GS1 investe em ações para disseminar rastreabilidade

“Demonstrar e explicar no local facilita o entendimento sobre o funcionamento delas. Pretendemos tornar esse espaço um ponto de encontro tecnológico para os segmentos que estão conosco e também para estudantes e pequenas empresas”, salienta o presidente da GS1 Brasil, João Carlos de Oliveira. Nesse sentido, o dirigente lembra que, por mais que as ferramentas para a implantação da rastreabilidade estejam disponíveis, elas ainda são pouco utilizadas no País.

“Essas tecnologias são tendências e, ao mesmo tempo, já estão disponíveis. Mas hoje temos somente experiências isoladas de rastreabilidade em alguns setores”, diz Oliveira. O presidente lembra que os custos para implantação de soluções do gênero ainda afastam algumas companhias. Entretanto, segundo o executivo, a estratégia pode trazer, no longo prazo, redução de custos para toda a cadeia produtiva, permitindo que uma companhia otimize sua atividade.

Atualmente, a GS1 Brasil possui cerca de 57 mil empresas associadas, situadas em mais de 20 segmentos. Algumas dessas áreas terão um papel crucial na expansão da iniciativa no País. É o caso da indústria farmacêutica, que precisará adotar a rastreabilidade em 100% da cadeia até dezembro de 2016, conforme determinação da Anvisa. “Até o fim de 2015, todas as empresas precisarão rastrear três lotes diferentes de medicamentos”, ressalta a coordenadora da área de negócios da GS1 Brasil, Ana Paula Maniero.

Nesse sentido, Ana Paula destaca que o acompanhamento da trajetória dos medicamentos é permitida por meio da adoção do código de barras bidimensional GS1 DataMatrix. Assim, será possível saber quando o remédio foi fabricado e onde ele foi consumido. O DataMatrix conterá informações como lote, validade e número serial do produto. Os dados serão reunidos em um Identificador Único de Medicamento (IUM), uma espécie de RG de cada unidade.

Outro objetivo da associação é municiar o consumidor final com informações na hora da compra. Desta forma, a GS1 Brasil passa a disponibilizar, a partir desta sexta-feira, gratuitamente, um aplicativo para smartphones chamado Inbar. “O aplicativo tem uma função de leitor de código de barras. Quando o consumidor estiver no supermercado e passar o celular em cima no código, ele terá informações sobre a data de validade e a origem do produto”, destaca Wilson Cruz, coordenador do Centro de Inovação e Tecnologia. Em um primeiro momento, a plataforma está disponível apenas para os sistemas Windows Phone e Android. Em breve, deverá ir ao ar a versão para o iOS. No início, já há mais de 750 mil artigos cadastrados de aproximadamente 7,5 mil empresas.