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eleições 2014

- Publicada em 29 de Agosto de 2014 às 00:00

Temer diz que Marina tem visão “autoritária” e pede respeito às instituições e aos partidos


FREDY VIEIRA/JC
Jornal do Comércio
O vice-presidente Michel Temer (PMDB), candidato à reeleição na chapa da presidente Dilma Rousseff, classificou nesta sexta-feira como "autoritária" a intenção da candidata à presidência pelo PSB, Marina Silva, de governar, se eleita, com pessoas e não com partidos políticos. Em passeio realizado no Centro da capital gaúcha, Temer se disse surpreso com a estratégia da candidata e recomendou que Marina preserve as instituições para garantir a democracia. "É preciso ter muito cuidado com essas pregações referentes a governar com pessoas e não com instituições. Porque nós levamos muito tempo para ter instituições sólidas no nosso país. Essa visão é um pouco autoritária. No mundo todo temos exemplos de gente que quis governar por contra própria. No Brasil também", advertiu.

O vice-presidente Michel Temer (PMDB), candidato à reeleição na chapa da presidente Dilma Rousseff, classificou nesta sexta-feira como "autoritária" a intenção da candidata à presidência pelo PSB, Marina Silva, de governar, se eleita, com pessoas e não com partidos políticos. Em passeio realizado no Centro da capital gaúcha, Temer se disse surpreso com a estratégia da candidata e recomendou que Marina preserve as instituições para garantir a democracia. "É preciso ter muito cuidado com essas pregações referentes a governar com pessoas e não com instituições. Porque nós levamos muito tempo para ter instituições sólidas no nosso país. Essa visão é um pouco autoritária. No mundo todo temos exemplos de gente que quis governar por contra própria. No Brasil também", advertiu.

Perguntado se estava se referindo à candidata do PSB, Temer foi taxativo. "Eu me surpreendi, sim. E até vou aproveitar para fazer uma sugestão aqui: preserve as instituições, enalteça as instituições, o Executivo, o Legislativo, o Judiciário, as instituições jurídicas, a iniciativa privada e a liberdade de imprensa, instituições que não podem ser abaladas. Pode criticar o número de partidos, eu mesmo critico muito o número excessivo. Acho que não é útil. Mas não (pode) destruir a ideia do partido político. Quando você traz pessoas de um partido, de outro partido e de outro partido, você no fundo está combatendo a estrutura político-partidária e assim você não governa. Você só abala as instituições" disse.

Temer veio ao Rio Grande do Sul para uma demonstração de força em relação à dissidência de vários caciques do partido, que já anunciaram voto em Marina Silva e também em Aécio Neves (PSDB). Ciceroneado pelo deputado federal Eliseu Padilha, ex-ministro de Fernando Henrique, Temer se reuniu com 107 prefeitos e mais 71 vice-prefeitos do PMDB que apoiam a reeleição de Dilma. O partido tem 133 prefeitos no Estado e 105 vices.

O candidato ao governo do Estado, José Ivo Sartori, não compareceu ao encontro a ala de Sartori, liderada pelo senador Pedro Simon, está fechada com Marina. Mas o vice na chapa, José Paulo Cairoli (PSD), prestigiou a reunião. Na semana passada, durante a confirmação de Beto Albuquerque (PSB) como vice de Marina, Cairoli não confirmou se apoiaria a chapa do PSB.

Mesmo com a ausência do candidato, o vice-presidente disse que vai pedir votos para o PMDB no Rio Grande do Sul. Temer também minimizou as informações, extra-oficiais, que apontam um empate técnico entre Dilma e Marina no primeiro turno em pesquisa do instituto Datafolha a ser divulgada no final de semana. Pelo levantamento, Dilma teria 31% das intenções de voto, e Marina, 29%. 

"Desde as primeiras pesquisas, desde o primeiro momento a Dilma tem estado no primeiro lugar. Não me surpreende essa pesquisa. Se vocês se recordarem, em abril houve uma pesquisa do mesmo instituto que colocou a Marina com 27%. Eu digo que agora sejam os mesmos 27% e mais dois (pontos) de emoção" ironizou.

Temer também lembrou que há um mês e meio atrás o candidato do PSDB, Aécio Neves, estava "praticamente empatado" com a presidente. "Entretanto, vejam onde ele está agora", atacou.

Segundo o vice-presidente, a grande questão é saber quem vai para o segundo turno com a presidente Dilma Rousseff. "Qualquer um dos candidatos que passar para o segundo turno é competitivo. Mas nós somos mais competitivos", disse.

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