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Opinião

Editorial

- Publicada em 12 de Setembro de 2014 às 00:00

Credibilidade da imprensa não exclui redes sociais


Jornal do Comércio
Novamente, coube à imprensa divulgar dados que estão sob sigilo no caso da delação premiada, artimanha jurídica para elucidar quadrilhas de malfeitores. Mas o sigilo da fonte que informa também é garantido em lei. Logo, os jornalistas que elaboraram a matéria, ou que tenha sido apenas um, não são obrigados a dizer quem repassou os dados sobre a Petrobras e o depoimento de um ex-diretor da estatal. Depois dos movimentos que tiveram geração espontânea através das redes sociais, alguns vaticinaram que a mídia impressa estaria no fim. Aliás, toda a imprensa chegaria rapidamente ao fim. Mas esse é um prognóstico que foi feito quando o rádio surgiu e, então, os jornais acabariam, o que, evidentemente, não aconteceu. Quando a televisão chegou ao Brasil, dizia-se que seria o fim das rádios, o que também não aconteceu. Com a tevê a cabo, a televisão aberta acabaria. Agora, são as redes sociais que fulminarão toda a comunicação social tradicional. Mas a imprensa continua sendo a líder em credibilidade. Isso segundo a pesquisa Trust Barometer, realizada pela agência de relações públicas Edelman Significa, em 26 países. Entre os segmentos analisados, a mídia surge como o mais crível no Brasil, com 66% de apoiadores. Esse percentual coloca o nosso país com a sexta maior pontuação.
Novamente, coube à imprensa divulgar dados que estão sob sigilo no caso da delação premiada, artimanha jurídica para elucidar quadrilhas de malfeitores. Mas o sigilo da fonte que informa também é garantido em lei. Logo, os jornalistas que elaboraram a matéria, ou que tenha sido apenas um, não são obrigados a dizer quem repassou os dados sobre a Petrobras e o depoimento de um ex-diretor da estatal. Depois dos movimentos que tiveram geração espontânea através das redes sociais, alguns vaticinaram que a mídia impressa estaria no fim. Aliás, toda a imprensa chegaria rapidamente ao fim. Mas esse é um prognóstico que foi feito quando o rádio surgiu e, então, os jornais acabariam, o que, evidentemente, não aconteceu. Quando a televisão chegou ao Brasil, dizia-se que seria o fim das rádios, o que também não aconteceu. Com a tevê a cabo, a televisão aberta acabaria. Agora, são as redes sociais que fulminarão toda a comunicação social tradicional. Mas a imprensa continua sendo a líder em credibilidade. Isso segundo a pesquisa Trust Barometer, realizada pela agência de relações públicas Edelman Significa, em 26 países. Entre os segmentos analisados, a mídia surge como o mais crível no Brasil, com 66% de apoiadores. Esse percentual coloca o nosso país com a sexta maior pontuação.
A credibilidade vem do fato de que cabe à mídia em geral divulgar e esmiuçar casos de corrupção, algo que enoja e baixa a autoestima dos brasileiros. Então, divulgar falcatruas e cobrar punições traz conforto aos que trabalham com dificuldades para ganhar o seu sustento e o da família.
As empresas em geral obtiveram 64% de credibilidade, as ONGs ficaram com 59% e, por último, o governo, no amplo sentido da palavra, com 33%. Agora, com a projeção de crescimento zero do PIB em 2014, acusam, alguns, a imprensa de fazer terrorismo econômico. O fato é que há uma maior percepção dos problemas estruturais da economia nacional, como falta de reformas, crise na Argentina e falta de confiança de consumidores e empresários. Além disso, a eleição é um fator a adicionar incerteza. Quem vai ganhar? Com que composição? Vai gerar que tipo de políticas? Com que tipo de ajuste? Pois foi também através da imprensa que se ficou sabendo que as empreiteiras foram as principais financiadoras das campanhas presidenciais de PT, PSB e PSDB até o fim de agosto, com R$ 63,1 milhões em doações.
O valor leva em conta as 20 maiores quantias doadas a Dilma Rousseff (PT), Marina Silva (PSB) e Aécio Neves (PSDB), com base nos registros apresentados à Justiça Eleitoral. Ora, a liberdade da imprensa é, em última análise, a liberdade da sociedade. Ruim com ela, muito pior sem a publicação do que ocorre no mundo, no Brasil, no Rio Grande do Sul e na Capital.
No Brasil, todos negam o controle da mídia, mas, o governo pressionou o Congresso sobre o projeto de lei que trata do marco regulatório do setor. O foco seria a sociedade, porém chegaria à censura, mesmo que o governo diga que ninguém vai bisbilhotar a mídia. Também querem estabelecer marco regulatório da comunicação eletrônica, outra censura. Enfim, a liberdade da imprensa é, sim, da sociedade. Tolhe-la é um desserviço ao Brasil.
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