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meio ambiente

- Publicada em 01 de Setembro de 2014 às 00:00

Análise técnica indica remoção de 38 árvores com risco de queda em Porto Alegre


JONATHAN HECKLER/JC
Jornal do Comércio
Das 150 árvores da Capital que foram avaliadas pelos técnicos do Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo (IPT), 38 deverão ser removidas, estando 18 delas localizadas no Parque da Redenção. O relatório final do estudo, que apontou também a necessidade de poda de outros 73 vegetais, foi apresentado na sexta-feira pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Smam) e pelo IPT. A análise teve início no começo do ano e foi a primeira vez que a cidade passou por um monitoramento deste tipo. 

Das 150 árvores da Capital que foram avaliadas pelos técnicos do Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo (IPT), 38 deverão ser removidas, estando 18 delas localizadas no Parque da Redenção. O relatório final do estudo, que apontou também a necessidade de poda de outros 73 vegetais, foi apresentado na sexta-feira pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Smam) e pelo IPT. A análise teve início no começo do ano e foi a primeira vez que a cidade passou por um monitoramento deste tipo. 

A medida foi motivada pela queda de um eucalipto de cerca de 20 metros, que matou uma pessoa e deixou duas gravemente feridas na Redenção. O secretário municipal de Meio Ambiente, Cláudio Dilda, ressaltou que a árvore não apresentava problema externo, por isso a importância da contratação do instituto para avaliar internamente a saúde dos vegetais selecionados.

O investimento da prefeitura no estudo foi de R$ 97 mil. “Também estamos prevendo para o orçamento de 2015, a compra de equipamento para análise interna, que terá custo de cerca de R$ 40 mil. Ainda estamos discutindo qual a melhor aquisição, pois deve ser compatível com a madeira brasileira, que é mais dura do que a de outros países”, afirma.

Os critérios utilizados na escolha dos vegetais monitorados foram: a antiguidade - as mais velhas se encontram no Centro e na Redenção -, o porte e a localização em relação à circulação de pessoas. Assim, foram analisadas 86 árvores na Redenção, 13 na praça Dom Feliciano, 13 na rua Padre Tomé, 12 na Praça da Alfândega, 11 na Praça da Matriz, dois na praça XV de Novembro e dois na rua Guilherme Alves. No parque Moinhos de Vento, na praça José Comunal e nas vias João Pessoa, Gonçalo de Carvalho, Andradas, Barão do Gravataí, João Alfredo, Teresópolis, Saicã, Felizardo Furtado e Protásio Alves houve a avaliação de um vegetal.

Segundo Vinícius Félix Pacheco, biólogo e pesquisador do IPT, em 133 árvores foram utilizados equipamentos para a análise interna, como o penetrógrafo. “Este equipamento mede a resistência do tecido do interior das árvores de forma minimamente invasiva. Nem todas elas precisaram passar pelo exame, pois, pela análise fitossanitária, já é possível observar a presença de fungos e cupins, assim como a condição do entorno e o estado geral da raiz, tronco e copa”, explica. A Smam deve concluir todas as recomendações do instituto até o final do ano. Dois eucaliptos da Redenção já foram removidos devido ao grande risco de queda.

Durante toda a semana passada, os especialistas do instituto também ministraram um curso de capacitação para 30 técnicos da secretaria, que trabalham diretamente com o manejo da arborização urbana. A intenção é qualificar o diagnóstico e a análise de risco das árvores. Atualmente, apenas três outras capitais possuem corpo técnico capacitado para este trabalho: São Paulo, Brasília e Manaus.

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