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Mercado Financeiro

- Publicada em 31 de Julho de 2014 às 00:00

Fed, Argentina e balanços derrubam bolsas em Nova Iorque


Jornal do Comércio
As bolsas de Nova Iorque fecharam em baixa expressiva nesta quinta-feira (31) com o índice Dow Jones perdendo mais de 300 pontos. Em um cenário de default da Argentina e tensões geopolíticas, balanços corporativos ruins e preocupações com um aperto monetário mais cedo pelo Federal Reserve azedaram de vez o humor dos investidores.

As bolsas de Nova Iorque fecharam em baixa expressiva nesta quinta-feira (31) com o índice Dow Jones perdendo mais de 300 pontos. Em um cenário de default da Argentina e tensões geopolíticas, balanços corporativos ruins e preocupações com um aperto monetário mais cedo pelo Federal Reserve azedaram de vez o humor dos investidores.

O Dow Jones encerrou o pregão com queda de 317,06 pontos (1,88%), aos 16.563,30 pontos, na mínima da sessão. O índice registrou sua maior baixa diária desde 3 fevereiro e acumulou perdas de 1,56% no mês de julho. O S&P 500 perdeu 39,40 pontos (2,00%) e terminou a 1.930,67 pontos, recuando 1,51% no mês. Já o Nasdaq caiu 93,13 pontos (2,09%), para 4.369,77 pontos. No mês, a desvalorização foi de 0,87%.

Muitos traders atribuíram a maior parte da queda de hoje ao índice de custo de emprego - medida ampla de pagamento e benefícios -, que subiu 0,7% entre abril e junho, o maior ritmo em seis anos. Economistas previam um aumento menor, de 0,5%. Em relação ao mesmo período do ano passado, o índice de custo de emprego subiu 2%. Os salários, que compõem cerca de 70% dos custos de compensação, subiram 0,6% no segundo trimestre, no maior ritmo desde o terceiro trimestre de 2008.

Ontem, em comunicado após reunião de política monetária, o Federal Reserve reconheceu o fortalecimento do mercado de trabalho, mas insistiu que ainda há fraqueza. A alta das compensações no segundo trimestre é um sinal de que o banco central americano pode estar errado, uma vez que o mercado de trabalho pode estar mais próximo do pleno emprego do que a presidente do Fed, Janet Yellen, acredita. Isso significa que as pressões inflacionárias podem estar crescendo no que se refere aos custos trabalhistas. Os salários mais altos podem impulsionar a inflação e, se isso ocorrer, o Fed poderá ter de elevar as taxas de juros mais cedo.

"Apesar de reagir em excesso a um único dado ser normalmente uma má ideia, ressaltamos que essa série tende a ser razoavelmente estável e que o ganho de hoje é mais do que um ruído", disse a analista Aneta Markowska, do Société Générale. "Nossa análise sugere que a curva de Phillips está voltando à vida e as pressões salariais se recuperaram", acrescentou, referindo-se à curva que representa uma relação inversa entre taxa de desemprego e de inflação. "Na própria admissão do Fed, a taxa de desemprego não está mais elevada e a inflação não corre mais o risco de estar persistentemente baixa, então por que precisamos de mais um ano de juro zero?", questionou a economista.

Outros indicadores foram divulgados pela manhã nos EUA: o número de pedidos de auxílio-desemprego feitos na semana passada ficou em 302 mil, com crescimento de 23 mil; a expectativa era de 305 mil. O índice de atividade dos gerentes de compras de Chicago caiu para 52,6 em julho, de 62,6 em junho, na maior queda desde outubro de 2008; economistas previam que ele subisse para 63,0 em julho.

No noticiário corporativo, entre as ações de empresas que divulgaram resultados, os destaques foram ExxonMobil (-4,17%), MasterCard (-2,32%), Micron Technology (-6,09%), Whole Foods Group (-2,25%), Kraft Foods (-6,39%) e Yum Brands (-4,93%).

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