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Saúde

- Publicada em 25 de Agosto de 2014 às 00:00

Samu recebe novas ambulâncias em Porto Alegre


MARCO QUINTANA/JC
Jornal do Comércio
Porto Alegre recebe hoje um incremento na frota do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). São cinco novas ambulâncias, das oito previstas, que devem começar a circular dentro de uma semana em substituição a veículos que serão encaminhados para reparos ou substituídos devido ao desgaste do uso. Além disso, os veículos permitirão criar novas frentes de ação, como uma unidade móvel preparada para possíveis casos de ebola.
Porto Alegre recebe hoje um incremento na frota do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). São cinco novas ambulâncias, das oito previstas, que devem começar a circular dentro de uma semana em substituição a veículos que serão encaminhados para reparos ou substituídos devido ao desgaste do uso. Além disso, os veículos permitirão criar novas frentes de ação, como uma unidade móvel preparada para possíveis casos de ebola.
A renovação da frota é uma imposição devido ao elevado desgaste dos veículos no trabalho diário. “A frota estava muito ruim, com problemas mecânicos frequentes, o que dificultava a manutenção das 15 equipes na rua. Em algumas ocasiões, tivemos que reduzir equipes, pois os veículos não tinham condições de sair”, conta Miria Patines, coordenadora-geral do Samu Porto Alegre.
Dos cinco veículos, três serão equipados para atender como UTIs – equipes com motorista, médico e enfermeiro – e dois como suporte básico – com motorista e técnico em enfermagem.
Três das unidades que estão saindo da frota passarão por reformas. Após os reparos, duas ficarão no pátio para repor unidades que venham a ter problemas mecânicos ou de qualquer outro tipo, impedindo, assim, que uma das 15 equipes deixe de ir para a rua por falta de veículo. “Nossa cidade tem características diferente, lombas, áreas rurais sem asfalto e locais com pavimentação muito ruim. Além disso, é uma área bem extensa para ser coberta, o que causa um desgaste grande nos veículos. As unidades reserva serão importantes para manter o atendimento 100% funcionando”, ressalta Miria.
Apesar de a possibilidade de o vírus ebola chegar ao País ser remota, devido às medidas de segurança que estão sendo tomadas pela Organização Mundial da Saúde para barrar a disseminação em países da África Ocidental, a terceira ambulância reformada será preparada para atender a possíveis casos da doença na Capital. “O veículo estará equipado somente com os itens necessários para o atendimento de casos suspeitos ou confirmados, como maca, suporte para hidratação e oxigênio. Depois de receber um paciente, a ambulância deverá passar por uma descontaminação completa”, ressalta Miria.
Os profissionais que devem atender aos casos começam o treinamento amanhã com o médico infectologista Celso Alves, do Hospital Conceição. As equipes irão aprender, entre outras coisas, a utilizar o EPI (equipamento de proteção individual). O profissional deve vestir uma roupa de bloco cirúrgico e, por cima, um macacão, sobrebotas, luvas, escudo facial, máscara para boca e nariz e um avental impermeável.

Serviço estuda implantação de base no Centro de Porto Alegre

Além das cinco que chegam hoje, mais três ambulâncias serão entregues até outubro, o que deve viabilizar o projeto de criação de uma base do Samu no Centro de Porto Alegre. Atualmente, o serviço conta com 15 bases espalhadas por diversos pontos da cidade, mas nenhum na área central.
Segundo o Ministério da Saúde, as cidades devem contar com uma unidade móvel para cada 100 mil habitantes. Porto Alegre tem 1,4 milhão de habitantes, e o número adequado de ambulâncias. No entanto, como existe uma população flutuante de cerca de 500 mil pessoas, a coordenadora-geral do Samu na Capital, Miria Patines, argumenta que a implantação de uma base no Centro ajudaria em muito a atuação das equipes, dando mais rapidez ao atendimento às emergências nesta região da cidade.
“Muitas pessoas se deslocam para Porto Alegre todos os dias para trabalhar, e esse incremento, além do problemático trânsito na área Central, faz com que seja necessária uma nova base de deslocamento das equipes”, ressalta.
Uma das possibilidades estudada era de que a base fosse instalada junto ao Centro de Saúde Santa Marta, na rua Capitão Montanha. No entanto, segundo Miria, após o contato da coordenação com o Exército durante a realização da Copa do Mundo na Capital, negocia-se a possibilidade de a base ser instalada na sede do Comando da 3ª Região Militar do Exército, na Rua dos Andradas.

Monitoramento por GPS ajuda na tomada de decisões

As novidades, no entanto, não param por aí. Há cerca de dez dias as 15 ambulâncias são monitoradas em tempo real, o que dá mais agilidade para o serviço de regulação, na hora da tomada de decisão, de qual unidade acionar para um determinado chamado feito.
Ao ligar para o 192, o paciente é atendido por uma telefonista treinada que recebe os dados iniciais, como o local da chamada, um ponto de referência e as queixas que o levaram a ligar para o serviço. A pessoa deve aguardar na linha enquanto a ligação é passada para o médico regulador, que, por meio dos sintomas relatados, analisa a pertinência de enviar uma equipe com ou sem médico. “Cerca de 50% das ligações não são pertinentes, não se enquadram na definição de urgência/emergência, e essas pessoas são orientadas a procurar um posto de saúde ou uma Unidade de Pronto Atendimento”, destaca Miria.

Novos recursos auxiliam na identificação de trotes

Câmeras da EPTC também podem ser acionadas em caso de acidente. Com isso, além de a mesa de regulação analisar como foi a ocorrência, passa informações por rádio à equipe que se desloca ao local. Outra importante tarefa das câmeras é a verificação da veracidade da ligação.
Somente no primeiro semestre, uma mesma pessoa fez três mil ligações para a 192. “Nós conseguimos identificar a origem dos trotes, fizemos um contato e a família foi instruída para que isso não ocorresse mais. Nesse caso, deu certo”, comemora Miria.
Um projeto social desenvolvido pela coordenadoria na Capital e pela Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) quer colocar nas ruas em breve uma viatura do Samu com o objetivo de capacitar leitos e estudantes em escolas em como e quando acionar o serviço.
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