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Porto Alegre

- Publicada em 08 de Setembro de 2014 às 00:00

Desfile da Pátria lota a avenida Beira-Rio


JONATHAN HECKLER/JC
Jornal do Comércio
Diferentemente do que ocorreu em 2013, quando manifestações marcaram o desfile de 7 de setembro na maioria das capitais do País, incluindo Porto Alegre, o evento deste ano foi pacífico. As bandeiras de protesto foram substituídas pelas dos partidos políticos que, há um mês do pleito, aproveitaram o clima cívico para angariar votos e lembrar um dos pilares da democracia representativa: as eleições diretas. Além de diferir no tom, o desfile cívico-militar deste ano foi realizado pela primeira vez na avenida Beira-Rio, o que trouxe alguns problemas para os mais de sete mil participantes que precisavam se equilibrar para não escorregar e cair nos barrancos existentes dos dois lados da pista.
Diferentemente do que ocorreu em 2013, quando manifestações marcaram o desfile de 7 de setembro na maioria das capitais do País, incluindo Porto Alegre, o evento deste ano foi pacífico. As bandeiras de protesto foram substituídas pelas dos partidos políticos que, há um mês do pleito, aproveitaram o clima cívico para angariar votos e lembrar um dos pilares da democracia representativa: as eleições diretas. Além de diferir no tom, o desfile cívico-militar deste ano foi realizado pela primeira vez na avenida Beira-Rio, o que trouxe alguns problemas para os mais de sete mil participantes que precisavam se equilibrar para não escorregar e cair nos barrancos existentes dos dois lados da pista.
Às 10h, teve início o tradicional evento que comemorou os 192 anos da Independência do Brasil, com a cerca de 4,8 mil pessoas desfilando, entre civis e militares. A diversidade do público é sempre marcante nesta data – muitas famílias levaram seus filhos na intenção de despertar o patriotismo nos pequenos. O fascínio das crianças pelos soldados e pelos tanques de guerra mostra que o imaginário infantil continua povoado por ídolos míticos da guerra. Um grupo levou uma enorme faixa que pedia “intervenção militar já”. Outras pessoas lembraram da juventude, quando desfilavam pela escola ou optaram por seguir a carreira militar.
Flávio Cordeiro, de 77 anos, relata que sente muita emoção e amor pela pátria em todos os desfiles. Militar da reserva, ele diz que também sempre lembra da sua juventude e se emociona. “Acho que é muito importante assistir. Venho todos os anos. Estamos muito apáticos em relação à cidadania e precisamos dar uma volta neste País. A democracia também deve ser lembrada, pois estamos nos dirigindo para o outro lado”, considera.
A Copa também foi vista como motivação para um maior envolvimento com a data. Márcio Hemming, comerciante de 42 anos, acredita que, mesmo a seleção tendo perdido o Mundial, a população ficou gostando mais do Brasil. “O esporte acendeu uma centelha e as pessoas ficaram mais patrióticas. Como o povo está muito descrente com a política, acredito que o futebol incentivou esse espírito”, ressaltou.
Hemming levou seus dois filhos – um de nove anos e o outro de três meses – para o evento. De acordo com ele, o objetivo é estimular o espírito cívico nas crianças. Enquanto o mais velho tirava fotos com empolgação, o comerciante revelou que pensar no País o deixava um pouco inseguro, principalmente em relação ao futuro de seus filhos. “Estou preocupado com a parte financeira do Brasil, com o aumento dos preços e a situação do comércio”, completou.
Se os brasileiros mesclavam sentimentos de emoção e receio pela pátria, os estrangeiros se divertiram muito no desfile. A corretora de imóveis Rosane Bellardin, de 48 anos, levou três chinesas à avenida Beira-Rio. As estudantes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) Clara, Carina e Joy acharam divertidíssimo o evento e tiraram muitas fotos para guardar de lembrança. Rosane acredita na importância de prestigiar a data, mas sentiu falta da participação de mais escolas. “No meu tempo, quase todos os colégios participavam. Acho que deveria existir uma divulgação maior. Esse tipo de atividade é muito importante, principalmente em um ano de eleição”, afirmou.
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