conta da ainda incipiente automação nas empresas, é um terço da italiana, por exemplo.
As novidades expostas ainda englobam os chamados papa-filas, leitores portáteis de código de barras para momentos em que os caixas não dão conta de atender a demanda de clientes nos supermercados, até contadores e separadores de moedas, todos buscando reduzir o tempo dispendido na ponta final das lojas.
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