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Opinião

Editorial

- Publicada em 11 de Setembro de 2014 às 00:00

Escassez de empregos é a tragédia do século XXI


Jornal do Comércio
Será necessário gerar 600 milhões de empregos na próxima década, segundo a Organização Internacional do Trabalho. O pior é que, atualmente, mais de 100 milhões de pessoas estão desempregadas nas economias do G-20 e 447 milhões foram consideradas trabalhadores pobres, vivendo com menos de US$ 2,00 por dia. Ainda segundo a entidade, preocupa a desigualdade de renda crescente em muitos países do G-20, embora algum progresso tenha sido feito em economias emergentes, como o Brasil e a África do Sul.
Será necessário gerar 600 milhões de empregos na próxima década, segundo a Organização Internacional do Trabalho. O pior é que, atualmente, mais de 100 milhões de pessoas estão desempregadas nas economias do G-20 e 447 milhões foram consideradas trabalhadores pobres, vivendo com menos de US$ 2,00 por dia. Ainda segundo a entidade, preocupa a desigualdade de renda crescente em muitos países do G-20, embora algum progresso tenha sido feito em economias emergentes, como o Brasil e a África do Sul.
Para os jovens de agora, parece algo que se perdeu no tempo. No entanto, seus pais e avós faziam de tudo para conseguir um bom emprego. Não precisava, até os anos de 1960, ser no serviço público, hoje o sonho de todos, graças às diferenças entre vencimentos e salários, além da estabilidade entre outras vantagens.  Sendo mediante concurso que aproveita os mais bem colocados, tudo bem. No entanto, para compensar o aumento do funcionalismo é preciso cortar no custeio, o que os governos pouco fazem.
Pois se antes saber datilografia, português e matemática era praticamente necessário em todos os concursos, inclusive para o cobiçado Banco do Brasil, hoje imperam os programas de informática e a prática anterior foi deixada um pouco de lado. Teoria, muita teoria, com graduação, mestrado e doutorado e, aqui e ali, temos professores lecionando em cursos universitários que formam alunos sem que eles, os professores, jamais tenham exercido a profissão específica. Podemos estar criando uma geração de futuros teóricos enquanto, sabemos há muito, que a teoria, na prática, muda um pouco. Mas não é certo ou errado, mudou e, hoje, é assim e pronto. Entretanto, a busca por um emprego continua sendo a aspiração da classe média graduada, quando há vagas para a mão de obra técnica em que o Ensino Médio é o bastante, se tanto.
Além disso, mesmo com os inegáveis progressos da ascensão de milhões para as classes C e D, atualmente, o entusiasmo tem arrefecido. A volta do crescimento econômico, mesmo baixo, na União Europeia, nos Estados Unidos da América (EUA) e no Japão, contrastando com o arrefecimento na China, Índia, Brasil, Rússia e África do Sul, não apenas elevou o dólar como fez com que as aplicações se voltassem, novamente, para os grandes centros financeiros, deixando, via de consequência, o Brasil de fora.
Assim sendo, o medo do consumidor de perder o emprego já afetou as vendas do comércio e deve continuar nos próximos meses, o que atinge milhares de pessoas no Brasil, segundo pesquisa do IBGE. Embora a taxa de desemprego continue praticamente estável, hoje o consumidor tem a percepção de que cresceu o risco de ficar desempregado. E é exatamente a partir dessa percepção que as pessoas definem o seu consumo. Isso é uma constatação, não uma profecia autorrealizável, mas que causa preocupação, uma vez que o aumento da expectativa de desemprego praticamente anula o efeito positivo dos ganhos de renda e de crédito no varejo.
Variáveis importantes como alta de juros, inflação e o elevado nível de endividamento do consumidor também são fatores que contribuíram para o resultado ruim. Buscam-se soluções.

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