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- Publicada em 10 de Setembro de 2014 às 00:00

Comerciantes populares recebem dicas de finanças


JONATHAN HECKLER/JC
Jornal do Comércio
Da informalidade das ruas ao empreendedorismo regularizado, os lojistas hoje instalados no Pop Center, o chamado camelódromo, vêm se adaptando a uma nova realidade nos últimos cinco anos. No intuito de estimular a capacitação dos ambulantes, o shopping popular começou, ontem, a promover um curso sobre noções de finanças pessoais. A ideia é que o encontro seja realizado semanalmente, atendendo a maior parte possível dos aproximadamente 800 ambulantes que lá trabalham.
Da informalidade das ruas ao empreendedorismo regularizado, os lojistas hoje instalados no Pop Center, o chamado camelódromo, vêm se adaptando a uma nova realidade nos últimos cinco anos. No intuito de estimular a capacitação dos ambulantes, o shopping popular começou, ontem, a promover um curso sobre noções de finanças pessoais. A ideia é que o encontro seja realizado semanalmente, atendendo a maior parte possível dos aproximadamente 800 ambulantes que lá trabalham.
Na aula de ontem, o vendedor de roupas Anderson Alves foi um dos primeiros alunos a chegar. Com bloco e caneta em mãos, tinha uma série de perguntas a fazer para a professora da oficina. “Eu sinto que não sou muito organizado. Tenho uma dificuldade grande em separar o lado pessoal e o lado da empresa. Quero aprender a planejar para saber o quanto financeiramente posso retirar por mês e o quanto preciso investir no negócio”, aponta o comerciante, que atua há 21 anos na atividade e possui estande no Pop Center desde a sua fundação.
Desde que saiu da rua, em 2009, Alves enfatiza que vem procurando se aprimorar para manter a empresa ativa. “Eu quero amadurecer profissionalmente. Já fiz cursos de técnica de vendas, mas nunca havia feito sobre finanças. Tenho bastante expectativa”, destaca.
A responsável pelos aconselhamentos financeiros é a professora da ESPM-Sul Fredericke Mette. A ideia de realizar a atividade surgiu a partir da pesquisa que Fredericke tem conduzido no seu doutorado, no qual busca compreender aspectos relacionados ao impacto da migração dos ambulantes das ruas para o centro comercial. “Durante a pesquisa, chama a atenção que falta aos comerciantes conhecimentos relativos à economia. Muitos não sabem ao certo o que é taxa de juro, quais produtos o mercado financeiro oferece ou então misturam as finanças pessoais com as da empresa”, destaca.
A oficina segue um formato de bate-papo. Fredericke escuta as principais demandas dos vendedores e, a partir daí, fornece os esclarecimentos. “Chegou a hora dos lojistas pensarem nos seus negócios no longo prazo, sabendo, por exemplo, quais são as alternativas de crédito disponíveis e como eles podem utilizá-las.”
A diretora do Pop Center, Elaine Deboni, ressalta que os conhecimentos sobre finanças são fundamentais para a sobrevivência das empresas instaladas no estabelecimento. A dirigente recorda que alguns comerciantes já enfrentaram problemas por causa da má gestão das receitas. “Estamos tentando ajudar a administrarem o dinheiro. Não adianta ganhar e não saber o que fazer ou sair gastando”, lembra.
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