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SAÚDE

- Publicada em 27 de Agosto de 2014 às 00:00

Hemocentro-RS tem 30% de sangue a menos do que precisa no estoque


FREDY VIEIRA/JC
Jornal do Comércio
O Hemocentro do Rio Grande do Sul (Hemocentro-RS) iniciou uma campanha chamando a atenção para os baixos níveis no estoque de sangue do Estado. Segundo a chefe do Núcleo do Doador, Sandra Garcia Bueno, há no mínimo duas semanas a instituição vem apresentando 30% menos doações do que o normal. “Temos épocas em que já está prevista essa diminuição, como no inverno, no verão e durante as festas de final de ano. Agora, porém, não está tão frio, não sei o motivo dessa baixa”, pondera.
O Hemocentro do Rio Grande do Sul (Hemocentro-RS) iniciou uma campanha chamando a atenção para os baixos níveis no estoque de sangue do Estado. Segundo a chefe do Núcleo do Doador, Sandra Garcia Bueno, há no mínimo duas semanas a instituição vem apresentando 30% menos doações do que o normal. “Temos épocas em que já está prevista essa diminuição, como no inverno, no verão e durante as festas de final de ano. Agora, porém, não está tão frio, não sei o motivo dessa baixa”, pondera.
A instituição solicita o comparecimento de doadores na sede do Hemocentro-RS, na avenida Bento Gonçalves, 3.722, bairro Partenon, em Porto Alegre. O escasso número de bolsas de sangue ameaça o abastecimento dos 52 hospitais conveniados à instituição, que ficam na Capital, na Região Metropolitana e no Interior do Estado e atendem pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O horário de atendimento é das 8h às 18h, de segunda a sexta-feira.
Além das doações de quem vai até o local, uma unidade móvel percorre o Estado regularmente, a fim de fazer a coleta em cidades mais distantes. As próximas viagens estão previstas para setembro, rumo a Torres e a Capão da Canoa. “O trajeto vale a pena. Trazemos pelo menos cem bolsas de sangue de cada cidade”, conta Sandra.
Cada bolsa representa uma doação, e poderá salvar até quatro vidas. Em média, 2,2 mil bolsas são enchidas mensalmente. “É uma quantidade interessante, se comparada a outros estados, mas o ideal seriam 2,5 mil doações”, estima a chefe do Núcleo do Doador.
A turismóloga Fabiana Gomes celebrou a recente possibilidade de poder doar sangue. Até meses atrás, não podia, porque não tinha o peso mínimo de 50 quilos, pré-requisito para a doação. “Meu pai esteve doente e precisou de sangue muitas vezes, mas eu nunca pude contribuir. Então, prometi a mim mesma que doaria se tivesse o peso necessário”, explica.
Aproximadamente, 2,8% dos gaúchos doam sangue, percentual que, para atender à demanda com tranquilidade, deveria ser de 3% a 4%. “Fazemos palestras, procuramos esclarecer a população para incorporar a doação em sua rotina. É uma mudança de hábito lenta, mas há resultados”, celebra Sandra.

Desafio solidário incentiva doações

Sandra contou que dois rapazes compareceram recentemente ao Hemocentro-RS e anunciaram que estavam fazendo o Desafio da Doação de Sangue entre seus amigos, nos moldes do Desafio do Balde de Gelo, que repercutiu na internet neste mês. A brincadeira consiste em a pessoa jogar um balde com água e gelo na cabeça, desafiando outras pessoas a fazerem o mesmo e a doar dinheiro para pesquisas sobre Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA).
Apesar dos baixos níveis, Sandra garante que as doações espontâneas aumentaram nos últimos anos. “Antes, as pessoas só vinham doar se soubessem de alguém de seu círculo que precisava de sangue. Hoje, estamos invertendo”, comemora. Mais ou menos 60% das pessoas que comparecem ao Hemocentro-RS pretendem fazer uma reposição, contra 40% para doação espontânea.
Para doar sangue, a pessoa precisa ter boa saúde, idade entre 16 e 69 anos e portar um documento oficial de identidade com foto. Menores de 18 anos precisam da autorização de pais ou responsáveis. O doador precisa, além disso, pesar mais de 50 quilos, não estar de jejum, ter dormido pelo menos seis horas na noite anterior e não ter tomado bebidas alcoólicas nas 12 horas anteriores.
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