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Turismo

- Publicada em 25 de Agosto de 2014 às 00:00

Região Sul é destino para mergulhar no inglês


THE FOOLS/DIVULGAÇÃO/JC
Jornal do Comércio
Viajar para a Serra ou para uma praia de Santa Catarina e participar de atividades como um circuito de bicicleta, trilha em meio à mata ou uma singela oficina de cookies em um sítio localizado em terras gaúchas são alternativas possíveis para quem quer se divertir e relaxar e ao mesmo tempo aprender um idioma. Na Região Sul do País, pelo menos três destinos oferecem cursos intensivos de imersão em inglês, que, realizados de forma descontraída e não convencional, atraem uma série de viajantes de todas as idades. Nestes locais, mesmo que em território brasileiro, é proibido falar português e tudo o que é feito tem relação com o aprendizado do idioma — podendo envolver situações que lembrem o dia a dia dos norte-americanos inclusive.
Viajar para a Serra ou para uma praia de Santa Catarina e participar de atividades como um circuito de bicicleta, trilha em meio à mata ou uma singela oficina de cookies em um sítio localizado em terras gaúchas são alternativas possíveis para quem quer se divertir e relaxar e ao mesmo tempo aprender um idioma. Na Região Sul do País, pelo menos três destinos oferecem cursos intensivos de imersão em inglês, que, realizados de forma descontraída e não convencional, atraem uma série de viajantes de todas as idades. Nestes locais, mesmo que em território brasileiro, é proibido falar português e tudo o que é feito tem relação com o aprendizado do idioma — podendo envolver situações que lembrem o dia a dia dos norte-americanos inclusive.
Em Canasvieiras (SC), o projeto English Island une um curso de inglês com passeios por um local de “beleza ímpar e ambiente acolhedor, onde o turista entra em contato com a natureza”, segundo o idealizador e diretor da experiência, Glafir Nogueira. “Este isolamento ajuda no aprendizado, pois o aluno se esforça mentalmente, mas relaxa ao circular em torno de uma paisagem bonita”, completa Nogueira, que já recebeu 110 turmas para a imersão no idioma desde 2002, quando implementou a ideia. Além de coordenar e organizar os cursos, ele faz questão de participar de todas as atividades durante os cinco dias de que consiste o programa. Voltado principalmente a empresários e profissionais que, de forma descontinuada, vêm estudando inglês há anos, sem poder se dedicar integralmente e, como consequência, não atingem a fluência desejada.
Nogueira garante que a metodologia permite que em curto espaço de tempo o turista-aluno alcance um bom nível de conversação. Em meio ao aprendizado, os integrantes do intensivo passeiam de canoa na lagoa próxima ao local onde ficam alojados (Al Mari Palace Hotel), caminham pela praia, participam de jogos recreativos, entre outras experiências de turismo de lazer na Ilha de Florianópolis, sempre treinando o idioma. “A imersão inicia desde quando buscamos os hóspedes no aeroporto”, conta Nogueira. Na chegada ao hotel, uma recepção com coquetel de boas vindas inicia a integração. “É super divertido. O pessoal fica amigo e tem gente que até arranja emprego no decorrer do curso, pois sempre há muitos profissionais de RH no meio.”
Para dar conta da experiência, Nogueira conta com equipe de seis a oito professores, formada por estrangeiros ou brasileiros que moraram muitos anos no exterior. “É um pessoal qualificado, até porque os alunos querem informação sobre a cultura estrangeira”, reforça. De acordo com o idealizador do English Island, de março a dezembro, mensalmente uma nova turma se cria. O preço é de R$ 3,4 mil por pessoa, incluindo imersão no inglês, hospedagem, translado do aeroporto, material didático e alimentação. Para participar é preciso que o nível mínimo de conhecimento do idioma seja pré-intermediário. “Vem gente do Brasil todo: do Maranhão ao Rio Grande do Sul”, garante Nogueira. As turmas são de no mínimo três e máximo de 15 pessoas. 
“Funciona como se fosse um summer camp (acampamento de verão americano), onde os adolescentes ficam isolados”, explica o proprietário do Snow Valley, Daniel Scortegagne Pagani. O curso de imersão que ocorre em São Joaquim, na Serra Catarinense, é mais voltado ao público adolescente, a partir de 10 anos, alunos de escolas de inglês. Dentre as atividades, os estudantes passam por vivências da cultura americana: no café da manhã, comem panquecas com xaropes de Maple e ovos com bacon. No decorrer do dia, brincam na tirolesa, fazem arvorismo, desafiam o muro de escaladas, o pêndulo, percorrem trilha ecológica com três cachoeiras, jogam arco e flecha. À tarde, um piquenique e esportes americanos dão conta da festa. E à noite, uma trilha do terror promove gritinhos entre os participantes. Nenhuma palavra é dita em português.
“A ideia é ficar se divertindo enquanto se fala inglês e aprende um pouco da cultura americana”, pontua Pagani. O curso promovido pelo Snow Valley tem duração de um final de semana e custa R$ 425,00 com tudo incluso. Tudo ocorre em um parque de 30 hectares de mata nativa de Araucária e Xaxim. O empreendimento está a 1.450 metros de altitude, voltado para um vale, com uma vista espetacular.

Em Novo Hamburgo, passeio e aprendizado dos participantes são feitos de forma libertária

Envolver o aluno de idiomas de forma que ele vivencie experiências e sensações, e assim desenvolva o vocabulário e a fluência, trocando informações em grupo, é foco de um projeto gaúcho implementado há dois anos, que já conquistou muitos adeptos. Localizado em Novo Hamburgo, no bairro Lomba Grande, dentro do Sítio Pé na Terra, o The Fools oferece imersão em inglês de forma descompromissada. O próprio nome já deixa claro: errar é permitido e faz parte do aprendizado. “É permitir-se, de forma engraçada e divertida”, frisa uma das fundadoras do negócio, a diretora de Marketing e Produção da empresa, Milena Escarrone. Junto com outros quatro amigos, ela implementou o projeto, visando proporcionar lazer ao público urbano em plena zona rural. “Todos os sócios tiveram experiência no exterior, então unimos o fato de se poder treinar a língua inglesa, já que existem, como nós, muitos frustrados pelo sistema de ensino em vigor.”
Aos poucos, o grupo de participantes vai se soltando, conta Milena. Eles são alojados em beliches em um chalé, dividido em alas feminina e masculina. Há ainda a alternativa de ficar em quarto privado, em uma das três cabanas de campo disponíveis no empreendimento. Cercado de mata ciliar Atlântica, o empreendimento tem piscina natural, quadras de vôlei e futebol, campo de taco, trilhas ecológicas, horta e pomar de alimentos orgânicos, e muito espaço para circuito de bicicleta, que permite a contemplação de animais e aves exóticas. Parecido com um festival, o The Fools, oferece diversos workshops, que ocorrem simultaneamente. O visitante escolhe entre aula de desenho ou uma oficina de cookies, e assim, vai interagindo com os outros.
De acordo com Milena, a ideia é que as pessoas passem por experiências diferenciadas, aguçando a fala e audição. “Aí é que conseguem deslanchar na língua, porque surge a necessidade de compartilhar com os demais”, explica a diretora de Marketing e Produção. O The Fools recebe muitos visitantes da Capital, mas também do Interior do Estado, e de destinos como Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro. “É uma viagem mais barata que ir para o exterior”, argumenta. O projeto recebe turistas de perfis variados, com idade a partir de 15 até 65 anos. “O que une estas pessoas é a vontade de aprender mais o idioma.” Para participar, é preciso ter pelo menos três meses de estudo de inglês convencional.  “Na maioria das imersões contamos com a presença de estrangeiros, o que possibilita também uma troca cultural e de sotaques”, diz Milena.
“Para manter a fluência, é importante ter contato com a língua pelo menos uma hora por semana”, opina o proprietário de uma das franquias da escola Up Idiomas, Cristiano Ziegler. Acostumado a promover encontros em bares de Porto Alegre, para que os alunos conversem em inglês, ele agora deve se aventurar por quatro semanas em Vancouver, no Canadá, para acompanhar uma turma de alunos em imersão do idioma. Entre as aulas, estão programadas visitas a pontos turísticos, para cumprir a finalidade de conhecer a língua através da vivência no País.
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