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Coluna

- Publicada em 29 de Agosto de 2014 às 00:00

Amadurecimento, perda do amor e reencontro


Jornal do Comércio
Diga aos lobos que estou em casa (Editora Novo Conceito, 464 páginas, tradução de Bárbara Menezes), romance que marcou a estreia arrebatadora da escritora nova-iorquina Carol Rifka Brunt, em 2012, é uma comovente narrativa que trata, sobretudo, de amadurecimento, perda do amor e reencontro e que mostra como a compaixão pode reconstruir muito. Carol escreveu para revistas como North American Review e para jornais como o The Sun e, em 2006, recebeu o prêmio New Writing Ventures, cedido pela University of East Anglia e Arts Council England que, em 2007, apoiou a autora a escrever Diga aos lobos que estou em casa. A obra recebeu o Prêmio Alex da Young Adult Library Services Association de melhor livro do ano. Atualmente, Carol vive na Inglaterra com o marido e os três filhos. Diga aos lobos mostra, inicialmente, duas pessoas solitárias que se envolvem no mais improvável tipo de amizade e descobrem que, às vezes, você só sabe que perdeu alguém depois que o encontra. June Elbus tinha 14 anos em 1987 e, na época, só um renomado tio pintor, Finn Weiss, conseguia compreendê-la. Tímida na escola, vivendo uma relação distante com a irmã mais velha, June só se sente “ela mesma” na presença do tio. Quando ele morre precocemente de uma doença sobre a qual a mãe de June prefere não falar, o mundo da garota desaba. Mas a morte de Finn acaba colocando no caminho de June alguém que a ajudará a superar a dor e a reavaliar o que ela pensa saber sobre Finn, sua família e sobre si mesma. Finn era seu confidente, padrinho e melhor amigo.  No funeral do tio, June observa um homem desconhecido que não tem coragem de se juntar aos familiares de Finn. Dias depois, a jovem recebe um pacote pelo correio. Dentro dele há um lindo bule que pertenceu a seu tio e um bilhete de Toby, o homem que apareceu no funeral. No bilhete, Toby pediu para encontrar June. À medida que os dois se aproximam, nota que não é a única a ter saudades de Finn. Ela sente que, se conseguir realmente confiar em Toby, ele poderá tornar-se a pessoa mais importante do mundo para ela. Com linguagem profundamente sensível e segura, a autora, em seu romance de estreia, traz um personagem ausente fascinante e magnético e apresenta uma história de amor das mais incomuns. Na verdade, diversas histórias de amor, que mostram como a esperança pode fazer a diferença, em meio a agruras.
Diga aos lobos que estou em casa (Editora Novo Conceito, 464 páginas, tradução de Bárbara Menezes), romance que marcou a estreia arrebatadora da escritora nova-iorquina Carol Rifka Brunt, em 2012, é uma comovente narrativa que trata, sobretudo, de amadurecimento, perda do amor e reencontro e que mostra como a compaixão pode reconstruir muito. Carol escreveu para revistas como North American Review e para jornais como o The Sun e, em 2006, recebeu o prêmio New Writing Ventures, cedido pela University of East Anglia e Arts Council England que, em 2007, apoiou a autora a escrever Diga aos lobos que estou em casa. A obra recebeu o Prêmio Alex da Young Adult Library Services Association de melhor livro do ano. Atualmente, Carol vive na Inglaterra com o marido e os três filhos. Diga aos lobos mostra, inicialmente, duas pessoas solitárias que se envolvem no mais improvável tipo de amizade e descobrem que, às vezes, você só sabe que perdeu alguém depois que o encontra. June Elbus tinha 14 anos em 1987 e, na época, só um renomado tio pintor, Finn Weiss, conseguia compreendê-la. Tímida na escola, vivendo uma relação distante com a irmã mais velha, June só se sente “ela mesma” na presença do tio. Quando ele morre precocemente de uma doença sobre a qual a mãe de June prefere não falar, o mundo da garota desaba. Mas a morte de Finn acaba colocando no caminho de June alguém que a ajudará a superar a dor e a reavaliar o que ela pensa saber sobre Finn, sua família e sobre si mesma. Finn era seu confidente, padrinho e melhor amigo.  No funeral do tio, June observa um homem desconhecido que não tem coragem de se juntar aos familiares de Finn. Dias depois, a jovem recebe um pacote pelo correio. Dentro dele há um lindo bule que pertenceu a seu tio e um bilhete de Toby, o homem que apareceu no funeral. No bilhete, Toby pediu para encontrar June. À medida que os dois se aproximam, nota que não é a única a ter saudades de Finn. Ela sente que, se conseguir realmente confiar em Toby, ele poderá tornar-se a pessoa mais importante do mundo para ela. Com linguagem profundamente sensível e segura, a autora, em seu romance de estreia, traz um personagem ausente fascinante e magnético e apresenta uma história de amor das mais incomuns. Na verdade, diversas histórias de amor, que mostram como a esperança pode fazer a diferença, em meio a agruras.

Lançamentos

  • Autobiografia, do psiquiatra Jacob Levy Moreno, com tradução de Luiz Cuschnir, mostra o criador do psicodrama, da sociometria, do jogo de papéis, da psicoterapia de grupo e do moderno teatro da espontaneidade. Crítico ferrenho da psicanálise, Jacob foi genial e pioneiro e sua história é extraordinária. Ágora, 184 páginas.
  • Loja de conveniências, novela do publicitário, escritor, roteirista e quadrinista Guilherme Smee traz um triângulo amoroso com pitadas pop da música e do cinema. Um jovem perdido, inerte, se deixa levar por uma garota que pretende fazer dele seu “projeto pessoal”. Amor, sexo e culpa vão rolar. Não Editora, 128 páginas.
  • O doido da garrafa, da roteirista e escritora premiada Adriana Falcão, traz crônicas com formas e conteúdos criativos, tratando de amor, pensamentos, divagações, doidos, insônia, memória, Deus e a criação do mundo, Borges, criação e outros temas instigantes de nosso esquisito cotidiano. Editora Salamandra, 128 páginas.
  • O espelho das diferenças, ficção infantojuvenil, do professor de filosofia Fábio Gai Pereira, com ilustrações em cores de Martina Schreiner, traz o menino perguntador João Leonardo. A história do ovo deu pano para manga e o levou a muitas perguntas, mais dúvidas e busca de respostas. Edelbra, 32 páginas.

E palavras...

Mensagem aos formandos
Meus parabéns pela tua formatura em Administração de Empresas na Ufrgs, minha filha Laura. Poucos momentos na vida são tão gratificantes para alunos, pais, professores, familiares e amigos. Todos se formam juntos. Formatura é obra coletiva e, como se diz em inglês, work in progress, obra em andamento. Estudar é para sempre, não termina nunca. Formatura marca o limite (ou não) da época chic: estudos, amigos, festas, baladas, estágios e abre o período chock: emprego, namoro, noivado, casamento, casa e filhos (ou não). Daqui muitos, muuuuitos anos, virá a fase cheque (ou não), aquela de pagar contas, dos planos de saúde, condomínio, IPTU etc... Cada fase tem seus ônus e seus bônus. Seu stress e seu strass. Cada idade tem suas graças e desgraças, que, se não fosse assim, não teria muita graça. Desculpa o trocadilho, um pouco sem graça. Chic, chock, cheque. Formatura: muitas pessoas, rostos, muitos caminhos, estações, escolhas e cidades. O acaso, o destino e as decisões se dando ou não as mãos. O feijão e o sonho. Concreto e fantasia, realização, felicidade, trabalho, desafios, perdas e ganhos, a vida pulsando dentro e fora da gente, o mundo por conquistar. As coisas da Academia se misturando com os lances da vida “real”. O mundo não está muito fácil, na verdade nunca esteve, mas o sol nasce para todos, todos os dias e cada um, com o apoio dos outros, vai buscando seu caminho, sua verdade e sua luz. Vida é jogo coletivo. Felicidades para ti e para todos os formandos, professores, funcionários, pais, amigos e familiares. Quero mais que tu e os demais formandos trabalhem com a seriedade, o divertimento e a atenção de uma criança que brinca. Tomara que as vidas profissionais e pessoais tenham muita alegria, satisfação, paz, amor, humor, ética e saúde e que cheguem muito bem à fase cheque. Se eu puder ajudar, estou aí, mas não quero atrapalhar. Vou respeitar as decisões, procurar interferir pouco, mas sempre de olho. Depois da vida, liberdade é o bem maior, não tenham dúvidas. Nem tudo é só contigo, filha. Na vida é melhor sair dos imprescindíveis encontros com os outros melhor do que quando a gente chegou. A vida é a arte do encontro e o amor deve ganhar no final, no início , no meio ou sempre. Obrigado pelo merecido diploma. Um pedacinho é meu, da tua mãe, da tua irmã, da nonna, dos padrinhos, dos familiares e dos amigos, não é? 

E versos

Autobiografia
Na hora morta do entardecer
eu recolho meus pedaços
pendurados no arco-íris
E quando a noite desce
eu rolo em meu leito
sonhando um sonho agreste
Depois, de manhã eu me acordo
berrando esta minha puta vida
que passa em brancas nuvens
Henrique do Valle em Henrique do Valle: obra Reunida - Instituto Estadual do Livro, 2014, organização Paulo Sebben
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