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Histórias do Comércio e dos Serviços

- Publicada em 18 de Agosto de 2014 às 00:00

Espaço Cultural 512 une arte e gastronomia


MARCO QUINTANA/JC
Jornal do Comércio
A casa de número 512 da rua João Alfredo, em Porto Alegre, é procurada por quem quer ouvir boa música, apreciar cervejas artesanais, provar algum petisco ou ver uma exposição de arte. O lugar é sede do Espaço Cultural 512, um dos destinos mais conhecidos da boemia no bairro Cidade Baixa. A empresa foi aberta com a alcunha de café para ajudar nos custos do ateliê de artes plásticas que a casa já abrigava desde 1999.  
A casa de número 512 da rua João Alfredo, em Porto Alegre, é procurada por quem quer ouvir boa música, apreciar cervejas artesanais, provar algum petisco ou ver uma exposição de arte. O lugar é sede do Espaço Cultural 512, um dos destinos mais conhecidos da boemia no bairro Cidade Baixa. A empresa foi aberta com a alcunha de café para ajudar nos custos do ateliê de artes plásticas que a casa já abrigava desde 1999.  
Quando as antigas proprietárias deixaram o negócio, em 2009, convidaram o então estudante de Gastronomia Rafael Corte e o jornalista Guilherme Carlin, que já fornecia a cachaça Da Chica para a casa, a assumir a direção. Os dois não se conheciam na época, mas bastou uma reunião de duas horas para fecharem o negócio. “Fizemos um investimento de R$ 150,00 cada um, deu para comprar cinco caixas de cerveja”, conta Corte.  O movimento foi crescendo com o boca a boca, e eles tomaram a decisão de alugar a casa vizinha, já que os 30 metros do espaço não eram suficientes para receber os amigos e os artistas que frequentavam a casa desde o início.
Na época, o maior receio era perder o ambiente de intimismo com a ampliação. “O clima era como se fosse o bar dos amigos, nós mesmos fazíamos o atendimento, era como se o cliente fosse um conhecido na nossa casa. Mas, mesmo com a mudança, conseguimos manter a identidade”, comemora Carlin. Hoje, o 512 ocupa três casas, construídas entre as décadas de 1920 e 1940, segundo os sócios.
O prato mais pedido do cardápio é o escondidinho de mandioca, carne de panela e bacon - ou simplesmente El Justicero, nome de uma música da banda Os Mutantes.  Todos os pratos, petiscos e drinques da casa ganharam nomes de canções da MPB, como o Amor de Índio (mandioca frita com queijo mussarela e orégano) e o Panis et Circenses (pães de ervas finas com pastas de gorgonzola, tomate-seco e ricota com alecrim). “Nós sempre tentamos associar a música aos ingredientes. É uma forma de homenagear os compositores brasileiros”, explica Carlin. Drinques autorais também compõem o cardápio. Um exemplo é o Maracangalha, que leva abacaxi, maracujá, gengibre e cachaça de pimenta. Os mais de 30 rótulos de cervejas artesanais são destaque da casa, com um balcão de atendimento exclusivo. O 512 também abre no horário de almoço, de segundas a sábados, com pratos da casa, sempre com uma opção vegetariana.
Herança do ateliê, o caráter artístico do local não fica restrito ao cardápio. Todas as noites, músicos de gêneros variados, como rock, jazz, MPB e samba, sobem ao palco. Também há espaço para espetáculos de teatro e exposições de artistas visuais, por meio do projeto A Arte da Boemia.  As atrações são selecionadas via editais de ocupação disponíveis no site da empresa.

Plano é dobrar a capacidade no próximo ano

Em março de 2015,  Rafael Corte e Guilherme Carlin prometem expandir o Espaço Cultural 512, tanto no âmbito físico quanto no artístico. O bar vai ganhar um segundo andar e dobrar a capacidade de público para 450 pessoas. As exposições vão ficar em um local com condições de iluminação e temperatura adequadas. Com a ampliação do palco, os sócios pretendem atrair bandas maiores e mais grupos de teatro. Uma das principais novidades é um estúdio audiovisual, que vai oferecer o serviço de ensaio e gravação para as bandas. “A ideia é fornecer para o artista a captação do material dele, para que ele tenha um material de divulgação próprio”, explica Carlin.
Outro projeto é a criação da Associação Cultural Outros Quinhentos, em parceria com estabelecimentos da região, como o Museu do Trabalho e a Casa de Teatro. A entidade vai desenvolver trabalhos de responsabilidade social, com objetivo de incentivar a formação técnica e artística de jovens de escolas estaduais e da Fundação Pão dos Pobres.
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