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GESTÃO

- Publicada em 12 de Setembro de 2014 às 00:00

Falta de projetos desperdiça recursos no País


ANTONIO PAZ/JC
Jornal do Comércio
Escassez de recursos não é um problema para empresas e profissionais autônomos que planejam inovar no Brasil. Por outro lado, faltam projetos consistentes para mapear as principais oportunidades de financiamento e se adequar às suas exigências. Com isso, muito dinheiro disponível fica represado tanto na área pública quanto na privada. As premissas e a conclusão foram apresentadas pelos consultores Adilson Pize e Jaqueline Ferrari, durante o 11ª Seminário de Gerenciamento de Projetos, realizado no centro de eventos da Pucrs.
Escassez de recursos não é um problema para empresas e profissionais autônomos que planejam inovar no Brasil. Por outro lado, faltam projetos consistentes para mapear as principais oportunidades de financiamento e se adequar às suas exigências. Com isso, muito dinheiro disponível fica represado tanto na área pública quanto na privada. As premissas e a conclusão foram apresentadas pelos consultores Adilson Pize e Jaqueline Ferrari, durante o 11ª Seminário de Gerenciamento de Projetos, realizado no centro de eventos da Pucrs.
Para Pize e Jaqueline, o desconhecimento das fontes de recursos faz com que sejam apresentadas propostas desestruturadas, em dissonância com o que está proposto nos editais. Por isso, o ideal seria que os requerentes alinhassem a solicitação às estratégias da sua organização e às solicitações do financiador. “Não pode ser uma ação reativa. Ou seja, é necessário ter sempre uma carteira de propostas pronta e, em seguida, mapear as melhores oportunidades. Não o contrário. O processo de captação deve ser parte da estratégia organizacional”, destacaram. 
Instituições públicas como a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (Bndes), ao lado de algumas fundações privadas, foram apontadas como as principais geradoras de recursos, com destaque para os setores de tecnologia, inovação e ambiental. Segundo os consultores, as estratégias do governo federal nos últimos dez anos fizeram com que se investisse muito nessas áreas, com leis de incentivo e recursos prontos para serem utilizados.  
O StartUp Brasil, programa do ministério de Ciência e Tecnologia em parceria com aceleradoras, geralmente de cunho privado, é outra opção para quem deseja iniciar um negócio com bases tecnológicas. Em um período de até 12 meses, os empreendedores selecionados semestralmente têm acesso a até R$ 200 mil em bolsas de pesquisa e desenvolvimento, além de receberem investimentos financeiros das aceleradoras de startups em troca de um percentual de participação acionária. “É uma maneira moderna de conseguir dinheiro para desenvolver boas ideias”, afirmaram Pize e Jaqueline.
Na ocasião, o CEO da HT Micron, Ricardo Felizzola, ministrou a palestra “Inovação em Projetos”, quando definiu inovação como “gerar picos de riqueza a partir de uma nova necessidade”, defendendo apenas o “mercado” como balizador e descartando um papel de destaque para universidades e laboratórios de pesquisa. “Ela se manifesta num ambiente social no qual o mercado tem papel preponderante, somente ali. Além disso, é essencial criar marcos legais que garantam seu rápido desenvolvimento”, disse.
Ao citar casos de empresas com características que considera inovadoras – como a Amazon, o Facebook e o Google -, Felizzola destacou que o mérito da maioria foi criar produtos e serviços inexistentes há cinco anos, lembrando que 80% delas têm menos de vinte anos de fundação e 90% são estadunidenses e o restante asiáticas.
Sobre a situação do Brasil, Felizzola disse que o excesso de “proteção à indústria não ajuda, pois a solução para a inovação passa por criar cadeias industriais sem fronteiras”.
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