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Coluna

- Publicada em 26 de Agosto de 2014 às 00:00

Nossos caríssimos automóveis


Jornal do Comércio
É de conhecimento geral que os carros vendidos no Brasil estão entre os mais caros do mundo. Quando feita a conversão direta de moedas, automóveis vendidos nos Estados Unidos chegam a ser duas ou três vezes mais baratos que os vendidos aqui. Quando se leva em conta o poder de compra de cada país, a comparação é ainda mais desfavorável aos brasileiros. Ao se tomar por base o salário médio americano (46.440 dólares anuais), são necessários 143 dias de trabalho para a compra de um Honda Civic Sedan LX com transmissão manual, o modelo mais econômico disponível nos EUA, vendido por 18.390 dólares.
É de conhecimento geral que os carros vendidos no Brasil estão entre os mais caros do mundo. Quando feita a conversão direta de moedas, automóveis vendidos nos Estados Unidos chegam a ser duas ou três vezes mais baratos que os vendidos aqui. Quando se leva em conta o poder de compra de cada país, a comparação é ainda mais desfavorável aos brasileiros. Ao se tomar por base o salário médio americano (46.440 dólares anuais), são necessários 143 dias de trabalho para a compra de um Honda Civic Sedan LX com transmissão manual, o modelo mais econômico disponível nos EUA, vendido por 18.390 dólares.
No Brasil, onde os trabalhadores recebem a média salarial mensal de R$ 1.167, são necessários 1.564 dias de trabalho para adquirir o modelo mais econômico do Honda Civic 2015 (o LXS com transmissão manual, que custa 65.890 reais). Assim, os brasileiros precisam trabalhar 11 vezes mais dias que os americanos.
A propósito
Quer saber por que os carros são tão caros no Brasil?
Carga tributária excessiva, falta de competitividade e margem de lucro maior do que no exterior. Mas também porque há consumidores dispostos a pagar mais, encantados pelo modismo.
Saúde! Saúde?
Seis em cada 10 brasileiros dão nota menor que cinco à saúde pública e privada no Brasil, numa pesquisa (2.418 pessoas) encomendada pelo Conselho Federal de Medicina. Para 19% dos entrevistados pelo DataFolha, o atendimento no SUS merece nota zero. Nas respostas, os  principais problemas apontados são: filas de espera,  difícil ou impossível acesso aos serviços e má-gestão de recursos.
Aberrações da saúde privada
Uma pesquisa divulgada pelo Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) demonstra as dificuldades que o idoso enfrenta para conseguir atendimento médico na rede privada. Das 20 maiores operadoras de planos de saúde, apenas oito vendem planos individuais para quem tem mais de 60 anos. Cinco submetem os interessados a exames médicos. A prática é chamada de “entrevista qualificada”, um eufemismo para disfarçar um fato: o idoso não é bem-vindo.
Na transição para um novo modelo, operadoras, hospitais e médicos não querem reduzir suas margens de lucro. Em vez de impor restrições ao cliente, as empresas deveriam consertar os ralos por onde escorre o dinheiro. O mercado da saúde privada precisa de um choque de transparência e bom-senso.
Tribunal romântico
Operadores jurídicos com atuação preferencial em Brasília dizem que o clima no STF mudou, após a aposentadoria de Joaquim Barbosa. Na quinta-feira passada, um renomado advogado ligou para o tribunal e enquanto aguardava ao telefone a pessoa que procurava, ouviu - como fundo musical de espera - “Je t’aime... moi non plus”, clássico sensual - com sussurros - criado e interpretado por Serge Gainsbourg, nos anos 60.
Depois da descontração, o advogado lembrou dos seus tempos de juventude e traduziu para o português os versos que escutara em duas vozes:
 
Eu te amo, eu te amo.
Oh sim, eu te amo
Eu também.
Oh, meu amor
Como a onda irresoluta
Eu vou, eu vou e eu venho
Entre teus rins
Eu vou, eu venho
Entre teus quadris
E eu me detenho.
Não, agora não.
(...)
Agora vem!
A “bitch” mais desprezível
O juiz Howard Simms, de uma corte de Atlanta (Geórgia, nos EUA), não se importou com um suposto decoro judicial, ao proferir a sentença de condenação de uma mulher que ajudou o namorado a estuprar, por várias vezes, sua filha de oito anos e abusar sexualmente, de outras formas, da filha de seis. Em idioma inglês (aqui traduzido), o magistrado - ao proferir sentença oral em audiência - afirmou “não saber se eu já disse algum palavrão na minha função de juiz, mas você é provavelmente a p... mais desprezível que eu já encontrei na vida”, depois que a norte-americana Amanda Arellano admitiu sua culpa. O magistrado completou que “há um lugar especial no inferno para pessoas que fazem o que você e o seu namorado fizeram”.

O juiz sentenciou a mãe das crianças a 30 anos de prisão, sem direito a livramento condicional. Cumprida a pena, a mulher será classificada como criminosa sexual pelo resto de sua vida. O namorado, Daniel Copeland, já foi condenado no ano passado a 25 anos de prisão (menos tempo porque concordou em depor contra ela), também sem direito a livramento condicional. E também manterá a classificação perpétua de criminoso sexual, depois de cumprida a pena.

Aceita cheque?
Em julho deste ano, a devolução de cheques por falta de fundos chegou a 2,2%. É o pior nível para o mês, desde o início da série histórica, em 1991.
Www.marina
No mesmo dia da morte de Eduardo Campos, três pessoas registraram domínios na internet com o nome de Marina Silva, acreditando na viabilidade política dela. Quando a equipe da agora candidata acessou a lista de domínios registrados, no dia seguinte à tragédia, 12 opções já tinham dono.
O marina40.com.br, por exemplo, o preferido pela turma da campanha, foi registrado por Pedro Menezes, um estudante de 18 anos. A campanha acabou definindo o www.marinasilva.org.br como saite oficial.
Romance forense: As diferenças entre jurista e advogado

O juiz Ruy Armando Gessinger - desembargador aposentado e reingressado na Advocacia (OAB-RS nº 5.275) - sempre mantinha as portas do seu operoso gabinete abertas e não tinha receio de receber os advogados.
Certo dia, em comarca do Interior, o oficial de justiça anunciou ao magistrado que um professor catedrático, doutor emérito, famoso por seus  trabalhos acadêmicos,  estava distribuindo uma petição inicial e queria apresentar seus cumprimentos.
Gessinger tinha sido seu aluno e ignorava que o jurista efetivamente advogasse. Mas, claro, recebeu o visitante com alegria. 
– E daí, colendo mestre! Que bom revê-lo! O que o traz aqui? - disse o juiz.
O visitante mostrou uma petição inicial que trazia, num negrito bem ornado, o nome de seu escritório.
O magistrado fez uma leitura dinâmica, passou por alto das citações doutrinárias e jurisprudenciais e procurou ver se estavam todos os requisitos da inicial. Mas, faltavam o valor da causa e o pedido de citação dos réus.
– Professor, acho que no seu escritório a datilógrafa esqueceu desses dois detalhes. Mas o senhor não precisará voltar a Porto Alegre. Empresto-lhe minha máquina de escrever e o senhor só refaz a última folha. Sente aqui!
O juiz saiu da sala e quando voltou, 15 minutos depois, o jurista continuava  imóvel ante a máquina.
– Professor, espere aí que eu faço pro senhor.
O magistrado sentou-se, refez a última folha, colocou o valor da causa e requereu a citação dos réus.
– Assine aqui, professor - arrematou o juiz.
Até hoje, não se sabe se o jurista não sabia datilografar ou se esquecera das formalidades do CPC, o que de maneira alguma tisna a admiração por sua sabedoria. Mas Gessinger está convicto de que “ser catedrático é uma coisa, ser advogado é outra – embora, claro, as duas condições possam coexistir”.
Questionando-se se terá agido errado ao ajudar o professor emérito, Gessinger já antecipa:
– Caso sim, qualquer deslize meu já tem sua pena prescrita.
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